Distrito Federal terá Disque Racismo em 2013

Correio Braziliense

A partir de 2013, um dispositivo de denúncia próprio deve contemplar a população negra do Distrito Federal. A Secretaria Especial de Promoção a Igualdade Racial (Sepir/DF) anunciou no Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro) a criação do Disque Racismo, que tem previsão para começar a funcionar em março.

O número ainda não foi definido, mas vai ser específico para as demandas raciais. O propósito da Secretaria é incentivar as denúncias e acompanhar o andamento de cada uma delas. Com isso, além de atender melhor as vítimas de discriminação, reduziria o problema da falta de dados concretos sobre o tema.

Para o presidente da Fundação Cultural da Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, o Disque Racismo será uma ferramenta muito importante porque vai ao encontro da construção de uma sociedade livre do racismo e do preconceito racial.

Segundo Eloi, é preciso punir, com o rigor da lei, todas as manifestações racistas e de intolerância religiosa praticadas em face das religiões de matriz africana, além do racismo institucional, que impede a população negra brasileira de exercer plenamente sua expressão de identidade nacional e cidadania, e ao mesmo tempo impossibilita o acesso de negros e negras aos altos escalões dos órgãos públicos e dos grandes postos de trabalho nas empresas privadas. (mais…)

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Militante antiviolência é morta com três tiros em chacina em São Paulo

Luciene Neves, 24, integrante de um grupo de jovens católicos que atende vítimas da violência, foi morta na noite de anteontem a 73 metros de sua casa, no Jardim São Luís, zona sul da capital

Talita Bedinelli – Folha de S. Paulo

Por volta das 23h, durante o jogo Brasil e Argentina, uma moto com dois homens parou em frente ao bar do Buiú, onde 15 pessoas, incluindo Luciene, assistiam a um show sertanejo, tradicional às quartas-feiras. Um dos homens pulou da moto, entrou no bar ainda de capacete e apontou a arma, disparando cerca de 30 vezes, afirmam testemunhas. Três tiros acertaram Luciene. Ela morreu no local, diante de primos e amigos.

Esta foi a 17ª chacina do ano na Grande São Paulo, a quarta desde sábado.

“A gente vê na TV e acha que quem morre é sempre envolvido com o crime. Mas estão passando e atirando em qualquer um”, afirma o dono de uma lanchonete do bairro, que não quis dar o nome.

Além de Luciene, morreram o tapeceiro Alexandre Figueiredo, 39, e o eletricista de automóveis Marcos Quaresma,31. Uma mulher e dois homens ficaram feridos e foram levados para o hospital. A mulher já teve alta e os homens estão estáveis. (mais…)

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Comissão acusa agentes da ditadura por cinco mortes

O coordenador da Comissão da Verdade, Claudio Fonteles, divulgou ontem textos que acusam 11 agentes do Estado, militares e civis, pela morte sob tortura de cinco militantes de esquerda durante a ditadura militar (1964-1985)

Rubens Valente e Matheus Leitão – Folha de S. Paulo

Com base numa análise de três peritos da Polícia Civil de Brasília que colaboram com a comissão, ele também afirmou que o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) foi morto sem esboçar reação ou tentar pegar sua arma, ao contrário da versão oficial.

Ele atribuiu a responsabilidade pela morte ao general Milton Tavares (1917-1981), ex-chefe do CIE (Centro de Informações do Exército): “De tudo, resta claro que Marighella foi eliminado por agentes públicos do Estado, sob a supervisão do general Milton”.

Fonteles divulgou ontem, no site da comissão, 11 textos sobre episódios diversos da ditadura. É a primeira vez que a comissão torna públicos textos produzidos por algum de seus integrantes. Para Fonteles, a intenção é “abrir amplo espaço de diálogo, visando enriquecer essa pesquisa inicial com sugestões e críticas”. (mais…)

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O bem viver e a missão

Elizabeth Aracy Rondon Amarante*

Acredito que os 40 anos do CIMI nos abrem um espaço, uma clareira para, no meio da jornada, divisar os caminhos que ficaram para trás e os caminhos que se abrem à nossa frente. Não se trata primordialmente de aprofundar conceitos, mas sim de reler e projetar vivências, compromissos, utopias.

O Plano de Pastoral do CIMI nos sugere um rito de passagem que é também um rito de iniciação, ou seja: a gestação de um novo ser.

40 anos de uma entidade significam um ritual comunitário de seres adultos, experientes, maduros, em que o novo nunca aconteceu por caminhos já traçados, mas sempre surgiu passo a passo ao serem traçados os caminhos.

Hoje, aqui estamos celebrando esse ritual.

Em todo rito há uma mescla de mística e de militância, pois o “ser enviado” e o “assumir a missão” supõem uma textura existencial e histórica em que se mesclam fios de mística e urdiduras de militância.

A Missão do CIMI – a missão de cada uma, de cada um de nós – vem sendo tecida (uso expressamente essa forma verbal para marcar a continuidade presente no tempo) em diferentes configurações históricas, em sucessivos e complementares conceitos e vivências de Missão, como resposta aos clamores de um mundo sofrido onde culturas são amordaçadas e povos dizimados. (mais…)

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Piadas racistas reforçam padrão colonial, explica pesquisador

Personagem Adelaide do programa Zorra Total. (Foto: reprodução)

“A personagem Adelaide está colocada dentro dos marcos do passado. Havia uma leitura nas piadas de que os negros eram pobres, desdentados e feios. Adelaide tem o nariz e os lábios exageradamente alargados e o cabelo despenteado, em um clichê, que, no final, a compara a um gorila”

Portal Terra

Piadas sobre negros ainda são usadas para desqualificar e marginalizar essa parcela da população, critica o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Dagoberto José da Fonseca, que pesquisa o tema desde a década de 1980. “Esse tipo de piada, de brincadeira, que não é nada inocente, tem o objetivo de rebaixar, de inferiorizar, de desqualificar o negro, de mostrá-lo como um animal, incompetente ou estigmatizar uma situação de pobreza pela qual passa boa parte dessa população.”

Doutor em ciência sociais, ele começou a pesquisar o tema depois de ouvir de um amigo uma piada racista ainda na faculdade. A anedota deu origem a uma tese de mestrado que, engavetada desde então, foi resumida e será publicada no livro Você Conhece Aquela? A Piada, o Riso e o Racismo à Brasileira, com previsão de lançamento em dezembro.

Em 133 páginas, o professor da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp reúne piadas em que os protagonistas são negros e aparecem como “vadios, malandros, ladrões”. Em algumas dessas anedotas são comparados a doenças degenerativas, como câncer, ou têm características físicas, como o nariz e a boca, exageradas, reforçando estereótipos. (mais…)

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Convocatoria a jornada de lucha internacional contra la violencia hacia la mujer

Comisión Internacional de Mujeres (CIM) de la Vía Campesina

El 25 de noviembre de 1960, durante la dictadura de Rafael Leónidas Trujillo, en República Dominicana, tres (3) mujeres fueron brutalmente asesinadas tras una serie de persecuciones en contra del activismo político que hacían las “Hermanas Mirabal” en este país. Así es como eran conocidas, Patria, Minerva y María Teresa Mirabal quienes luchaban contra la dictadura en país en donde el papel de la mujer era de sumisión y exclusión.

Esta fecha (Día Internacional de Lucha Contra la Violencia Hacia la Mujer), reconocida incluso por las Naciones Unidas, recuerda todos los años el brutal asesinato de las Hermanas Mirabal, pero mas que todo, nos hace recordar a millares de mujeres que en todos los rincones del mundo han sufrido la misma situación que esas luchadoras.

En la actualidad, las mujeres siguen luchando por la libertad de sus países, por la libertad de sus cuerpos, de sus ideas y por un mundo nuevo; nuestras luchas van directamente en contra del sistema capitalista y patriarcal, que excluye y elimina las mujeres de la sociedad y de las esferas donde se toman las decisiones. La violencia contra las mujeres es expresada a través de varias formas de violencia, desde la exclusión social hasta la violencia física; en República Dominicana, se estima que un 24.8% de las mujeres que viven en áreas urbanas, y 21.9% por ciento de mujeres de las áreas rurales, han experimentado violencia física durante algún período de su vida. (mais…)

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Pesquisa do governo diz que negros representam 51% da classe média: o que isso significa?

Raquel Rolnik*

No contexto das comemorações do Dia da Consciência Negra, o governo federal anunciou que 75% dos novos integrantes da classe média brasileira são negros. De acordo com estudo elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, nos últimos dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média — que já soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, representando 53% da população do país. Os negros teriam passado a representar 51% deste grupo, que tem renda per capita entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00. Em 2001, este percentual era de 31%.

Ao divulgar esses dados, o governo obviamente tem o interesse de demonstrar avanços na inclusão econômica, inclusive do ponto de vista racial. De fato, os números mostram isso. Mas é fundamental, também, o muito que ainda há a ser feito para combater as desigualdades entre negros e brancos. Estudos divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também nesta semana, mostram que, “apesar da redução das desigualdades ao longo das últimas décadas, ainda persistem diferenças significativas nas condições de trabalho vivenciadas por negros e não negros.”

A pesquisa do Dieese sobre “A inserção dos negros nos mercados de trabalho metropolitanos” revela, por exemplo, que os negros são a maioria dos trabalhadores em ocupações que exigem menos qualificação, em que as relações de trabalho são mais precárias e os rendimentos são mais baixos, como é o caso da construção civil e dos serviços domésticos. Com relação aos rendimentos, a pesquisa mostra que, entre 2001 e 2011, a remuneração dos negros cresceu em todas as regiões, mas, ainda assim, é bastante inferior à da população não negra. Para se ter uma ideia, na Região Metropolitana de São Paulo, em 2011, os negros trabalharam a mesma jornada que os não negros (em média 42 horas semanais), mas o seu rendimento correspondeu a apenas 61,7% do recebido pelos não negros. Para as mulheres negras, estes resultados são ainda piores. (mais…)

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Dono de jornal que denunciava autoridades e policiais é assassinado em Campo Grande (MS)

O jornalista Eduardo Carvalho, 51, morto na noite desta quarta-feira (21) em Campo Grande (MS)

Do UOL, em São Paulo

O ex-policial militar e atual dono do site Última Hora News, Eduardo Carvalho, 51, foi assassinado na noite desta quarta-feira (21) em Campo Grande (MS), quando chegava em sua casa, no bairro Giocondo Orsi, acompanhado da mulher.

Segundo as informações do boletim de ocorrência, Carvalho foi atingido por cinco tiros quando estacionava a moto na rua. Ele não resistiu aos ferimentos e, quando o socorro chegou, o empresário já estava morto.

Carvalho era conhecido por fazer denúncias contra policiais na coluna que assinava no site, chamada Caso de Polícia.  O UH News publicou uma mensagem de luto pela morte de Carvalho na manhã desta quinta-feira.

Nesta quarta-feira, Carvalho publicou três textos, sendo dois de denúncia. Em um, ele denunciou um suposto tráfico de influências entre autoridades políticas e, em outro, apontou que um capitão da PM-MS estaria cometendo abuso de autoridade contra vítimas de calote de uma empresa de serviços de limpeza. (mais…)

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En los últimos dos meses la provincia autorizó a 4 mineras el servicio de captación de agua pública

Caleta Olivia en forma puntual, pero toda la zona norte de la provincia, tiene un problema común: la falta de agua. Las Heras, Pico Truncado, San Julián y ni hablar Caleta carecen de agua, sin embargo el gobierno provincial, a través de la Ing Débora Natalia Zerpa, Directora Gral de Hidrología del Consejo Agrario Provincial, sigue autorizando a las mineras a captar aguar de los acuíferos públicos, para los procesos internos de trabajo en los yacimientos.

El agua vale hoy en Santa Cruz más que el petróleo, si se tiene en cuenta la reciente renegociación de los contratos que la provincia hizo con YPF. Todo ello se pone de manifiesto en la profunda crisis que sufre hoy Caleta Olivia, que viene arrastrando desde hace años, pero que no es propiedad exclusiva de esa ciudad, sino que afecta a toda zona norte, especialmente poblaciones como Las Heras, Koluel Kaike, Pico Truncado o San Julián, donde el agua es mala, escasa y contaminada.

A pesar de ello el gobierno provincial, a través del Departamento Hídrico del Consejo Agrario Provincial, ha firmado en los últimos dos meses, autorizaciones de captación de agua de 4 empresas mineras que tienen yacimientos en Santa Cruz. Esa agua es tomada de los acuíferos subterráneos y aplicados a las labores de exploración y explotación en cantidades industriales. Es agua dulce, pura y de uso humano. Aquí exponemos solo dos ejemplos de los tantos que mensualmente aprueba Santa Cruz a favor de la minería. (mais…)

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