STF decide destino da demarcação de Terras Indígenas

Decisão dos ministros poderá afetar todas as Terras Indígenas do Brasil

APIB

Não é exagero afirmar que o destino da demarcação de terras indígenas no Brasil –  uma das principais razões da violência no campo e do sofrimento de milhares de famílias – está nas mãos de um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para a tarde desta quarta, dia 31 de outubro.

O assunto em questão são os chamados embargos de declaração, termo jurídico para pedidos de esclarecimentos com o objetivo de eliminar obscuridade, omissão ou contradição e dúvida em sentenças já julgadas, no caso, oito das 19 condições impostas pelo STF durante o processo que garantiu a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em 2009.

Em julho deste ano, o governo brasileiro, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), tentou estender essas condições a todas as demais terras indígenas do país, com a publicação da Portaria 303, que  regulamenta  a atuação de todos os advogados públicos, incluídos os procuradores federais. (mais…)

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Vice-procuradora da República discute situação indígena em Mato Grosso do Sul

Assessoria/NG

A vice-procuradora geral da República, Deborah Duprat, estará em Mato Grosso do Sul entre os dias 26 e 28 de novembro para tratar da situação indígena no Estado. Duprat também participará de evento na sede da OAB/MS, para conhecer a Comissão Permanente de Direito Indígena (Copai) da Seccional.

“Os índios guarani-kaiowá estiveram em Brasília, e agora o Ministério Público Federal de lá está vindo para o Estado estudar mais a fundo como está a situação em Mato Grosso do Sul”, relatou Sâmia Roges Jordy Barbieri.

A vice-procuradora geral da República, Deborah Duprat, é também coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. “É a Câmara que trata das temáticas das chamadas minorias, como é o caso dos indígenas”, esclareceu a presidente da Copai.

No dia 28, às 14h, Duprat, com o restante da equipe do MPF, se reunirá com os membros da Copai para conhecer os trabalhos da Comissão. O encontro será no Plenário da OAB/MS. (mais…)

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Tapar o sol com a peneira não faz sombra, um aviso à Ministra do Meio Ambiente

Edilberto Sena*

A Ministra Teixeira anuncia pomposamente que “a moratória da soja e o meio ambiente provam que no Brasil, se pode aumentar a produção de soja, sem impactar o meio ambiente”. Ela pode se iludir e iludir os desinformados, não que vivem na Amazônia e não acompanham os acontecimentos. Não adiantou alguém vir dizer que apenas 2 milhões de hectares de soja estão plantados na Amazônia, como se essa área fosse uns 10 a 15 campos de futebol de floresta destruída.

A tal moratória da soja foi uma armação das empresas exportadoras de grãos, Cargill, Bunge, Maggi e outras agrupadas numa associação chamada ABIOVE, que foram apoiadas por ONGs ambientalistas, que ingenuamente (se é  que se pode dizer que ONGs internacionais sejam ingênuas), acreditaram numa moratória de dois anos, com possibilidade de mais um ano, mais um ano e mais outros. Com o boom da economia chinesa e o mal da vaca louca na Europa, o preço da soja disparou no mercado internacional. O governo brasileiro, que baseia o crescimento do PIB especialmente na exportação de commodities fechou os olhos à expansão da “nova fronteira” agrícola no Oeste do Pará.

A armação da ABIOVE começou em 2006, quando o desmatamento na Amazônia estava galopante, a questão do meio ambiente e a Amazônia passaram  a ser uma questões de vida ou morte. A proposta era uma moratória de dois anos, a partir de julho 2006. Críticos dessa armação propuseram que se se queria uma moratória séria, que contasse a partir de 2003, quando iniciou o grande desmatamento para soja no Oeste do Pará e fosse por dez anos. Os exportadores de grãos perceberam a intenção da proposta de dez anos e reagiram. Como as ONGs preferiram ficar com a ABIOVE, ignoraram os críticos e assim ficou. E está dando no que existe hoje. (mais…)

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PE – Sirinhaém: mangue vivo – povo vivo!

Padre Tiago Thorlby – CPT em PE

A Medalha “Leão do Norte” é concedida pela Assembléia Legislativa de Pernambuco – ALEPE – a personalidades ou entidades que atuam no Estado em diversos segmentos, entre eles o mérito ambiental. Este ano a premiação “Medalha Leão do Norte” será concedida à Usina Trapiche, município de Sirinhaém, por seu suposto compromisso com a preservação ambiental no Estado.

Qual o significado desta medalha para a Usina, para o agronegócio sucro-alcooleiro, para o modelo monocultivo de produção de etanol? Numa frase: “green-washing” … tudo baseado em suor, sangue e lágrimas:

– o sangue dos que são perseguidos pela indústria sucro-alcooleira;

– o suor dos que labutam nos canaviais e usinas;                                                         

– as lágrimas dos que são despejados de suas terras pela expansão canavieira.

Você tem conhecimento do modelo que produz açúcar e etanol no Brasil.

É o mortífero modelo monocultivo de latifúndio – modelo inerentemente violento e excludente. É  este modelo que ora está sendo premiado. Não é o açúcar, nem o etanol. É o modelo que recebe “O Leão do Norte”. (mais…)

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Hoje é dia de Saci!

Elaine Tavares*

Não há nada mais servil do que se deixar dominar culturalmente. Quando a força das armas vem, pode-se até entender. Mas quando o domínio se dá de forma sub-reptícia, via cultura, parece mais letal. O Brasil vive isso de forma visceral. A música estadunidense invade as rádios e a juventude canta sem entender a mensagem. No comércio abundam os nomes de lojas em inglês e até as marcas de roupa ou sapato são na língua anglo-saxônica, “porque vende mais” dizem as atendentes. Nas vitrines, cartazes de “sale”, ou “50% off” embandeiram a escravidão cultural. E tudo acontece automaticamente, como se fosse natural. Não é!

Outra prática que vem invadindo as escolas e até os jardins de infância é a comemoração do Halloween, o dia das bruxas dos estadunidenses. Lá, no país de Obama, esta data, o 31 de outubro, é um lindo dia de festividades com as crianças, no qual elas saem fazendo estripulias, exigindo guloseimas. Tudo muito legal dentro da cultura daquele povo, que incorporou esta milenar festa irlandesa lá pelo início do 1800. Nesta festa misturam-se velhas lendas de almas penadas, de gente que enganou o diabo e outras tantas comemorações pagãs. Além disso, hoje, ela nada mais é do que mais uma boa desculpa para frenéticas compras, bem ao estilo do capitalismo selvagem, predador. (mais…)

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STF analisa nesta tarde recursos apresentados contra decisão que envolve a terra indígena Raposa Serra do Sol e processos referentes ao uso do amianto no Brasil

Na tarde desta quarta-feira, a partir das 14h, ministros do STF analisam recursos (embargos de declaração) apresentados contra decisão que envolve a terra indígena Raposa Serra do Sol. A pauta inclui, ainda, processos referentes ao uso do amianto no Brasil.

Confira, abaixo, o resumo dos julgamentos previstos para a sessão plenária desta quarta-feira (31), no STF, a partir das 14h. Informamos que a pauta está sujeita a mudança sem aviso prévio.

TV Justiça (canal 53-UHF, em Brasí­lia; SKY, canal 117) e a Rádio Justiça (104.7 FM, em Brasília) transmitem os julgamentos ao vivo, inclusive pela internet (veja como sintonizar a TV Justiça nos estados). Horário: a partir das 14h. O sinal da TV Justiça está liberado para as emissoras de TV interessadas.

Raposa Serra do Sol – Petição (PET) 3388 – Embargos de Declaração 
Relator: Ministro Ayres Britto
Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti x União

Embargos de declaração opostos em face de acórdão do Plenário do STF que julgou parcialmente procedente a ação, declarando constitucional a demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, estabelecendo dezenove condições e o imediato cumprimento da decisão. (mais…)

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Gestão de resíduos sólidos, um desafio para os novos prefeitos

so23 300x199 Gestão de resíduos sólidos, um desafio para os novos prefeitospor Reinaldo Canto*

Terminada a última etapa das eleições municipais, é chegada a hora de os novos prefeitos interromperem as comemorações e começar a agir para atender as expectativas de seus eleitores. Entre os inúmeros desafios que estarão à frente da administração das cerca de 5.600 cidades brasileiras está a gestão dos resíduos. Como veremos mais à frente são poucos os municípios que encaram esse problema com a urgência e relevância que o assunto faz por merecer.

Ninguém é capaz de negar a importância de termos uma gestão mais correta e eficiente dos resíduos como a estabelecida na proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Também é muito difícil desconsiderar os enormes obstáculos para se conseguir a sua efetiva implementação.

Para começo de conversa com a nova Lei de Resíduos Sólidos, o lixo deixa de ser lixo para virar resíduo. E, esse tal resíduo, deverá ter um destino muito mais nobre que o pobre lixo jogado por aí, sem qualquer serventia. Resíduo é material valioso para ser usado novamente na cadeia produtiva, pronto para ser reaproveitado, reutilizado, reciclado e não mais descartado. Do plebeu lixo para o nobre resíduo. Do imprestável para se transformar em insumo essencial. (mais…)

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To Há – Curso sobre cantos e cultura indígena, 24/11, em São Paulo

O encontro da cultura dos povos indígenas brasileiros pelo caminho da informação, novos paradigmas, vivências musicais através do canto e de escutas comentadas

Começa no dia 24/11/12, das 9h30 às 12h30, o curso sobre cantos e cultura indígena – To Há -, no Espaço BibliASPA, em SP.

Devido a seu habitat original e sua tradição, a cultura e a música indígena são a representação de energias sutis que apresentam os aspectos da relação dos índios com o planeta e suas ligações com o mundo imaterial. É uma cultura que contém estruturas originais sem interferência de escolas ou modismos. Sua música é muito pura, orgânica, mágica e, na maioria das vezes, ligada ao movimento. Para se aproximar desta cultura, é necessário buscar parâmetros novos para a sua transmissão num ambiente urbano.

Programa – Conteúdo

Por meio de uma abordagem informativa, serão transmitidos dados desenhando um novo paradigma de se ver a cultura indígena e que também darão o cenário de onde essa música habita. Também haverá uma abordagem prática através de cantos e danças em que essas informações serão internalizadas de uma maneira orgânica. (mais…)

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