MPF pede à Justiça solução negociada para a ocupação do canteiro de Belo Monte

O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal que determine o fornecimento de água e abrigo para os indígenas, pescadores e agricultores atingidos pela usina de Belo Monte que ocupam o canteiro da obra há quase uma semana. O juiz federal Marcelo Honorato havia determinado a realização de uma audiência de conciliação dentro do canteiro na próxima segunda-feira (15) e os manifestantes aceitaram sair do local para aguardar a reunião em um dos alojamentos da Norte Energia, mas a empresa se recusou a abrigá-los.

“Os ocupantes da área reivindicada, que incluem idosos, mulheres e crianças, encontram-se em situação de extrema penúria. Submetidos a calor insuportável, privados de água potável, vem sobrevivendo à base de peixe e farinha”, relataram à Justiça os procuradores da República Thais Santi, Meliza Barbosa e Daniel Azeredo Avelino.

“É firme a posição do Ministério Público Federal no sentido de que o reconhecimento da ilicitude da conduta de um indivíduo, seja de que grau for a gravidade do ato cometido, não lhe retira o direito à dignidade. E a aceitação de que um movimento possa se desarticular em razão da precariedade da situação em que se encontra, é medida de perversidade incomparável, sem acolhida pela nossa ordem jurídica”, dizem.  (mais…)

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Vinte anos de homologação da Terra Indígena Yanomami serão comemorados durante assembleia

Foto: Mário Vilela /Funai. A TI Yanomami é a maior terra indígena do Brasil, com mais de nove milhões de hectares, distribuídos pelos estados de Roraima e Amazonas

Mais de 400 pessoas são esperadas para a VII Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY), que será realizada de 15 a 20 de outubro, na aldeia Wathoriki, região do Rio Demini, na Terra Indígena Yanomami (TIY). O objetivo central é realizar uma reflexão sobre o processo de luta pela homologação da TIY, considerando as ações que possibilitaram a regularização da terra. Estarão presentes conselheiros e convidados dos povos Yanomami e Ye´kuana, representantes governamentais e de organizações da sociedade civil. (mais…)

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Manifesto de apoio aos Kaiowá-Guarani

“Pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui…”, afirmam os Guarani Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay.

“Entendemos a carta como um último grito de desespero pela vida, que entre morrer à míngua, isoladamente, nas periferias das cidades, preferem morrer coletivamente junto aos seus antepassados”, expressa o documento “Vida ao povo Kaiowá Guarani de Pyelito Kue/Mbarakay”, publicado pelo Centro de Estudos Bíblicos – CEBI – do Mato Grosso. Eis o texto.

O Centro de Estudos Bíblicos de Mato Grosso, reunido para refletir sobre Bíblia e Negritude, neste dia em que a comunidade católica celebra a Mãe Negra Aparecida, e o Brasil inteiro o Dia das Crianças, não poderia deixar de ecoar o grito do povo Kaiowá Guarani, do tekohá de Pyelito Kue/Mbarakay. Diante do despacho de expulsão decretado pela Justiça Federal, 50 mulheres, 50 homens e 70 crianças, pedem em carta enviada ao governo e à justiça federal serem exterminados coletivamente.

Diz a carta:

“…Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um (01) ano, estamos sem assistência nenhuma, isolada, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia-a-dia para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay… Pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui… Não temos outra opção, esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai, MS. ” (mais…)

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Quatro crianças morrem em menos de 24 horas em Atalaia do Norte

Acometidas de diarreia, vômito e febre, quatro crianças indígenas, sendo três do povo Kanamari e uma Mayoruna, morreram em menos de 24 anos em Atalaia do Norte, cidade que fica no extremo oeste, a 1.138 quilômetros em linha reta de Manaus, capital do Amazonas. “Tem muita gente doente e ainda vai haver mais mortes”, previa uma agente de saúde que prestava assistência aos indígenas.

Há vários dias na cidade, cerca de 700 indígenas estão morando nas mais de 90 canoas que se encontram no porto de Atalaia do Norte. As canoas abrigam 20, 30 e até 40 pessoas, conforme constata a equipe do Conselho Indigenista Missionário – Cimi, que atua no Vale do Javari. Por falta de acesso a água potável, os indígenas são obrigados a beber água diretamente do rio – de onde também a água é utilizada para lavar roupa, louças e tomar banho pelos indígenas e por pessoas de outras embarcações de médio e grande porte.

“A situação é gravíssima, é caótica”, enfatizou Eduardo Meira da Silva Júnior, presidente do Conselho Municipal de Saúde. Devido ao agravamento do quadro de saúde, os indígenas não poderão seguir viagem até que seja realizada investigação para detectar o tipo de doença que os está matando rapidamente.

Segundo ele, só tem uma médica no município. Ela, quatro enfermeiros e agentes de saúde estão se esforçando para prestar atendimento, mas não tem pessoal qualificado para realizar a investigação epidemiológica. “Não podemos mandá-los de volta sem um diagnóstico”, disse Eduardo Meira. (mais…)

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Ex-jornalista do Cimi fatura prêmio com matéria sobre crimes da ditadura contra indígenas

Com a reportagem Crimes Contra Indígenas na Ditadura a jornalista Maíra Heinen, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), venceu na categoria Rádio a 34ª Edição do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos. A repórter trabalhou no Conselho Indigenista Missionário (Cimi) entre 2009 e 2011.

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 10, e a entrega do troféu ocorrerá no dia 23 do próximo mês, no Tuca, teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo.

Aos 26 anos e com apenas alguns meses de trabalho na Rádio Nacional da Amazônia, Maíra tem marcado seu trabalho por matérias de destacada qualidade envolvendo a questão indígena. Motivos não faltam: a jornalista trabalhou por dois anos no Cimi como editora do jornal Porantim, publicação com linha editorial indigenista e fundado nos anos 1970. A repórter jamais se desgarrou dos indígenas.

“Foi no Cimi que eu aprendi sobre a questão indígena e mesmo depois de ter saído da entidade continuei ligada à temática”, diz. Maíra acredita que os povos indígenas são retratados de forma muito culturalista e que seu trabalho busca valorizar como as comunidades vivem, quais os problemas enfrentados e as necessidades.

“Acho super importante a questão estar nas redações porque sabemos que os índios sofrem muitas violações em seus direitos pela terra. Esse prêmio, portanto, eu não dedico apenas aos povos da Amazônia, mas para todas as comunidades do país”, declara. (mais…)

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“Caminos silenciados”… encuentro con una realidad amable que nunca es noticia

Pequeño documental sobre la convivencia de judíos, musulmanes y cristianos al margen de intereses geoestratégicos

Por Jaled Ibarra*

13 de octubre, 2012.- Tras los acontecimientos generados por la emisión de un burdo y envenenado vídeo insultando al profeta de los musulmanes me he animado a participar con este pequeño documental que he elaborado después de un viaje intenso por Oriente próximo y Egipto. Ahora que ya no es noticia me animo a dar mi opinión. (mais…)

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Colombia: Juan Manuel Santos pide perdón a indígenas colombianos

Foto: Caracol

El presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pidió este viernes perdón a los pueblos indígenas “por todos los muertos, huérfanos y víctimas” que dejó la matanza de más de 80 mil aborígenes en 1912, a manos de la empresa cauchera del peruano Julio César Arana.

En un mensaje enviado a nueve pueblos indígenas con motivo del aniversario 520 de la llegada de Cristóbal Colón a América, el mandatario se disculpó a nombre del Estado que, dijo, no evitó “la barbarie desatada por la codicia que generó la bonanza cauchera”.

Miles de indígenas de la cuenca del Amazonas fueron masacrados durante los años que duró la explotación, financiada por la Casa Arana, entre finales del siglo XIX y comienzos del XX.

“Pido perdón en nombre de una empresa, de un Gobierno, de un pretendido ‘progreso’ que no entendió la importancia de salvaguardar a cada persona y a cada cultura indígena como parte imprescindible de la sociedad que hoy reconocemos con orgullo como multiétnica y pluricultural”, agregó.

El Presidente exhortó a reconstruir la historia para sanar las heridas que provocó esta masacre en la vida y en la memoria de la nación, y se brindó como interlocutor para escuchar, entender e incrementar la participación de estas etnias en las decisiones que los afecten.

En este país suramericano existen hoy más de 1,3 millones de personas de 102 pueblos originarios que habitan en lugares rurales y selváticos, entre los más numerosos los Wayúu, los Nasa, los Senú y Emberá.

http://servindi.org/actualidad/74603#more-74603

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Perú: Video: Cantagallo, una pequeña Selva en la capital

Un video documental narra el proceso de asentamiento y adaptación a la ciudad de indígenas shipibos conibos que actualmente residen en la comunidad de Cantagallo, distrito del Rímac, Lima, fue elaborado por alumnos de la Universidad San Martín de Porres. En ella se describe a través de los protagonistas y de expertos investigadores cómo se ha desarrollado este fenómeno migratorio.

http://servindi.org/actualidad/74395

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Plano Juventude Viva: prevenir a violência contra a juventude negra

Confira o artigo dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) sobre o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, lançado em Maceió (AL)

No mês passado (27/09), lançamos em Maceió a primeira etapa do plano de prevenção à violência contra a juventude negra. O “Plano Juventude Viva” foi elaborado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, com o apoio de um conjunto de ministérios e participação ativa da sociedade civil.

Essa iniciativa é o começo da resposta que devemos dar a uma realidade alarmante: atualmente o homicídio é a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Isso se agrava ao constatarmos que os jovens negros são as principais vítimas. Em 2010 foram assassinadas quase 50 mil pessoas no Brasil, sendo mais da metade delas jovens (53,3%), dos quais 76,6% eram negros e 91,3% homens, segundo os dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Entre 2001 e 2010, mais de 270 mil jovens foram vítimas de homicídio no país.

Trata-se de um cenário de violência extrema, de violação flagrante de direitos humanos, que atinge não apenas um segmento social, mas projeta uma sombra sobre o futuro do país. Talentos e vocações são ceifados, impedindo possibilidades de realização humana de que a nação não pode prescindir. O primeiro passo é reconhecer que as políticas públicas não estão atingindo os jovens adequadamente. A juventude é criativa em sua essência, diversa e batalhadora na busca de oportunidades. É nossa obrigação apoiar essa geração e darmos, principalmente, segurança para que conquistem seus objetivos. (mais…)

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