CIMI: Nota sobre o suposto suicídio coletivo dos Kaiowá de Pyelito Kue

O Cimi entende que na carta dos indígenas Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue, MS, não há menção alguma sobre suposto suicídio coletivo, tão difundido e comentado pela imprensa e nas redes sociais. Leiam com atenção o documento: os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva (o que é diferente de suicídio coletivo) no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las. Vivos não sairão do chão dos antepassados. Não se trata de suicídio coletivo! Leiam a carta, está tudo lá. É preciso desencorajar a reprodução de tais mentiras, como o que já se espalha por aí com fotos de índios enforcados e etc. Não precisamos expor de forma irresponsável um tema que muito impacta a vida dos Guarani Kaiowá.

O suicídio entre os Kaiowá e Guarani já ocorre há tempos e acomete sobretudo os jovens. Entre 2000 e 2011 foram 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.

Desde 1991, apenas oito terras indígenas foram homologadas para esses indígenas que compõem o segundo maior povo do país, com 43 mil indivíduos que vivem em terras diminutas. O Cimi acredita que tais números é que precisam de tamanha repercussão, não informações inverídicas que nada contribuem com a árdua e dolorosa luta desse povo resistente e abnegado pela Terra Sem Males.

Conselho Indigenista Missionário, 23 de outubro de 2012 (mais…)

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Judiciário debaterá meta de combate à improbidade administrativa

Mariana Braga, Agência CNJ de Notícias

O ministro Carlos Alberto Reis de Paula anunciou, durante a 157ª sessão plenária realizada nesta terça-feira (23/10), que a Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ levará aos presidentes dos tribunais, durante o VI Encontro Nacional, propostas de metas de gestão voltadas ao combate à corrupção e à improbidade administrativa. “Nós ousadamente vamos discutir e torcemos para que se torne uma das metas a serem alcançadas pelo Judiciário”, afirmou o ministro.

As propostas foram definidas pelos gestores e diretores de planejamento estratégico de todos os tribunais do País, durante a reunião preparatória para o Encontro, realizada na última semana e coordenada pela comissão presidida pelo ministro Carlos Alberto. “Buscamos municiar os presidentes para as deliberações do Encontro Nacional”, destacou o ministro. A sexta edição do Encontro Nacional será realizada nos dias 5 e 6 de novembro em Aracaju/SE.

Segundo Carlos Alberto, a Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento entregará nesta terça-feira (23/10) o relatório conclusivo da reunião preparatória, com as propostas de metas e assuntos prioritários a serem debatidos pelos presidentes. Realizado anualmente sob a coordenação do CNJ, os encontros nacionais do Judiciário têm o objetivo de avaliar a Estratégia Nacional estabelecida para a Justiça e divulgar o desempenho dos tribunais no cumprimento das ações, dos projetos e das metas nacionais. (mais…)

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Asa Minas se fortalece com Encontro Estadual

Com os corações cheios de esperança, força e resistência os povos do Semiárido de Minas Gerais se reunião nos próximos 25 e 26 de outubro no município de Januária para realização do Encontro Estadual da Articulação no Semiárido Mineiro (ASA Minas).

É um momento todo especial em que os povos se enchem de alegria para debater, partilhar, construir, juntar forças e ações para o fortalecimento das lutas no estado e para a realização do VIII Encontro Nacional da ASA (EnconASA), que pela primeira vez acontecerá em Minas Gerais.

Nesse Encontro Estadual estão previstos a participação de cerca de 100 pessoas dos quatro cantos do semiárido mineiro. São representações de entidades populares e organizações sociais de 7 microrregiões, divididos entre as regiões do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. (mais…)

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Jejuvy: assim os guaranis recuperam a palavra

Viagem antropológica ao mundo guarani-kaiowa. Por que suicídios são protesto, ritual e porformance de cultura que sobrevive por um fio

Por: Fabiane Borges e Verenilde Santos

Quando um grupo de guaranis-kaiowas anunciou, há semanas, que prefere a morte a ter de abandonar suas terras ancestrais reconquistadas, uma onda de alarme se espalhou entre parte da opinião pública. Para que ela não se dissipe, vale conhecer o drama e a cultura destes índios, que se suicidam diante do esvaziamento de seu mundo.

As escritoras Fabiane Borges e Verenilde Santos visitaram por meses os territórios guaranis-kaiowas no Mato Grosso do Sul em 2008. Um dos resultados de sua presença foi uma reportagem antropológica publicada no então “Caderno Brasil” do “Le Monde Diplomatique” — uma iniciativa de mídia livre que foi procursor de “Outras Palavras”. Tanto a relevância quanto a atualidade do texto são maiores que nunca. Por isso, ele está republicado a seguir (A.M.).

Performance ritual:

O dia amanhece com um índio guarani-kaiowa enforcado. Cadarço de tênis esticado da árvore. Banho tomado, perfumado, de joelhos. (mais…)

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Lançamento do Livro “Ambientalização dos bancos e financeirização da natureza”

O lançamento do livro integra a programação do Seminário “Energia Eólica, Injustiças e Conflitos Ambientais na Zona Costeira” (25 e 26 de Outubro) e contará com a participação de Fabrina Furtado, assessora da Relatoria de Direito ao Meio Ambiente da Plataforma DHESCA e autora de um dos artigos do livro. Na ocasião, a publicação estará disponível para compra no valor de R$10.

RESENHA – O livro é uma contribuição da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais ao debate sobre a atuação e as políticas socioambientais do BNDES, valendo-se de quase duas décadas de articulação nacional e luta contra hegemônica no campo do monitoramento critico das Instituições Financeiras Multilaterais como o FMI e Banco Mundial, valorizando as experiências desenvolvidas pelos seus membros frente aos projetos e políticas destas instituições. (mais…)

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MPF alega que quadros do “Zorra Total” incitam preconceito

A ação civil pública contra a TV Globo pede a retirada do ar destes quadros

Redação Bem Paraná

O Ministério Público Federal recorreu contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que autorizou o programa “Zorra Total”, da TV Globo, a continuar exibindo conteúdo supostamente preconceituoso contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

A ação civil pública ajuizada pelo MPF/DF contra a TV Globo pede a retirada do ar destes quadros e que a emissora deixe de exibir novos conteúdos humorísticos com alusões discriminatórias à comunidade gay. Além disso a Globo deverá transmitir por 60 dias, no mesmo horário do “Zorra Total” programas de conscientização com estrutura, profissionais e recursos oferecidos pela emissora.

Em primeira instância, o pedido foi negado, o que fez a Procuradoria da República no DF recorrer ao Tribunal Regional Federal, em Brasília.

No recurso encaminhado ao Tribunal, a procuradora alega que a decisão deixou de se pronunciar sobre diversos pontos levantados pela Ação Civil Pública do MPF. Segundo a ação, a veiculação do conteúdo discriminatório do “Zorra Total” afronta a Constituição Federal, que garante a igualdade perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

http://www.bemparana.com.br/noticia/234609/mpf-alega-que-quadros-do-zorra-total-incitam-preconceito

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Comunidade Guarani-Kaiowá ameaça suicídio coletivo por causa de criadores de gado

Mais um problema grave da criação de gado no Brasil: a exploração humana

Mais de 170 cidadãos brasileiros, entre homens, mulheres e crianças, vão tirar a própria vida em um ato desesperado para não perder sua terra para fazendeiros de Mato Grosso do Sul. As fazendas são cercadas por capangas armados que, segundo depoimentos dos índios, fazem o que querem. É uma terra sem lei, onde o coronelismo ainda pode, infelizmente, ser visto e sentido. O massacre do povo Guarani-Kaiowá não é de hoje e eles sabem que não terão chance de sobrevivência longe do rio Hovy. O desespero dos índios se deu justamente a partir do momento que souberam que a Justiça quer que eles saiam das margens deste volumoso rio, que fica no município de Naviraí-MS.

O Brasil, país dominado pela pecuária, explora seus cidadãos, seus recursos naturais e massacra seus animais para manter uma economia torpe que só traz riquezas e prosperidades a alguns, justamente aqueles que destroem. O consumidor, que é quem tem nas mãos o poder de escolher que produtos e que empresas quer ver no supermercado, em uma parcela de culpa nisso tudo. (mais…)

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