Prêmio ANA 2012 reconhece práticas, como o tombamento e a chancela

Inscrições vão até 1º de junho

A Agência Nacional de Aguas (ANA) está com inscrições abertas, até 1º de junho, para o Prêmio ANA 2012 que, este ano, vai premiar também ações inscritas na categoria Água e Patrimônio Cultural. Podem concorrer iniciativas e propostas que se destaquem pela proteção do patrimônio hídrico nacional, por meio de instrumentos, como o tombamento e a chancela. As iniciativas devem apontar caminhos para assegurar os usos múltiplos da água, como os culturais, simbólicos, de valor cênico e paisagístico. Desde 2006, a cada dois anos, a ANA realiza a premiação.

Para participar do Prêmio ANA 2012, os interessados devem enviar os trabalhos por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2012 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 222, Brasília (DF), CEP: 70610-200. A data de postagem será considerada como a de entrega. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação. Os concorrentes poderão inscrever mais de uma iniciativa.

A Comissão Julgadora será composta de um membro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e outros especialistas com notório saber sobre recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da ANA presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação levarão em consideração os aspectos de adesão social; originalidade; transdisciplinaridade. (mais…)

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Da ocupação das terras à vitória no STF

Os títulos de áreas indígenas invadidas têm de ser dados como nulos, para que a terra fique livre da motosserra, da queimada e dos agrovenenos 

Dom Tomás Balduino

No conflito no sul da Bahia, na área indígena pataxó, a mídia apontou os índios como invasores, violentos, perturbadores da ordem e obstáculos ao desenvolvimento.

Os pataxó, do seu lado, lembram-se do assassinato de 30 lideranças indígenas, dos 15 anos da morte impune do cacique Galdino e da inolvidável crueldade do fazendeiro que assassinou o índio Djalma, depois de castrá-lo, arrancar suas unhas, dentes e o couro cabeludo. Assim, decidiram, no início deste ano, levar adiante a retomada das áreas invadidas por fazendeiros desde 1940 -54.105 hectares da área Caramuru-Catarina Paraguassu.

Essa terra é parte do grande território indígena desde tempos imemoriais. A lei 1.916, de 9 de agosto de 1926, reconheceu a área indígena que foi demarcada em 1938.

O Serviço de Proteção aos Índios (SPI), porém, usando a prática nefasta do arrendamento, passou a fazendeiros grande parte dessas terras já demarcadas. Em 1960, o governador Antônio Carlos Magalhães, em ato de abuso de autoridade, emitiu títulos de propriedade das áreas invadidas. (mais…)

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A saga quase-ignorada dos catadores urbanos

Embora sejam responsáveis por quase toda a reciclagem do lixo nas metrópoles, eles continuam enfrentando preconceito e condições dramáticas de trabalho

Por Estevan Muniz, na Rede Brasil Atual

Os catadores de materiais recicláveis cumprem papel fundamental na reciclagem na cidade de São Paulo. Em cooperativas, eles operam centrais de triagem da prefeitura, onde os materiais são separados para reciclagem. O número total de cooperativas na cidade é desconhecido, mas há somente vinte conveniadas com a prefeitura. O convênio prevê que as cooperativas tenham a ajuda de caminhões para coletar o lixo, um espaço para exercer a atividade e os equipamentos necessários. Mas nem sempre esses benefícios são garantidos, e os catadores que nelas trabalham não recebem remuneração alguma da prefeitura, dependendo da venda dos materiais.

Nas cooperativas não conveniadas, não há nada disso, e a coleta é feita por carroceiros e pelos próprios catadores, que fazem a triagem. Muitos carroceiros vivem condições de subemprego, segundo o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), que estima em 2 mil o número de pessoas atuando nesta atividade. (mais…)

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A vitória dos Pataxó e a História de todas as cores

Luta indígena recupera territórios no STF, abre caminho para outras etnias e expõe mediocridade dos que reduzem vida ao cinza

Por Carlos José Ferreira dos Santos*

O dia 2 de maio fica marcado como uma data de imensa alegria e vitória para os Povos Indígenas. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou nulos, por sete votos a um, os títulos de terra localizados no território Pataxó Hã Hã Hãe em área indígena no sul da Bahia. Algumas das considerações dos ministros merecem destaque por permitirem reflexões sobre a justa luta dos povos indígenas por suas terras.

O ministro Celso de Mello afirmou que “ninguém pode se tornar dono de terras ocupadas por índios, que pertencem à União e, como tais, não podem ser negociadas (Ministro Celso de Mello, STF, 02/05/2012)”[1].

Assim, pensamos que: as ocupações feitas pelos povos indígenas nas terras ancestrais não deveriam ser ações consideradas como invasões e sim como retomadas dos territórios que foram retirados ilegalmente. Contudo, acreditamos que tais terras pertencem acima de tudo aos Povos Indígenas e não ao Estado Brasileiro, apesar de competir a União e à justiça não-indígena zelar por este direito. Por isto somos favoráveis ao seguinte trecho da Constituição de 1988: (mais…)

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Lei de Acesso à Informação entra em vigor hoje, 16 de maio

Daniella Jinkings*, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Lei de Acesso à Informação entra em vigor hoje (16) com o objetivo de garantir aos cidadãos brasileiros acesso aos dados oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada órgão público terá um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) para garantir a transparência dos dados públicos.

Com isso, o Brasil passa a compor, com outros 91 países, o grupo de nações que reconhecem que as informações guardadas pelo Estado são um bem público. Além dos gastos financeiros e de contratos, a lei garante o acompanhamento de dados gerais de programas, ações, projetos e obras. Os links nas páginas do governo federal que dão ao cidadão pleno acesso às informações são identificados por um selo em forma de balão amarelo de quadrinhos, com a letra “i” em verde.

Além de órgãos e entidades públicas dos três níveis de governo, as autarquias, fundações, empresas públicas e entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos públicos devem colocar as informações à disposição do cidadão de forma gratuita.

Antigamente, o cidadão só podia solicitar informações que lhe diziam respeito. Cabia à chefia dos órgãos decidir sobre a liberação dos dados. Segundo a cartilha da Controladoria-Geral da União (CGU), feita para informar os servidores sobre a nova lei, na chamada “cultura do segredo”, a informação era muitas vezes retida ou até perdida. (mais…)

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Comissão da Verdade será empossada hoje e quer criar “Wikipédia da ditadura”

Foto: Agência Brasil - Gilson Dipp: cotado para ser primeiro coordenador da Comissão da Verdade

Em regimento que será discutido hoje será aberta a possibilidade de abrir arquivos para contribuição de internautas

Wilson Lima, iG Brasília

Oficialmente, a Comissão da Verdade, cujos sete membros serão empossados hoje a partir das 11h pela presidenta Dilma Rousseff, terá dois anos para “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos” praticadas entre 1964 e 1988. No entanto, na primeira reunião dos sete membros do órgão, também marcada para hoje, será discutida a possiblidade de ampliar essas apurações por um tempo indeterminado.

Isso porque, na proposta de regimento interno da Comissão da Verdade, ao qual o iG teve acesso, discute-se uma maneira de abrir os arquivos resultantes da investigação para acesso dos internautas. A ideia é achar uma fórmula para que pessoas que não possam ser ouvidas diretamente pela Comissão também deem a sua contribuição pela internet. Seria uma espécie de Wikipédia da ditadura. Dessa forma, mesmo com o final da investigação formal, abre-se uma brecha para continuar as discussões sobre crimes ocorridos durante o regime militar. (mais…)

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Companhia Siderúrgica do Atlântico pode ser colocada à venda no RJ

Empresa alemã, que detém maior parte da fábrica, divulgou nota. CSA já respondeu a inquéritos por crimes ambientais desde inauguração.

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) pode ser colocada à venda. Foi o que anunciou a ThyssenKrupp, empresa alemã que controla a maior parte da fábrica, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro , conforme mostrou o RJTV. A  usina, atualmente com milhares de empregados, recebeu bilhões em investimento para funcionar. Desde a inauguração, em 2010, já respondeu a inquéritos por crimes ambientais.

Na manhã desta terça-feira (15), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fez uma vistoria na usina e comprovou que a estrutura instalada para evitar a emissão de fuligem em Santa Cruz está funcionando. No entanto, a CSA ainda trabalha sem o licenciamento ambiental definitivo, porque, segundo Inea, não cumpre as cerca de 100 exigências do termo de ajustamento de conduta, assinado com o instituto.

A diretoria da empresa decidiu investigar opções estratégicas em todas as direções: uma parceria ou a venda de duas unidades, a CSA e uma unidade dos Estados Unidos. (mais…)

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