Companhia Siderúrgica do Atlântico pode ser colocada à venda no RJ

Empresa alemã, que detém maior parte da fábrica, divulgou nota. CSA já respondeu a inquéritos por crimes ambientais desde inauguração.

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) pode ser colocada à venda. Foi o que anunciou a ThyssenKrupp, empresa alemã que controla a maior parte da fábrica, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro , conforme mostrou o RJTV. A  usina, atualmente com milhares de empregados, recebeu bilhões em investimento para funcionar. Desde a inauguração, em 2010, já respondeu a inquéritos por crimes ambientais.

Na manhã desta terça-feira (15), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fez uma vistoria na usina e comprovou que a estrutura instalada para evitar a emissão de fuligem em Santa Cruz está funcionando. No entanto, a CSA ainda trabalha sem o licenciamento ambiental definitivo, porque, segundo Inea, não cumpre as cerca de 100 exigências do termo de ajustamento de conduta, assinado com o instituto.

A diretoria da empresa decidiu investigar opções estratégicas em todas as direções: uma parceria ou a venda de duas unidades, a CSA e uma unidade dos Estados Unidos.

As duas unidades fazem parte de um plano integrado de produção, que foi questionado pela própria ThyrssenKrupp. A empresa pretendia produzir aço a preços baixos no Brasil e vender na América do Norte. Mas a crise econômica nos EUA diminuiu a demanda e o crescimento do Brasil, que fez aumentar os custos de produção.

A empresa informou ainda que, por enquanto, o funcionamento da CSA continua normalmente, inclusive com o aumento de produção que estava previsto para esse ano. A entrada de um novo parceiro na usina ou a venda da CSA deve ser concretizada só no final do ano.

Desde a sua inauguração, em 2010, a CSA começou a apresentar os primeiros problemas. O projeto de R$ 12 bilhões tinha um erro na linha de produção, e uma parte de Santa Cruz ficou coberta de fuligem, resultado da produção de ferro gusa. Houve muitas reclamações dos moradores da região por conta da poluição, duas ações do Ministério Público por crimes ambientais e sete autuações do Inea, com milhões de reais em multas. A companhia ainda não tem licença ambiental e nem de instalação definitiva.

Prefeitura e estado não se pronunciam

O governo do estado e a prefeitura do Rio não se pronunciaram sobre a possível negociação da fábrica. A companhia Vale do Rio Doce, que tem 27% por cento de participação na CSA, também não se pronunciou.

Quando foi construída, a CSA chegou a empregar 30 mil pessoas. A área que a usina ocupa em Santa Cruz é equivalente a duas vezes os bairros de Ipanema e Leblon juntos e gera 5 mil empregos diretos e indiretos.

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Partilhado por Rodolfo Lobato.

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