Definição de acordos com povos indígenas e negociação para resolver problemas nos reassentamentos estão entre propostas dos manifestantes
O procurador da República no Tocantins, Álvaro Manzano, tem apoiado a manifestação pacífica realizada pelos impactados pela UHE Estreito (TO/MA, 1.087 MW) contra o tratamento que vem sendo prestado pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). “De forma geral, o Ceste tem tratado muito mal os impactados pela obra. A recusa em participar de reuniões e negociar agrava ainda mais a situação”, disse.
Cerca de mil integrantes organizados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Comissão Pastoral da Terra e outras organizações populares chegaram na última quarta-feira, 1º de setembro, a Estreito, no Maranhão, onde já existe há cerca de um ano um acampamento próximo à entrada do canteiro de obras.
De acordo com o coordenador do MAB, Cirineu Rocha, a pauta de reivindicações já foi entregue a um representante do Ceste. Entre as propostas dos manifestantes estão o reconhecimento de meeiros, arrendatários e extrativistas, que foram cadastrados pelo Incra, mas não recebem tratamento do consórcio; definição e cumprimento de acordos com os povos indígenas; negociação para resolver problemas estruturais nos reassentamentos; revisão das áreas consideradas de risco, com possíveis novas indenizações; reconhecimento e indenização de barqueiros e barraqueiros e reposição das áreas públicas alagadas para assentar famílias carentes.
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