Ação urgente: grupo indígena em situação crítica

Aproximadamente 80 membros do grupo indígena Guarani Kaiowá Y’poí no Brasil estão sendo ameaçados por homens armados contratados por fazendeiros locais. Eles estão impedidos de deixar seu acampamento, resultando na impossibilidade de acesso à água, comida, educação e saúde.

O grupo reocupou fazendas que reivindicam como sendo parte de suas terras ancestrais, próximo a Paranhos, Brasil, em abril. Eles estão cercados por homens armados contratados por fazendeiros locais, que os ameaçam continuamente e tiros têm sido disparados para o ar durante a noite. Eles também estão impedidos de deixar seu acampamento. Isso os deixou em uma situação crítica, sem acesso a água, comida, educação e saúde.

A Fundação Nacional de Saúde do Índio (FUNASA) não tomou providências para prover cuidados à comunidade, alegando falta de segurança. As crianças da comunidade estão ficando doentes devido à falta de assistência médica e de água e às condições do tempo que está muito seco. A comunidade denunciou sua situação ao Ministério Público Federal, à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e às autoridades policiais do estado, mas nenhuma medida foi tomada até agora. (mais…)

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Mulheres Pataxó realizam reunião na aldeia Craveiro

Mulheres durante encontro na aldeia Craveiro
Ontem (12), foi realizada uma reunião das mulheres Pataxó na aldeia Craveiro, município do Prado, extremo sul da Bahia. O objetivo do evento foi avaliar a participação das Pataxó no Encontro Regional das Mulheres, que aconteceu mês passado na aldeia Caramuru do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe. O encontro na aldeia Craveiro contou com a presença de cerca de 30 lideranças sendo cerca de 20 mulheres e 10 homens das diversas comunidades do povo Pataxó. O Cimi, através da sua equipe de Itabuna, assessorou o evento.

Na reunião foi avaliada como altamente positiva o encontro e a participação das Pataxó no referido evento, a reestruturação da Comissão de Organização das Mulheres Indígenas do Leste (Comil) e o envolvimento das Pataxó com suas representantes na Comil e participação a partir de agora na Comissão de Organização das Mulheres Indígenas do Sul da Bahia (Comisulba). (mais…)

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MPF/AM pede condenação de militares por tortura a índios

Quatro militares do Exército foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) por prática de tortura contra índios no município de São Gabriel da Cachoeira (a 850km a noroeste de Manaus).

Os militares Leandro Fernandes Rios de Souza, Ramon da Costa Alves e Walter Cabral Soares, sob o comando do 1º Tenente Samir Guimarães Ribas, praticaram atos de abuso de autoridade e tortura, causando sofrimento físico e mental a índios das comunidades de São Joaquim e Uariramba, em São Gabriel da Cachoeira, em ação que teve início na noite de 29 de setembro de 2007 e se estendeu até a manhã seguinte, no intuito de investigar e castigar índios envolvidos com tráfico de drogas.
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“Tapajós inundará 9.500 hectares de floresta do Parque Nacional da Amazônia, além de terras indígenas”

Sob o título “Energia, a riqueza que emerge do Tapajós”, o jornal Diário do Pará, publicou uma reportagem sobre o potencial hídrico do Rio Tapajós a ser explorado pelos projetos de construção de várias usinas hidrelétricas.

A reportagem foi reproduzida pelo sítio Amazonia.org.br, 10-09-2010 e pelas “Notícias do Dia” do IHU, 11-09-2010, com um amplo adendo “Para ler mais”.

Edilberto Sena, padre, membro da Frente em Defesa da Amazônia, de Santarém, em nome da articulação Tapajós Vivo, contesta a reportagem em artigo que publicamos a seguir.
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Índios Xikrin lutam contra queimadas

PARAUAPEBAS – Incêndio de grandes proporções pode destruir área de reserva indígena

Evandro Corrêa

Um incêndio consome, desde o início da semana, a reserva indígena dos Xikrin do Cateté, em Parauapebas.  Homens do Corpo de Bombeiros de Marabá auxiliam o grupamento de Parauapebas desde terça-feira, na tentativa de debelar as chamas e impedir que o fogo destrua uma grande área da reserva indígena, onde um helicóptero do Ibama permanece para dar apoio ao Corpo de Bombeiros. Segundo o major Francisco Cantuária, comandante do 5º Grupamento de Incêndio de Marabá, a presença do helicóptero se faz necessária porque existem alguns focos de incêndios numa serra, onde o acesso dos brigadistas é difícil porque seriam necessários oito quilômetros de caminhada.  Ainda de acordo com Cantuária, alguns fatores da região podem piorar a situação na área indígena, como o tempo quente e a baixa umidade do ar.
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Ecuador: Conflicto entre indígenas deja dos muertos

Servindi – Por un conflicto territorial dos indígenas de la nacionalidad Andua murieron después de enfrentarse con otros originarios en Chichirota en la provincia de Pastaza.

El conflicto ocurrió el pasado lunes 6 de septiembre informó el gobernador de Pastaza, Santiago Peralta, quien también aseguró que se tomará las acciones del caso para sancionar a los responsables.

El funcionario explicó que los aborígenes rivales estaban armados con escopetas y eran cerca de treinta personas. La víctima de apellido Cadena, ya fue sepultado el día jueves 9 de setiembre en Puyo.
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Perú: El pueblo Maijuna vive

Por José Álvarez Alonso

El pueblo Maijuna, antiguamente conocido como “Orejón”, por su costumbre de dilatar el lóbulo de las orejas con discos de topa, es uno de los 26 pueblos indígenas existentes en la Región Loreto, y uno de los más reducidos, actualmente en peligro real de desaparición: sólo cuenta con 480 habitantes distribuidos en cuatro comunidades, localizadas entre las quebradas Sucusari y Yanayacu, afluentes del Napo, y el río Algodón, afluente del Putumayo.
Los Maijuna están entre los pueblos más amables, acogedores, alegres, hospitalarios, y menos conflictivos que he conocido en mi vida. Según me han informado, al contrario de otros pueblos indígenas, que ‘curan’ a sus jóvenes para que sean aguerridos y sepan enfrentar a sus enemigos, entre los Maijuna -de modo similar a lo que hacen sus primos los Secoya- los ‘curan’ para que no tengan cólera, para estar siempre a bien con todos, vecinos y extraños. ¡Y bien que se nota! La gente que ha tenido trato con los Maijuna siempre queda con tan buen recuerdo que quieren volver a visitarlos y a trabajar con ellos.

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“Todo brasileiro se sente uma ilha de democracia racial cercada de racistas”


Entrevista: Lilia Moritz Schwarcz, antropóloga e historiadora

Por cerca de cem anos, intérpretes do Brasil encheram milhares de páginas na tentativa de definir o caráter nacional. Neste século, à medida que o país se molda à identidade de ator global emergente, pesquisadores além das fronteiras brasileiras passam a se interrogar sobre esse problema, que tanto preocupou no passado pensadores tão distintos como Sílvio Romero, Mário de Andrade, Gilberto Freyre, Florestan Fernandes e Raymundo Faoro. No dia 17 de agosto, o historiador americano Robert Darnton publicou em seu blog na revista The New York Review of Books um diálogo sobre the character of this new great power (o caráter desta nova grande potência, no caso o Brasil).

Sua interlocutora era a brasileira Lilia Moritz Schwarcz, definida como “uma das melhores historiadoras e antropologas do Brasil”, além de proprietária da editora Companhia das Letras com o marido, Luiz Schwarcz. Ambos haviam iniciado a troca de ideias durante a Festa Literária de Paraty (RJ), em julho, e a conversa voltou-se quase naturalmente para as relações raciais no país.

Poucas profissionais de ciências humanas se empenham como Lilia na tentativa de estimular um debate interdisciplinar sobre a consolidação da identidade nacional a partir do tema das raças – um dos objetos da curiosidade de Darnton no diálogo da The New York Review of Books.
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Estrangeiros avançam na aquisição de terras

O Brasil tem quase 15% das terras no mundo ainda não exploradas para a agricultura e deve ser um dos alvos de investidores internacionais nos próximos anos. A avaliação é do Banco Mundial, que constata que, de olho em uma população cada vez maior e com uma renda cada vez melhor, investidores estrangeiros e governos saem em busca de terras pelo mundo.

A reportagem é de Jamil Chade e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 13-09-2010.
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Lá vem o Amarelão!

Por Daniel Munduruku

Desde algum tempo se diz que no Rio Grande do Norte não há mais indígenas. E também já faz tempo que disseminava esta informação durante minhas palestras para professores porque confiava nos dados fornecidos pelo órgão oficial e outros institutos. Até brincava com o fato das pessoas sempre imaginarem que um dos únicos estados brasileiros que não tem a presença de indígenas é o Rio Grande do Sul. A maioria das pessoas acreditam que lá – por conta da colonização européia forte e excludente – foram exterminados todos os indígenas. Não foi bem assim a história. De qualquer forma este sempre foi o imaginário popular.

Depois de algum tempo mudei a tônica de minha fala ao referir-me ao tema. Na verdade passei a incluir a palavra “supostamente” quando me referia à questão. Deixava subentendido que havia possibilidade de existir sim algum povo ainda “ocultado” em função das disputas de terra.

Os povos indígenas do nordeste foram os primeiros a serem “descobertos” pelos europeus. Por conta disso foram perseguidos e exterminados ao longo do processo colonizador. Quem fosse pego definindo-se como “índio” era fatalmente detonado da convivência social. Em função disso muitos grupos foram dispersados e os poucos que se mantinham vivos tinham que se “civilizar” para serem aceitos socialmente. Com isso acabavam esquecendo a própria língua, suas histórias, suas memórias ancestrais, seus rituais, cantos sagrados e crenças. (mais…)

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