Estudo denuncia invasão de Terras Indígenas no Mato Grosso

Impacto da expansão da soja afeta a vida de indígenas da TI Maraiwatsede (Foto: Verena Glass)
Terra Indígena Maraiwatsede, dos índios Xavante, tem 90% de sua área tomada por fazendeiros. Dois projetos de soja são responsáveis pelo maior desmatamento em Unidades de Conservação do Estado, destaca levantamento

Por Repórter Brasil

O Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA) da ONG Repórter Brasil lançou, nesta semana, novo estudo sobre os impactos da soja, com foco nos reflexos em Terras Indígenas (TIs) do Mato Grosso.

Maior produtor do grão no país, Mato Grosso abriga também o maior número de TIs. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, apenas 44 (ou 31,2%) dos 141 municípios do Estado não cultivam soja ou não tinham registro da cultura. No mesmo ano, 54 cidades (38,3%) tinham entre 10 mil e 575 mil hectares de soja. Das 78 TIs listadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em terreno mato-grossense, ao menos 30 ficam em municípios com mais de 10 mil hectares de soja.

Problemas inerentes à produção de soja no Cerrado, como desmatamento, desertificação, pressão sobre os territórios, contaminação de solos e de cursos d´água já têm afetado várias aldeias indígenas. (mais…)

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Sete mapuches são internados, e o poeta Nicanor Parra inicia greve de fome solidária

A saúde dos mapuches em greve de fome no Chile há 74 dias continua se deteriorando. Três grevistas se somam a outros quatros que foram internados nessa semana no Hospital de Concepción, ao mesmo tempo aumentam os pedidos para que o presidente Sebastián Piñera encontre uma solução para o conflito. A reportagem é do Página/12, 24-09-2010. A tradução é do Cepat.

Os três grevistas identificados como Jorge Cayupán, Eduardo Painemil e Camilo Tori, foram transferidos para centros assistenciais. Os três apresentaram vários problemas de saúde devido a longa greve de fome. Natividad Llanquileo, porta-voz dos presos em greve de fome na prisão El Manzano, de Concepción, disse que outro dos grevistas Héctor Llaitul, perdeu de 24 a 25 quilos. “Eles estão conscientes. Conversamos muito sobre a repercussão. De repente têm uma ‘apagão’ de consciência, mas depois lembram o que está acontecendo. Estão instáveis, mas com disposição de continuar o protesto”, declarou Llanquileo a Rádio Cooperativa. O deteriorado estado de saúde dos presos em jejum tem motivado vários pedidos as autoridades para que atendam as reivindicações do grupo de grevistas, antes que algum deles morra.

Os mapuches, acusados por delitos cometidos durante protestos em luta por suas terras, reivindicam a anulação da lei Antiterrorista, criada pela ditadura de Augusto Pinochet pela qual estão sendo processados. Essa lei contempla a aplicação de penas duplicadas  –  ditadas pela justiça civil e militar – para os casos em que os aborígenes promovam distúrbios na reivindicação de suas terras. (mais…)

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A mulher na rota do tráfico de pessoas. Entrevista especial com Beatriz Duarte Gomes

Atenta a todas as conferências que discutiam a relação entre biopoder, biopolítica e vida humana, durante o XI Simpósio Internacional IHU: o (des)governo biopolítico da vida humana, Beatriz Duarte Gomes buscava relacionar os temas com o seu trabalho. Ela faz parte da rede social Um grito pela vida que luta contra o tráfico de pessoas no Brasil e no mundo. Em meio ao evento, a IHU On-Line entrevistou, pessoalmente, a religiosa para entender como funciona esse projeto e quais os caminhos do tráfico no país. “Sibilia [1] falava sobre o capitalismo cognitivo e como vamos entender nossos corpos em alguns anos. E eu pensava que vamos chegar a ponto em que não vão mais se vender corpos e sim os cérebros. Haverá um tráfico de pessoas que tem uma certa inteligência, que possuem aptidão”, previu.

Na entrevista a seguir ela fala sobre como funciona o trabalho na luta contra o tráfico de pessoas e revela porque as mulheres são as maiores vítimas desse crime.”A mulher é uma mão de obra barata, inclusive quando ela é uma escrava sexual”, apontou. A Irmã Beatriz Duarte Gomes é assessora executiva da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Confira a entrevista. (mais…)

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INDÍGENAS NO INCÊNDIO DA FAVELA REAL PARQUE: Cerca de 40 famílias indígenas foram atingidas

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Vanessa Ramos*

De um lado, a favela do Real Parque com muitas habitações precárias. De outro, a Ponte Estaiada e condomínios de luxo. Um dos lados exige condições dignas de moradia e sobrevivência, enquanto outro prefere a preservação daquilo que tem sido um cartão-postal dentro da cidade de São Paulo incitando, inclusive, o mercado imobiliário.

Mas apenas um lado sofre nesse momento. Um incêndio atingiu a favela do Real Parque, na zona sul de São Paulo, na manhã da sexta-feira (24/09). No local que era conhecido pelos moradores como alojamento da Rocinha, viviam cerca de 300 famílias, em um número aproximado de 1.200 pessoas, conforme informações da subprefeitura do Butantã.

Foi grande o desespero das pessoas no local e o fogo se alastrou rapidamente nos barracos construídos em madeira e em alvenaria. A maioria dos que viviam no alojamento estavam trabalhando no momento e, ao receberem a informação, correram para socorrer pessoas da família e algum objeto que pudessem resgatar. Não se conhece a causa do incêndio, mas, de acordo com informações, não há mortos no local.   (mais…)

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Salvador, BA: “Cabelaço” contra o racismo hoje na porta do shopping Itaigara

Hoje, às 17 horas,  haverá, em frente ao Shopping Itaigara, uma manifestação contra o racismo e a favor  da estética negra. O movimento é em defesa da jornalista e professora universitária Márcia Guena e do seu filho de 6 anos. O que era para ser uma coisa corriqueira, um corte de cabelo da criança, virou agora uma luta por Justiça da mãe. De acordo com ela, um funcionário do salão que fica no shopping negou-se a cortar o cabelo do menino alegando que o cabelo era difícil de ser desembaraçado e só poderia ser cortado a máquina.

A direção do salão alega que o funcionário não sabia fazer o corte pedido pela mãe. Os detalhes estão numa matéria de hoje do jornal A TARDE escrita por Meire Oliveira. Márcia Guena registrou queixa na Delegacia Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca) e segunda-feira vai fazer o mesmo no Ministério Público (MP).

Curioso que, numa cidade com uma maioria expressiva de negros na população um salão instalado em um local de amplo movimento não saiba lidar com cabelos crespos e só ofereça para eles a erradicação, ou seja, cortá-los até onde for possível. Quando é mulher, o tratamento oferecido costuma ser a maléfica química do alisamento que traz queda e outros problemas. Mas um episódio que ajuda a refletir sobre o racismo na mais negra cidade do país.

http://mundoafro.atarde.com.br/

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Ceará – Comunidade do Trilho faz cortejo denunciando remoções para a Copa de 2014

A comunidade Rio Pardo situada no bairro Papicu, nas proximidade dos trilhos da via férrea Parangaba-Mucuripe, faz cortejo pelas ruas do bairro denunciando as ameaças de remoções provocada pelas obras da Copa do Mundo de 2014. O cortejo com panfletagem será realizado hoje, sábado, 25, às 16hs saindo da Associação Comunitária do Rio Pardo.

As obras da Copa que ameaçam de expulsão as comunidades do trilho são referentes ao alagarmento da Avenida Via Expressa e a instalação do VLT-Veículos Leve sobre Trilhos. A comunidade denuncia a falta de informação e diálogo com os poderes públicos sobre tais projetos. Pessoas desconhecidas estão numerando as casas e apresentando documentos para as famílias assinarem. As famílias moram há décadas na área e temem serem removidas com indenizações injustas ou deslocadas para conjuntos habitacionais distantes e sem infra-estrutura, em condições de maior vulnerabilidade social.

Contatos:
Terezinha 85 8813.4544
Francilene 85 9652.2729
Fonte: FORCEMA

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