Pela primeira vez em 15 anos, cai o número de pessoas que passam fome no mundo

Renata Giraldi – Repórter da Agência Brasil

Brasília – Pelo menos 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica no mundo, das quais 16% vivem em países em desenvolvimento na África e Ásia. Um estudo divulgado hoje (14) mostra que, pela primeira vez em uma década e meia, caiu o número de pessoas famintas no mundo. Mas o documento alerta que cerca de 19 milhões ainda sofrem de desnutrição grave com risco de morte.

A conclusão é do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM). O alerta é que a alta dos preços dos alimentos pode impedir avanços no combate à fome no mundo.

Em comparação a 2009, houve uma redução de 9,6% no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas nesse grupo. Apesar da queda, há dados alarmantes, como o fato de a cada seis segundos uma criança morrer no mundo em decorrência de doenças causadas pela desnutrição.

“A fome continua sendo a maior tragédia e escândalo do mundo”, afirmou o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf. “Isso é absolutamente inaceitável”, disse ele, alertando que a meta de redução do número de famintos no mundo corre risco em decorrência da alta do preço dos alimentos. (mais…)

Ler Mais

Relatório da ONU aponta impunidade de quem explora trabalho escravo no Brasil

Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a atuação do governo brasileiro no combate ao trabalho escravo, especialmente empreendido pelos grupos de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. O documento, no entanto, aponta a necessidade de melhorar a atuação dos três níveis de governo, principalmente dos municípios, e recomenda a alteração da legislação para aumentar a pena de quem explora e faz a intermediação do trabalho escravo.

“Essas ações exemplares [de combate ao trabalho escravo] tendem a ficar ofuscadas sem ação urgente no sentido de acabar com a impunidade de que desfrutam os fazendeiros, empresas locais e internacionais e alguns intermediários, conhecidos como gatos, que usam trabalho escravo. Pois enquanto tem sido possível obter êxito com penalidades cíveis [multas], ainda falta aplicar penalidades criminais [prisão]”, descreve o texto.

Segundo o relatório, o questionamento sobre a competência jurídica para julgar esses crimes e a demora do sistema judicial “frequentemente resultam na prescrição dos crimes e os perpetradores ficam impunes”. O documento ainda aponta que quando o crime é “cometido por um réu primário tem sido comum a punição com sentenças suaves, como prisão domiciliar ou serviços comunitários”. (mais…)

Ler Mais

Estudo para criar estatal do rio São Francisco fica pronto até o fim do mês

O governo conclui até o fim deste mês, e envia a proposta ao Congresso, o estudo técnico que vai balizar a criação de uma nova estatal para controlar as obras de transposição do rio São Francisco, uma das maiores e mais polêmicas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A reportagem é de André Borges e Paulo de Tarso Lyra e publicada pelo jornal Valor, 14-09-2010.

Os detalhes sobre o regimento e a atuação da estatal, segundo José Luiz de Souza, coordenador do conselho de gestão do projeto de integração do rio São Francisco, do Ministério da Integração Nacional (MIN), estão em vias de conclusão.

O plano inicialmente desenhado pelo governo, conforme decreto publicado em 2005, incluia a possibilidade de a transposição do rio São Francisco ser tocada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), controlada pela Eletrobras. Outra alternativa analisada era criar uma divisão dentro da Chesf para liderar o projeto. “Tínhamos realmente essas duas alternativas, mas a opção final foi por criar uma empresa nova e independente da Chesf”, diz o coordenador. (mais…)

Ler Mais

Vitórias no Congresso reforçarão ruralistas

O radar da “nova frente” inclui, ainda, temas espinhosos como mudanças na legislação trabalhista, fundiária, tributária, indigenista e quilombola. O lema da nova agenda é “preservar com pragmatismo”.

Beneficiada por um discurso radical em defesa do agronegócio durante as discussões sobre a nova legislação ambiental, a bancada ruralista deve crescer de tamanho e ter ainda mais peso nas decisões da Câmara e do Senado. A reportagem é de Mauro Zanatta e publicada pelo jornal Valor, 14-09-2010.

O núcleo mais ativo do ruralismo na Câmara, composto por 30 deputados, deve ser quase todo reeleito em outubro e terá reforços influentes para compor uma frente suprapartidária estimada em 100 parlamentares. No Senado, alguns ex-governadores ajudarão a dobrar o tamanho de um dos maiores grupos de pressão em ação no Congresso. (mais…)

Ler Mais

Renda de mais pobre sobe 3 vezes a de rico

A renda dos brasileiros mais pobres avançou em ritmo quase três vezes superior ao da dos mais ricos em 2009. A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 14-09-2010.

Segundo estudo do economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas, os 40% mais pobres tiveram ganho de 3,15% em 2009, e os 10% mais ricos, de 1,09%. Os cálculos são baseados na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O economista destaca que a renda dos brasileiros tem crescido mais que o PIB.

Enquanto o PIB avançou 3,78% ao ano de 2003 a 2008, a renda se expandiu em 5,26% a cada período, em termos per capita (descontado o crescimento populacional). No ano passado, quando a crise internacional freou a economia brasileira, o PIB per capita caiu 1,5%, mas a renda subiu 2,04%.  O especialista argumenta que a Pnad recém-divulgada pelo IBGE revelou um “fato histórico”: a classe C atingiu 50% da população do país. No ano passado, esse estrato econômico representava 49,2% dos brasileiros, e, em 1992, 32,5%. (mais…)

Ler Mais

Organização impulsiona campanha em favor da vida dos Guarani Kaiowá

Natasha Pitts *

Adital – Cansados de esperar por um processo de demarcação que não sai do papel, há quase um mês, os indígenas Guarani Kaiowá da comunidade Y’poí, no estado do Mato Grosso do Sul (MS), decidiram retornar para suas terras. O retorno trouxe consigo perseguição e medo, pois os indígenas estão vivendo cercados por pistoleiros. Para tentar encerrar esta situação, a Anistia Internacional (AI) está fazendo um apelo para que cidadãos do mundo todo escrevam para o ministro da Justiça e para o secretário Especial de Direitos Humanos.

Além do medo ocasionado por tiros disparados durante a noite, os indígenas estão sofrendo privações. Por estarem cercados por homens armados que não permitem a entrada ou saída na comunidade Y’poí, os cerca de 80 indígenas estão sem acesso à água, comida, serviços de saúde e educação. Mesmo com a grande quantidade de crianças adoentadas, os pistoleiros contratados por fazendeiros da região não estão permitindo a saída da região, que se encontra bloqueada.

Por isto, a Anistia Internacional está solicitando a cidadãos de todo o mundo que apóiem uma campanha pelo fim desta situação. A ONG está divulgando o endereço do ministro da Justiça e do secretário Especial de Direitos Humanos para que, até o dia 22 de outubro, sejam feitos diversos apelos, em qualquer idioma, para que os órgãos encerrem a situação crítica de atentado à vida dos Guarani Kaiowá. (mais…)

Ler Mais