Las múltiples voces de Pablo (Neruda), por Ariel Dorfman*

Pablo Neruda - verso no muroPágina 12

Hace 110 años, el 12 de julio de 1904, el mundo escuchó por primera vez la voz del recién nacido que algún día se llamaría Pablo Neruda. Bueno, el mundo no: quienes escucharon aquel berrido del futuro poeta fueron la partera y la madre del niño, que fue bautizado con el nombre inverosímil de Neftalí Reyes.

Es esa voz la que ahora deseo evocar en este aniversario más que centenario, un enigma y un mensaje que se esconden muy adentro de la voz tan especial e inolvidable de Neruda.

No fui nunca amigo personal del poeta. Lo conocí de adolescente, muy al pasar: varias visitas con otros estudiantes a su legendaria casa de Isla Negra, algunas ocasiones en que me topé con él en apartamentos de amigos comunistas de mis padres, un par de palabras de admiración y agradecimiento entrecruzadas después de un recital. En cada una de estas oportunidades pude oírlo, a veces en forma somera, otras veces más extensamente, declamar sus versos. Y lo que más me llamó la atención, casi de inmediato, era cómo la sensualidad volcánica del torrente de sus palabras escritas contrastaba con la monotonía casi aburrida, un zumbido sin énfasis y sin gracia, con que el autor insistía en enunciar su obra. Era como si una tortuga tratara de relatar la carrera demencial de una liebre, paso a lento paso, una palabra tras calmosa palabra sin la menor pasión, con un ritmo somnífero. Esos versos tan sutiles, caudalosos, desencadenados, sacudidos entre respiraciones y sollozos, merecían, pensaba yo, una encarnación sonora equivalente, igualmente dramática y opulenta.

¿Cómo podría el creador de una lírica que me estremecía y alumbraba y acompasaba en la soledad y en el amor y en la lucha colocarse a tanta distancia de la emoción que suscitaba? Era algo que discutí con deleite con mi novia y futura esposa Angélica, a quien le leí, justamente, Los Versos del Capitán, los Veinte Poemas de Amor y las Residencias, porque ella incorporaba, para mí, todo lo que era bello y bendito y afluente en el universo. (mais…)

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Banco dos Brics: Reunião aberta Internacional 15 a 17 de julho, em Fortaleza

Sociedade Civil promove atividades paralelas à Cúpula dos Brics. Photo: Roman Leskov
Sociedade Civil promove atividades paralelas à Cúpula dos Brics. Photo: Roman Leskov

HBS

Entre 15 e 17 de julho representantes de organizações da sociedade civil do Brasil, África do Sul, Índia, China, entre outros países estarão reunidos em Fortaleza ao mesmo tempo que líderes participam da Cúpula dos Brics. O objetivo é refletir sobre as questões que envolvem o bloco como a criação do Banco dos Brics. A Fundação Heinrich Böll Brasil é uma das organizações que participará promovento atividades. Veja a programação e participe. 

Banco dos BRICS – Seminário Internacional

FORTALEZA, BRASIL: 15 a 17 de JULHO, 2014

LOCAIS: Hotel Recanto Wirapu’ru (Av. Alberto Craveiro 2222, Castelão – Fortaleza – (85) 3477 3900 e Hotel Maredomus (Av. Almirante Barroso, 1030, Praia de Iracema – (85) 4005-4500. Sala Exitus I) (mais…)

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MPF obtém decisão para suspender extração de diamantes em terra Cinta Larga

Indígena Cinta Larga. Foto: Jesco Von Puttkamer, 1972.
Indígena Cinta Larga. Foto: Jesco Von Puttkamer, 1972.

Liminar do STJ mantém decisão do Tribunal Regional Federal que determinava a suspensão das autorizações para lavra de recursos minerais na área

MPF/PGR

A partir de agora, devem ser cancelados os requerimentos para realização de pesquisa mineral em terras indígenas da comunidade Cinta Larga e no seu entorno, conforme decisão obtida pelo Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). No dia 1º de julho, o Superior Tribunal de Justiça concedeu liminar para retirar efeito suspensivo que impedia a decisão do TRF1 de ser cumprida. Desde a ação civil pública em primeira instância, o MPF demonstrou que as pesquisas e lavras autorizadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no interior da terra indígena têm servido para aumentar a criminalidade na área.

Relatório da Polícia Federal (PF) citado nas peças do MPF assinala os conflitos gerados entre garimpeiros, minerados e indígenas por causa da comercialização ilícita de diamantes extraídos nas terras ocupadas pelos índios Cinta Larga, com produção avaliada em torno de US$ 20 milhões mensais. Segundo apuração da PF em Rondônia, a vida dos contrabandistas tem sido facilitada pela concessão de licenças de pesquisas minerais próximas às áreas indígenas pelo DNPM e “a presença de mineradoras nas áreas circunvizinhas às terras indígenas fomenta o contrabando e o crime organizado que atua contrariamente aos interesses indígenas”. (mais…)

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Comunidade indígena de MS vai ter água potável pela primeira vez em 12 anos

Entrada da aldeia: abandono visível
Entrada da aldeia: abandono visível

Governo federal se negava a implantar abastecimento de água, sob argumento de que área “não era indígena”

MPF MS

O Ministério Público Federal em Três Lagoas (MPF/MS) obteve liminar judicial que determinou que a União construa sistema de abastecimento de água potável para a comunidade indígena ofayé-xavante, em Brasilândia, 380 km a leste de Campo Grande. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) já providenciou o poço artesiano e a rede de abastecimento. A última etapa será a implantação de caixa d’água, em até 60 dias. Os indígenas da parte baixa da aldeia enfrentam o problema há 12 anos. Atualmente, eles obtêm água de ocasionais caminhões-pipa, disponibilizados pela Prefeitura de Brasilândia, ou recorrem a um córrego poluído da região.

Há 5 anos o MPF solicita a obra à União, sem sucesso. Nesse meio tempo, o MPF expediu diversos ofícios e duas recomendações. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável em 2009 pela saúde indígena, alegava que não poderia atuar na área, pois ela havia sido adquirida pelos próprios indígenas, com recursos obtidos em um acordo judicial. Após a primeira recomendação, o processo de licitação chegou a ser aberto mas foi interrompido quando o Ministério da Saúde, através da Sesai, assumiu a responsabilidade pela saúde indígena. (mais…)

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AP – Ministério Público Federal denuncia maus tratos na Casa do Índio

Índios teriam relatado falta de medicamentos em tratamentos de saúde (Foto: Reprodução/TV Amapá)
Índios teriam relatado falta de medicamentos em tratamentos de saúde (Foto: Reprodução/TV Amapá)

Falta de remédios e equipamentos enferrujados foram apontados pelo MPF. Casa do Índios afirma que denúncias são antigas.

Por Abinoan Santiago, do G1 AP

O Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) negou haver maus tratos aos atendidos na Casa do Índio (Casai), em Macapá. A afirmação aconteceu depois de o Ministério Público Federal (MPF) no Amapá apontar irregularidades no serviço prestado pela instituição, entre elas falta de remédios e uso de equipamentos hospitalares enferrujados.

O Ministério Público Federal visitou a Casa do Índio em junho para apurar as denúncias. As investigações constaram a persistência da falta de alguns medicamentos. O procurador da República Tiago de Almeida comentou que o problema é resolvido somente quando uma ação civil é ingressada na Justiça para garantir o serviço ao indígena. (mais…)

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