Campanha pela homologação da Terra Indígena Morro dos Cavalos (SC) é lançada hoje

 conviteAssessoria de Comunicação – Cimi

A comunidade Guarani em Santa Catarina lança nesta terça-feira (25), às 18h30 no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado, uma campanha pela imediata homologação da Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, localizada no município de Palhoça. Os guarani recolherão assinaturas pela finalização do processo de demarcação de seu território. (mais…)

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Tecendo relações além da aldeia

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COMIN

É com este título que a publicação – Artesãos Indígenas em Cidades da Região Sul – acaba de ser editada por representantes Kaingang, Guarani, Pataxó Hãhãhãe e o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN).

A cartilha tem como objetivo principal promover um melhor conhecimento e maior compreensão sobre a presença e permanência temporária de famílias indígenas artesãs nas cidades da Região Sul. Mostra a importância cultural, social e econômica que esta forma de comercializar o artesanato, e de caminhar no tempo e no espaço, tem na vida das comunidades kaingang e guarani. Coloca também algumas das dificuldades que elas enfrentam durante a sua estadia fora da aldeia.

Finalmente, alerta sobre a necessidade urgente, e demanda para a sociedade e suas instituições, de estabelecer uma melhor relação e tratamento, assim como de condições mais adequadas que respeitem os seus direitos como cidadãos e povos tradicionais diferenciados no seu modo de ser, estar e se relacionar com o mundo. (mais…)

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“Buraco, um panfleto profundo”: Espetáculo teatral contra os gigantes da mineração

Justiça nos Trilhos JnT

O espetáculo é uma reflexão sobre a exploração do minério, de como isso está afetando o meio ambiente e a vida de trabalhadores e trabalhadoras das comunidades que vivem ao longo do corredor de Carajás. Os personagens que são trabalhadores de uma empresa questionam seus afazeres, discutem questões ambientais, sociais e políticas, em um jogo cheio de bom humor. O espetáculo é uma sátira que vai desde o descobrimento da Serra dos Carajás até o fim de toda exploração de suas riquezas naturais.

“Buraco” é um espetáculo com texto de Xico Cruz, canções do Grupo Mambembrincantes, poemas de Carlos Drummond de Andrade e no elenco Mikaell Carvalho, Erica Sousa, Edvirge Maria, Walison Melo e Xico Cruz.

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Os índios Tupinambá e a cobertura enviesada

Foto: Pedro Alves
Foto: Pedro Alves

Por Daniela Fernandes Alarcon e Patrícia Navarro de Almeida Couto*,  Observatório da Imprensa

Em 26 de fevereiro último, o Jornal da Band veiculou uma reportagem denunciando a “fraude que criou uma tribo de falsos índios”, dando origem à Terra Indígena (TI) Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia. Numerosos dados equivocados foram apresentados na matéria, que sustenta, por exemplo, que a Constituição Federal proíbe a “ampliação de áreas indígenas” – como se sabe, a lei maior determina o reconhecimento pelo Estado dos direitos territoriais indígenas. Nenhum índio foi ouvido pela reportagem; dos sete entrevistados, ao menos três são pretensos proprietários de áreas no interior da TI, o que não é informado aos espectadores. Chega-se a insinuar que um criminoso colombiano estaria “por trás” da mobilização indígena pela demarcação de seu território, em uma conspiração internacional para arrebatar terras a produtores rurais brasileiros.

A reportagem enviesada debruça-se sobre um contexto de intenso conflito territorial e de violência contra os Tupinambá. Em 28 de janeiro de 2014, agentes da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal instalaram uma base policial na aldeia Serra do Padeiro, no interior da TI. Com isso, tratavam de consolidar sua presença na área – onde atuavam desde agosto do ano anterior, por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo –, dando início à ocupação militar permanente do território indígena. No mês seguinte, cerca de 500 soldados do Exército deslocaram-se à região, por ordem da presidenta Dilma Rousseff, para “garantir a lei e a ordem”, “pacificando” as relações entre indígenas e não-índios contrários à demarcação da TI. Os indígenas passaram a ser vigiados ostensivamente e tiveram lugar ações de reintegração de posse violentas. (mais…)

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Organização popular no Vale do Salitre: População lança Carta Política para órgãos públicos e sociedade

Foto: TV Salitre
Foto: TV Salitre

Por Gisele Ramos*, em  APSFV

O Vale do Salitre, no submédio São Francisco, é uma região conhecida pelos conflitos em relação ao acesso à água e a terra, mas essa nem sempre foi a realidade do povo salitreiro. Antes da chegada dos grandes produtores que se apossaram das terras indevidamente e nelas desenvolveram os projetos de irrigação, no rio Salitre corria água o ano todo, o que possibilitava prática da agricultura familiar agroecológica. Para discutir toda essa transformação sociocultural que se reflete no atual modelo de desenvolvimento agrário, a comunidade da Alfavaca sediou no dia 16 de março o seminário, Salitre: De onde viemos? Para onde vamos?.

O evento contou com a participação de aproximadamente 20 comunidades do Salitre, representantes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comitês de Bacia Hidrográfica do São Francisco e do Salitre, Câmara de Vereadores, órgãos públicos e sociedade civil. O evento foi pensado para reunir o povo salitreiro com o objetivo de refletir a realidade atual do Vale do Salitre a partir das histórias de vida e luta das comunidades.

Após a entrega da Arca das Letras e inauguração do Núcleo de Leitura D. José Rodrigues, projetos comunitários de incentivo à leitura, a salitreira Érica Daiane Costa, membro da Articulação São Francisco Vivo, fez uma abordagem histórica das políticas, projetos e programas públicos voltados para as comunidades do Vale. O Projeto Salitre, por exemplo, com uma área irrigável estimada de 31.305 hectares, foi apresentado pelo governo como um investimento em infraestrutura para garantir a agricultura irrigada e, desta forma, alcançar uma melhor qualidade de vida. “Esta, porém, não é a realidade que estamos acompanhando. Dos 255 lotes previstos no projeto, apenas onze são de moradores nativos do Salitre; quanto os outros, não sabemos de quem são e de onde vieram”, comentou. (mais…)

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Convite: Quarta Inquietante em Salvador – “Direitos Indígenas na América Latina: Os Desafios do Estado Brasileiro”, amanhã, 26 de março

unnamedQuarta (26/03/2014) às 18h18 estaremos em Salvador na sede da Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais – AATR desenvolvendo atividade com a temática: “Direitos Indígenas na América Latina: os Desafios do Estado Brasileiro”.

Na ocasião Casé Angatu (Prof. Dr. Indígena Carlos José – Universidade Estadual de Santa Cruz – Ilhéus/Bahia, acompanhado de Indígena Tupinambá de Olivença) e o Prof. Dr. Rosembert Ariza (Universidade Nacional da Colômbia) debateremos a atuação do Estado e da Justiça em relação aos Povos Originários, bem como suas diferentes formas de resistência.

A AATR possui um histórico de lutas pelo Direito à Terra das populações que vivem no campo. Agora, cada vez mais, atua na luta dos Povos Originários, como vem atuando junto aos Tupinambá de Olivença.

Local: Ladeira dos Barris, 145 – Salvador – AATR (pegar a Bonocô para chegar na Piedade. Alguns pontos de referência são: Biblioteca dos Barris, Praça da Piedade, Shopping Center Lapa. Qualquer coisa me me liga! 71 91977266)

Convidamos todas e todos à participarem.

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Quem quer ser negro no Brasil?

Ariana Reis, na varanda de sua casa em Salvador: “Sou mulher, sou negra,sou da favela e hoje sou médica
Ariana Reis, na varanda de sua casa em Salvador: “Sou mulher, sou negra,sou da favela e hoje sou médica

Uma médica que nos hospitais é confundida com empregada de limpeza e cresceu a ouvir “negro não presta”. Um magistrado que foi o primeiro negro num tribunal superior do país em Brasília. Um doutorado a quem pedem para arrumar o carro. Uma festa popular, Iemanjá, onde o Brasil misturado parece o país da democracia racial. Breve geografia do racismo à brasileira e a pergunta: pode o Brasil eleger um Presidente negro em breve?

Joana Gorjão Henriques (Texto, em São Paulo, Salvador e Brasília) e Vera Moutinho (Fotografia) – Público

Em Dezembro, Ariana Reis, 32 anos, chegou ao fim de 14 anos dedicados à universidade: três de preparação para as provas de acesso, cinco do curso de Pedagogia, seis do de Medicina. No convite para a cerimónia de formatura, terminava com o seguinte: “Sou mulher, sou negra, sou da favela e hoje sou médica.” (mais…)

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Carta Aberta das Comunidades Indígenas Tupiniquim e Guarani do Estado Espírito Santo

Juiz Wilson Witzel e cocarNo dia 24 de março de 2014, estiveram reunidos na Aldeia Córrego D’ouro município de Aracruz-ES, os indígenas das Aldeias: Comboios, Córrego D’ouro, Caieiras Velhas, Pau Brasil, Irajá e Areal povo Tupiniquim, e Boa Esperança, Piraqueaçú, Três Palmeiras e Olho D’água povo Guarani, para avaliar a atitude tomada pela Empresa Vale do Rio Doce. É importante abordar um pouco do histórico das discussões entre as partes envolvidas para o conhecimento de todos.

Nós povos indígenas estivemos reunidos na Aldeia de Comboios na data de 21 de fevereiro do corrente ano, com os representantes da VALE, com o Procurador federal SR. DR. Amir Sanches, representantes da FUNAI, Brasília, o Coordenador Regional de Governador Valadares, Coordenador da CTL Aracruz, os coordenadores da Micro Regional ES na APOINME, a Comissão de Caciques Tupiniquim e Guarani e os moradores das Comunidades de Comboios e Córrego D’ouro. Na ocasião, a empresa Vale apresentou sua proposta referente ao passivo ambiental da Linha Férrea Vitória/Minas, tendo em vista os impactos diretos da TI Comboios e os impactos indiretos da TI Tupiniquim e Guarani no que se refere ao uso do território.

Após a apresentação da proposta feita pela Vale, as comunidades não concordaram com os valores apresentados por entenderem que os mesmos são insuficientes, e as justificativas não convenceram as mesmas. (mais…)

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Dez anos de cotas nas universidades: o que mudou?

Mudança garantiu avanços em termos de inclusão de negros, pardos e indígenas

Igor Carvalho – Fórum

Em 1997, apenas 2,2% de pardos e 1,8% de negros, entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham concluído um curso de graduação no Brasil. O baixo índice indicava que algo precisava ser feito. “Pessoas estavam impedidas de estudar em nosso país por sua cor de pele ou condição social. Se fazia necessário, na época, uma medida que pudesse abrir caminho para a inclusão de negros e pobres nas universidades”, lembra a pesquisadora e doutora em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Teresa Olinda Caminha Bezerra.

A solução encontrada para que se diminuísse o déficit histórico de presença de negros e pobres nas universidades brasileiras foi a adoção de ações afirmativas por meio de reservas de vagas, que ficaram conhecidas como cotas. Porém, por todo o país, houve resistências à sua implementação.

Em 2003, a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul começou a usar fotos enviadas por estudantes para decidir quais poderiam ter acesso às vagas, que foram determinadas por uma lei aprovada pela assembleia legislativa daquele estado. O “fenótipo” exigido era composto por “lábios grossos, nariz chato e cabelo pixaim”. A ação gerou protestos de movimentos negros. Ainda na Uems, em 2004, o professor de Física Adriano Manoel dos Santos se tornou réu em um processo na Justiça do estado por racismo. Ele teria dito, na sala de aula, que a universidade deveria “nivelar por cima, e não por baixo” o ensino, fazendo alusão aos cotistas presentes na sala, entre eles o estudante Carlos Lopes dos Santos, responsável pela ação judicial. (mais…)

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Estudante abandona Faculdade de Medicina após trote violento

Luiz Fernando Alves, de 22 anos, sofreu ferimentos físicos, perdeu a consciência e foi encontrado seminu, na beira da piscina de um clube de Rio Preto, onde era realizada a Festa do Bicho

Chico Siqueira – Especial para O Estado

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – Um calouro da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) abandonou a escola após ser hostilizado em trote violento. Luiz Fernando Alves, de 22 anos, sofreu ferimentos físicos, perdeu a consciência e foi encontrado seminu, na beira da piscina de um clube de Rio Preto, onde era realizada a Festa do Bicho, na noite de terça-feira, 18.

Alves denunciou à polícia que foi obrigado, junto com outros alunos, a consumir bebida alcoólica e a ficar de joelhos, enquanto veteranos despejavam cerveja gelada em seu corpo, batendo com as garrafas em sua cabeça. Foi empurrado e agredido com socos e pontapés, enquanto urinavam e vomitavam em seu corpo. As agressões foram tantas que perdeu os sentidos e quando acordou, estava seminu, na beira da piscina, com o corpo coberto por vômito e urina. Segundo Alves, além dele, outros meninos e meninas, sofreram as mesmas agressões.

No dia seguinte, ao comentar que reclamaria com o diretor da faculdade, começou a receber ameaças de morte, o que o levou a abandonar a faculdade e voltar para Contagem (MG), onde moram seus familiares. Antes de partir, na sexta-feira, 21, ele fez um boletim de ocorrência denunciando as agressões. (mais…)

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