“Qual foi o crime cometido pelo Ivanildo Tenharim mesmo?”

A Crítica de Humaitá - Proteção ao Ivonildo

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Complementando a matéria de Kátia Brasil, publicamos esta foto da manhã do dia 25, quando o post já havia recebido curtidas, compartilhamentos e comentários. Destes visíveis na página, o primeiro é primoroso, como pode ser visto ampliado abaixo.

A crítica - comentário

Uma única pessoa – uma mulher – havia ousado fazer, tranquila e pacificamente, às 20:05 do dia 24, a pergunta que serve de título a este post, dirigindo-a ao editor do portal: “Qual foi o crime cometido pelo Ivanildo Tenharim mesmo?”. Como não havia de fato resposta honesta passível de ser dada, restou a um cidadão (?) que aparece ao lado de duas meninas, provavelmente suas filhas, chamá-la de “vadia” e mandá-la fazer coisa que não interessa aqui repetir. Ganhou duas ‘curtidas’ de presente…

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Quilombolas: Incra inicia elaboração de relatórios antropológicos em territórios de Óbidos (PA)

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Incra – Equipe do Incra no Oeste do Pará (PA) se dirige nesta segunda-feira para o Município de Óbidos (PA), onde serão realizadas reuniões nos territórios de Arapucu e Nossa Senhora das Graças, que pleiteiam a regularização como remanescentes de quilombos. É o início dos trabalhos do Incra nesses locais, onde estima-se que ao menos 145 famílias residam. Os encontros ocorrerão nos dias 28, em Arapucu, e 30 e 31, em Nossa Senhora das Graças.

O objetivo é reunir os comunitários, explicar os procedimentos que envolvem todo o processo de regularização de territórios quilombolas e estabelecer um cronograma para a elaboração dos relatórios antropológicos, cuja conclusão está na meta do Incra para este ano. (mais…)

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ES – Ministério Público Federal denuncia grupo Infinity por exploração de trabalho escravo

trabalhoescravo-300x175Livia Francez, Século Diário

O Ministério Público Federal (MPF) em São Mateus, no norte do Estado, denunciou sete pessoas do grupo Infinity Bio-Energy por terem submetido 1.551 trabalhadores à condição análoga à escravidão em suas propriedades, localizadas nos municípios de Pedro Canário e Conceição da Barra, também no norte do Estado.

O grupo é composto pelas empresas Cristal Destilaria Autônoma de Álcool S/A (Cridasa) e Infinity Agrícola S/A (Iasa), de Pedro Canário; Destilarias Itaúnas S/A (Disa) e Infinity Itaúnas Agrícola S/A (Infisa), de Conceição da Barra.

Foram denunciados os dirigentes e ocupantes de cargos de chefia das empresas do grupo, além de dois aliciadores, responsáveis por arregimentar trabalhadores em regiões como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Em junho de 2013 a Infisa foi reinserida na Lista Suja do Trabalho Escravo – cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – por decisão judicial.  (mais…)

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Índios do rio Cuieiras (AM) recriam cultura e pedem demarcação

Liderança da aldeia Kuanã, o índio karapãna Joilson Paulino. (Foto : Arquivo pessoal)
Liderança da aldeia Kuanã, o índio karapãna Joilson Paulino. (Foto : Arquivo pessoal)

Elaíze Farias, Amazônia Real

Ao longo dos últimos 50 anos, famílias indígenas provenientes do Médio Solimões e do Alto Rio Negro fixaram-se em áreas à margem do rio Cuieiras, afluente do rio Negro, em Manaus (AM), e fundaram sete comunidades. Desde então, as famílias passaram a lutar pela regulamentação da terra, sem nunca serem atendidas plenamente pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 2008, a Funai instalou uma placa de terra indígena em uma das comunidades, a aldeia Kuanã, mas a medida não tinha valor demarcatório.

Somente na semana passada é que a possibilidade de regulamentação pode enfim resultar em medidas efetivas. No último dia 22, a pedido do Ministério Público Federal do Amazonas, a Justiça Federal concedeu liminar para que a Funai crie um grupo técnico para identificar e delimitar as terras e apresente o relatório conclusivo dos estudos em seis meses. (mais…)

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Outra explicação sobre a origem do mundo e seus habitantes

João Paulo Barreto, Amazônia Real

Os estudiosos sobre os povos indígenas apontam várias diferenças existentes entre a sociedade envolvente e as sociedades indígenas. Aqui quero evidenciar a concepção Tukano sobre a origem do mundo terrestre, para além das clássicas como criação de Deus e Big-Bang.

Os Tukano explicam que o mundo foi construído por demiurgos chamados de Yepaoãku e Yepalio, ambos filhos de  Buhpo, um ser não criado que vivia no domínio para além da matéria que constituem como natureza.

Yepaoãku e Yepalio primeiro fixaram um eixo central, chamado yagu entre os dois domínios primordiais, domínio superior e domínio inferior. Segundo, a partir de um ponto equidistante estabeleceram pequena plataforma de esteira, a partir de seu próprio escudo. Vendo sua instabilidade, resolveram fixar quatros colunas nos quatro pontos cardeais. Feito isso, amarraram a plataforma que finalmente ficou fixa e estável. Próximo passo foi colocar terra. Depois fizeram floresta e rios, até que finalmente tudo ficou na forma atual. (mais…)

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“Escolta policial para tenharim gera protestos em Humaitá”

O secretário municipal de Povos Indígenas de Humaitá, Ivanildo Tenharim. (Foto: Arquivo pessoal)
O secretário municipal de Povos Indígenas de Humaitá, Ivanildo Tenharim. (Foto: Arquivo pessoal)

Kátia Brasil, Amazônia Real

Sem sair da aldeia Marmelos há 23 dias por orientação da Polícia Federal e da Funai (Fundação Nacional do Índio), Ivanildo Tenharim, 34, deixou a reserva indígena pela primeira vez na terça-feira (21), desde a revolta contra os tenharim em dezembro. Ele foi escoltado por dez militares e três veículos da Força Nacional de Segurança para resolver questões relacionadas ao cargo que ocupa na Prefeitura de Humaitá.

A proteção policial ao secretário municipal de Povos Indígenas gerou críticas de moradores nas ruas e nas redes sociais. “Fui muito xingado. Disseram que a polícia estava me protegendo porque sou bandido”, disse Ivanildo Tenharim ao portal Amazônia Real. (mais…)

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Univesp TV Livros 63: “Holocausto Brasileiro”, com Daniela Arbex (16′)

Entrevista com a jornalista Daniela Arbex sobre o livro-reportagem em que ela descreve a vida dos internos no hospício da cidade de Barbacena, em Minas Gerais, conhecido como Colônia. Para lá, eram levadas pessoas consideradas indesejáveis pela sociedade, tendo ou não problemas mentais. O lugar já havia sido denunciado duas outras vezes, uma pela revista O Cruzeiro, em 1961, e outra em 1979, pelo jornalista mineiro Iran Firmino.

Daniela relata ao jornalista Ederson Granetto que procurou as pessoas fotografadas em 1961 por Luiz Alfredo para a revista O Cruzeiro, para saber o que acontecia por lá e conhecer suas histórias pessoais. Ela conta, entre outras coisas, as condições dos internos, semelhantes às de um campo de concentração; o extermínio de cerca de 60 mil pessoas, muitas delas sem qualquer doença mental; e a venda de seus corpos para faculdades de medicina.

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Negro é lindo

Aristocrata (Foto: Caio Palazzo)
Aristocrata (Foto: Caio Palazzo)

Num período em que ‘gente de cor’ era barrada nas piscinas e nos bailes do país, um grupo funda o Aristocrata Clube

Por Lia Hama, Revista Trip

Quinta-feira à noite. Na sala de um edifício comercial do bairro da Liberdade, região central de São Paulo, um grupo de amigos se reúne em torno de uma mesa com salgadinhos e refrigerantes. Na pauta do encontro, o resgate das memórias de uma época gloriosa, que há muito tempo ficou para trás. São os remanescentes do Aristocrata, um clube fundado nos anos 60 pela elite negra paulistana. No seu auge, na década de 70, a associação contava com 3.600 sócios e tinha sede na capital e um clube de campo na zona sul da cidade. Suas festas e bailes de gala atraíam até 5 mil pessoas, incluindo artistas como Cartola e Wilson Simonal, políticos como Jânio Quadros e celebridades gringas como Sarah Vaughan e Muhammad Ali. “Este é o mais luxuoso clube negro do Brasil”, estampava a revista Manchete na época. Mais de meio século depois, no entanto, restam apenas 12 membros do conselho do clube, que sonham com a volta dos velhos tempos. (mais…)

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Filme demasiado chocante de Hitchcock sobre o holocausto esperou 70 anos para ser lançado (legendas em espanhol)

Uma nota: o filme de fato contém cenas chocantes. Os três primeiros minutos mostram os momentos de glória do nazismo e a liderança de Hitler sobre as massas. O corte para 1945 e a chegada a Bergen Belsen dão início a um outro tipo de documentário.  A cópia inicialmente aqui postada, com legendas em polonês, foi substituída por outras, em espanhol. (Tania Pacheco). 

“Memória dos Campos” é conhecido como o documentário nunca visto de Alfred Hitchcock sobre o Holocausto.  A película, realizada em 1945 para mostrar aos alemães as atrocidades nazis e vetada pelos aliados devido à brutalidade das suas imagens, está finalmente pronta para ser mostrada ao público. Veja aqui a versão incompleta do filme (contém imagens fortes).

Por Aline Flor, ZAP

Em 1945, Alfred Hitchcock ficou em choque. O “mestre do suspense” ficou tão horrorizado ao ver as imagens da chegada das tropas aliadas aos campos de concentração, no fim da Segunda Guerra Mundial, que ficou uma semana sem conseguir voltar aos estúdios. Em seguida, empenhou-se na produção do filme, que editaria as imagens chocantes para mostrar aos alemães a dimensão dos horrores do Holocausto. (mais…)

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BA – Comunidade Quilombola Rio dos Macacos fecha pista e denuncia violências praticadas pela Marinha do Brasil

Rio MacacosAssociação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais – AATR/Bahia

Neste momento, a comunidade quilombola Rio dos Macacos, juntamente com o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e entidades de apoio, fecham a pista que dá acesso a Vila Naval em protesto contra os atos de violência perpetrados pela Marinha de Guerra do Brasil no dia 06 de janeiro deste ano contra Rose Meire dos Santos e seu irmão Ednei Messias dos Santos, membros da comunidade quilombola.

Os manifestantes saíram em marcha da comunidade, por dentro da Vila Naval, em direção ao portão de entrada, um dos cenários das ações arbitrárias da Marinha, que tem cerceado o direito de ir e vir da comunidade, e onde ocorreu o início dos atos de tortura e violência contra Rose e Ednei. (mais…)

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