Leonardo Sakamoto
Conforme prometido, seguem os resultados da enquete sobre os preconceitos que mais incomodam ao serem ouvidos nas ruas de São Paulo. Considere minha contribuição nos festejos do 460o aniversário da nossa cidade. Em ambos os anos, tivemos cerca de 3 mil votos. O que não significa absolutamente nada porque isto é uma enquete sem nenhum rigor científico. Os resultados foram colhidos de ambas as enquetes às 8h50 deste sábado (25).
De qualquer forma, o fato da opção “Bandido bom é bandido morto” ter ficado em primeiro lugar, neste ano, com 16,71%, é paradigmático do momento em que vivemos, em que a preocupação com a questão da segurança pública e as políticas adotadas para resolvê-la estão mais presentes no debate público. Como já disse aqui anteriormente, tão presentes que não me admira se o debate sobre a redução da maioridade penal for utilizado como instrumento eleitoral durante a campanha no segundo semestre, soterrando o bom senso.
Um dado complementar para essa hipótese é de que o 11o lugar de 2013 (Tá com dó [de dependente químico ou de sem-teto]? Leva para casa!, com 4,08%) subiu para quinto este ano, atingindo 9,25%.
No ano passado, o primeiro (É tudo “baianada” – com 14,96%) e o segundo (O trabalho de São Paulo é que sustenta o restante desse país – com 12,52%) lugares têm relação direta como parte de São Paulo se vê e vê os de fora. O que ganha um certo ar de narrativa nonsense porque todos daqui são de fora, considerando que enxotamos os habitantes nativos. O terceiro lugar de 2013 (Mano, cê é bicha?, 12,29%) ficou apenas em oitavo, em 2014, com 5,63%. “Tinha que ser preto!”, que teve 11,83% e q quarta posição, em 2013, subiu para a segunda neste ano, com 13,25%. (mais…)
Ler Mais