Famílias do acampamento Cipó Cortado no Maranhão sofrem ameaça de despejo

size_590_bandeira-mstDa Página do MST

O Acampamento Cipó Cortado, com 160 famílias em Senador La Roque, sudeste do Maranhão, sofre mais uma ameaça de despejo. Desta vez o fazendeiro já prepara um churrasco para cerca de 60 policiais que farão a operação.

As famílias de trabalhadores rurais Sem Terra acampadas há quase sete anos no complexo de áreas chamado Cipó Cortado receberam nesta segunda-feira (20/01) ameaça de despejo para esta terça-feira (21/01). As informações da Coordenação do MST na Região apontam que já há PMs pela região.

A Coordenação do MST denuncia ainda que o comando da PM na região infringiu um acordo feito entre movimentos e o Governo do Estado, incluindo comando da Polícia e a Ouvidoria Agrária, de que nenhum despejo seria feito no Maranhão sem que fossem comunicado antes os envolvidos.  (mais…)

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Carta Nacional da CONAQ contra os ataques a Quilombolas em Minas Gerais

CONAQA CONAQ – Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – vem, por meio desta, cobrar da justiça e do estado Brasileiro uma resposta rápida e punição severa aos envolvidos no ataque à comunidade quilombola Brejo do Arapuim, na Zona Rural de Verdelândia, Minas Gerais. O ataque foi realizado na tarde de domingo, por volta de 14h. Os quilombolas foram surpreendidos por 10 homens encapuzados e fortemente armados, que chegaram em uma Toyota Hilux e uma Mitsubishi L200. Eles mandaram as pessoas deitarem no chão, atiraram e distribuíram pancadas. Os homens ainda roubaram dinheiro e celulares dos membros da comunidade e fugiram nos veículos, deixando duas pessoas baleadas e várias outras feridas.

Ataques como este em Minas Gerais fazem parte de um leque de inúmeros casos de violências contra lideranças quilombolas no Brasil. Casos como o acontecido nas últimas férias de final de ano na Bahia, onde lideranças quilombolas de Rio dos Macacos foram agredidas e torturadas por soldados da Marinha e que até o presente momento não foram apurados e punidos os envolvidos, são cada vez mais constantes. Tememos a não punição dos envolvidos, pois com o aumento das ameaças e a sensação de insegurança aos direitos constitucionais de acesso à terra, os quilombolas vêm sofrendo vários ataques nos últimos períodos. Direitos estes que são ameaçados diariamente por setores conservadores da sociedade Brasileira e pela bancada ruralista no Congresso  Nacional.

Garantir terra aos quilombolas é reconhecer o direito à cidadania desta  parcela da população  Brasileira que ainda vive a mercê das balas dos “Coronéis” e não sob proteção do estado Brasileiro.

A CONAQ e todos os quilombolas do país cobram justiça e agilidade nos processos de demarcação de terras para evitar massacres como este ocorrido em Minas Gerais.

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Os desafios das novas diretrizes do Curso de Jornalismo. Entrevista especial com Sérgio Mattos

Sérgio Mattos. Foto: arquivo pessoal“As diretrizes concentram-se em dois aspectos fundamentais: o perfil do jornalista e suas competências profissionais, sendo que o desafio principal é a qualidade do curso e a formação humanística”, avalia o professor

IHU On-Line – “De acordo com dados estatísticos do Ministério da Educação – MEC, existem 546 cursos de Jornalismo no país, sendo que, destes, 463 são oferecidos por instituições privadas. Na primeira década deste milênio ocorreu uma proliferação de cursos, que foram criados sem que a maioria deles possuísse um corpo docente capacitado e qualificado (com mestres e doutores), o que acabou contribuindo para a queda da qualidade dos cursos e, por consequência, do nível dos profissionais que chegavam ao mercado, completamente despreparados. Naturalmente que há instituições que primam pelo ensino de qualidade, o que não acontece com a maioria dos cursos existentes”, analisa o professor Sérgio Mattos.

Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, o docente analisa a adequação da formação jornalística à complexidade da sociedade atual, a qual exige do profissional da comunicação conhecimentos amplos de cultura ao mesmo tempo em que lhe pede domínio sobre as tecnologias implementadas. “Eu diria que os cursos de Jornalismo precisam ser repensados com urgência e que os métodos de avaliação desses cursos devem ser mais rigorosos para que continuem atuando no mercado. Acredito que as novas diretrizes, que não engessam os cursos, atendem plenamente às necessidades atuais se forem cumpridas. A flexibilidade curricular possibilita que os cursos se adéquem às realidades regionais e globais simultaneamente. Isto porque as diretrizes esboçam princípios norteadores que garantem a autonomia das universidades para organizar seus respectivos projetos pedagógicos”, pondera. (mais…)

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Stedile: “O Brasil não será democrático se não democratizar a terra”

Por Roldão Arruda
Do Estadão

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, completa trinta anos neste mês de janeiro. Sua criação foi formalizada durante um encontro realizado em Cascavel, no Paraná, entre 20 e 23 de janeiro de 1984, com a presença de quase oitenta pessoas, de diversas partes do País.

Entre elas encontrava-se João Pedro Stedile, que havia começado a participar de ações em defesa da reforma agrária por meio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Teologia da Libertação.

Na entrevista abaixo, Stedile, que faz parte da coordenação nacional do MST, analisa algumas das principais mudanças ocorridas em três décadas e as perspectivas do movimento.

Ele afirma que defensores da reforma agrária são minoria no governo da presidente Dilma Rousseff, que estaria privilegiando cada vez mais o agronegócio. Na avaliação dele, é uma política errada, uma vez que o agronegócio promove a concentração de terras e “dá lucro para alguns, mas condena milhões à pobreza”. (mais…)

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O Brasil de Darcy Ribeiro, de Ana Maria Magalhães: Os idos de março ( /5)

Em O Brasil de Darcy Ribeiro de hoje você vai ver que, nomeado para a Casa Civil, Darcy enfrenta os temas que motivaram o golpe de 1964: a reforma agrária e a regulamentação do capital estrangeiro.

“Naquela ocasião, como Chefe da Casa Civil, eu tinha acesso a todas as informações do Conselho de Segurança Nacional e do Serviço de Segurança do Exército, da Marinha e Aeronáutica, que indicavam coisas…” “… Na realidade, nós imaginávamos que o golpe seria tentado a primeiro de maio e ele foi dado um mês antes… O que eu vejo aí era um golpe para derrubar o Jango”, conta Darcy, em imagens de arquivo, ao ser indagado sobre o golpe.

“Eu quis ir ao comício porque o Jango não estava passando muito bem e tinha aquele comentário de que iam explodir, que iam fazer um atentado contra aquele comício”, diz a viúva do então presidente da República, João Goulart, em seu depoimento.

Com o apoio da classe média após intensa campanha publicitária contra o governo, Jango é derrubado. No exílio uruguaio, Darcy produz grande parte de sua obra em busca de entender o Brasil sob a visão externa e histórica. Confinado em Montevidéu por pressão da ditadura brasileira, entusiasma-se com as manifestações de 1968 e desembarca no Brasil pouco antes do AI-5. É preso durante nove meses até conseguir partir para Caracas, seu segundo exílio.

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Gestão Dilma é a pior da história para o meio ambiente, diz Mario Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica

EcoDebate – O geógrafo Mario Mantovani trabalha há cerca de dez anos como uma espécie de “lobista da natureza” no Congresso Nacional.

Diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, ele tenta influenciar os projetos relacionados ao tema e coordena informalmente a chamada Frente Parlamentar Ambientalista, fórum com adesão de 187 dos atuais congressistas para debater assuntos da área em reuniões semanais.

Militante da causa desde 1973, conhecido como um dos mais ativos ambientalistas do país, Mantovani não parece medir palavras para expor suas opiniões.

A reportagem é de Ricardo Mendonça, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Diz, por exemplo, que a presidente Dilma Rousseff faz o “pior governo da história” para o meio ambiente. Que a aliada Marina Silva não deveria ter ido para o PSB. Ou que o melhor parceiro dos ambientalistas em Brasília é o deputado Zequinha Sarney, filho do ex-presidente que ostenta alta rejeição fora do Maranhão.

Nesta entrevista ele discorre sobre alguns dos principais problemas ambientais do país e conta que, a exemplo do que já fizeram os fazendeiros, os ambientalistas também irão sentar com todos os candidatos à presidência para listar suas reivindicações. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi o primeiro deles. Eis a entrevista. (mais…)

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Win?ol n?i Lan: La Muerte del Ciclo (documentário sobre o mundo espiritual Mapuche e as ameaças do ‘progresso’)

Nuke Mapu

“Un viaje al interior del mundo espiritual mapuche y de algunos de sus lugares sagrados, en donde se practican ceremonias ancestrales. De esta manera ellos pueden mantener su fortaleza como pueblo, nutrirse de la sabiduría de sus antepasados y estar en armonía con el ecosistema, siendo esto la base de su cosmovisión milenaria, el respeto por los antiguos ritos y de las fuerzas y seres que habitan allí. De esta forma el ciclo de la vida mapuche continúa su curso.

Hoy en día sus espacios ceremoniales se ven amenazados por mega proyectos capitalistas de destrucción ambiental, que ponen en peligro a sus ríos, bosques, cerros, cementerios y en definitiva la biodiversidad de sus territorios históricamente sagrados, en donde ellos ejercen su espiritualidad.

Uno de ellos es el emblemático Ngen Mapu Kintuante, en el río Pilmaiken, en el Puel Willi Mapu, o llamada por el colonialismo como Región de los Ríos, por la abundancia de aguas y caudales. Complejo ceremonial de tiempos inmemoriales que se ve afectado por la construcción de una central hidroeléctrica, y por otra treintena de proyectos arremetidos en la zona, afectando gravemente a las comunidades del Puel Willi Mapu. (mais…)

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Memórias de um repórter: uma homenagem aos desaparecidos

Créditos da foto: Arquivo
Créditos da foto: Arquivo

Faz muito tempo que penso em escrever algumas histórias que vivi, quando trabalhei como repórter investigativo no período de 1976 até 1982

Najar Tubino – Carta Maior

Porto Alegre – Faz muito tempo que penso em escrever algumas histórias que vivi, quando trabalhei como repórter investigativo no período de 1976 até 1982, quando comecei a buscar outra área de trabalho. As matérias foram publicadas no COOJORNAL – órgão da cooperativa de jornalistas de Porto Alegre – na revista ISTO É, então comandada por Mino Carta e no Jornal de Brasília, através da Agência de Notícias da COOJORNAL. A primeira investigação começa com o desaparecimento do traficante conhecido como “Nego Lula”, que bancava um grupo grande de policiais gaúchos, incluindo aqueles da Delegacia de Tóxicos. Nesta época ameaçou denunciar o esquema à Polícia Federal. Sumiram com ele, antes disso. Seu corpo nunca foi encontrado.

Assim começou a minha história de repórter investigativo. Conheci o cunhado do traficante, João Rebimba Tavares, conhecido como João Louco, que havia fugido para Curitiba, quando os policiais mataram “Nego Lula”. João me apresentou para diversas fontes, todos bandidos, é óbvio. Queria descobrir quem eram os policiais responsáveis pela morte e sumiço do corpo. Enfim, queria escrever a matéria completa. Desde então conheci outro traficante, conhecido como “Amigo”, que fora junto e acompanhou as torturas na central de polícia em POA, onde fica o conhecido Palácio da Polícia, à beira do riacho Dilúvio. (mais…)

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Com quantas pessoas se faz um rolezinho?

Seguranças no rolezinho no Shopping Metrô Itaquera no dia 11 de janeiro. Foto de Robson Ventura/Folhapress
Seguranças no rolezinho no Shopping Metrô Itaquera no dia 11 de janeiro. Foto de Robson Ventura/Folhapress

Por Pedro Portella*, em Rio On Watch

Quanto vale todo o tempo em que Nelson Mandela esteve preso por defender o fim do apartheid na África do Sul? Esta é uma questão que não se cala após um conflito num shopping da cidade de São Paulo que foi palco do polêmico rolezinho, nada mais do que um simples encontro combinado pelo Facebook, frequentado em sua maioria por jovens negros e pobres da periferia da mesma cidade.

Claramente percebe-se que as pessoas das classes mais baixas da sociedade não são bem vindas nestes espaços, a não ser quando servindo de mão de obra barata para os empresários lojistas. O paradoxo é que a maioria desses trabalhadores dos shopping centers também são moradores da periferia, porém quando frequentam estes espaços sofrem com o poder coercitivo gerado pela criminalização da pobreza, que anda de mãos dadas com o racismo e outros tipos de ‘ismos’ que assolam a convivência humana. (mais…)

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Metade da riqueza mundial é controlada por apenas 1% da população

Sete em cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade econômica aumentou nos últimos 30 anos (Esquerda.net)
Sete em cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade econômica aumentou nos últimos 30 anos (Esquerda.net)

Oxfam alerta que os poderes econômicos e políticos estão “separando cada vez mais as pessoas”, tornando inevitáveis “as tensões sociais e o aumento do risco de ruptura social”

Por Esquerda.net

A organização humanitária Oxfam publicou um relatório esta segunda-feira onde dá conta que a riqueza acumulada pelas 85 pessoas mais ricas do mundo corresponde aos recursos disponíveis de mais de metade dos pobres de todo o mundo. Em Portugal, o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total do país mais que duplicou desde a década de 80.

O estudo intitulado “Governar para as elites – sequestro democrático e desigualdade econômica”, é divulgado nas vésperas de mais um Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne os mais poderosos e ricos do mundo. (mais…)

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