Ribeirinhos realizarão velório para o Velho Chico dia 5, na festa de Bom Jesus dos Navegantes

Velório Velho Chico

População neopolitana se mobiliza via rede social para ir de preto à procissão do Bom Jesus dos Navegantes

Neópolis, como eu vejo

Em 1825, o padre missionário Francisco Correia profetizou: “haverá um dia em que o Rio São Francisco será atravessado a vara em alguns trechos e serão feitos poços em seu leito. Mais de um século após, as imagens que o povo residente no baixo São Francisco tem assistido coincide com a profecia do religioso.

Entre Penedo e Neópolis, município sergipano que faz divisa com o estado alagoano, a rotina dos balseiros e navegantes das lanchas é desviar dos enormes bancos de areia que se formam em meio ao rio, fruto do grave assoreamento. (mais…)

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Cresce número de casos de trabalho escravo urbano na ‘lista suja’

Funcionários da grife Talita Kume foram vítimas de servidão por dívida (Foto: Bianca Pyl)
Funcionários da grife Talita Kume foram vítimas de servidão por dívida (Foto: Bianca Pyl)

Presença do setor têxtil e da construção civil alavanca casos de trabalho escravo nas cidades incluídos na relação, composta majoritariamente por flagrantes no meio rural

Por Stefano Wrobleski em Repórter Brasil

Apesar de a pecuária continuar como atividade predominante dentre os nomes que compõem a última atualização da “lista suja” do trabalho escravo, as formas urbanas de escravidão têm cada vez mais presença. Das 110 inclusões do cadastro, cuja atualização foi divulgada na última segunda-feira, 30 de dezembro, dez são de empresas ou pessoas que exploraram em meio urbano – um total de 120 trabalhadores submetidos a pelo menos um dos quatro elementos definidos no artigo 149 do Código Penal como caracterizantes de condições análogas às de escravos. (mais…)

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Angola – Uma entrevista com o cineasta José Fonseca e Costa

Ainda antes de os filmes terem sido usados, em Angola, como uma arma pelos movimentos de libertação, já um cinema de causas – militante – ensaiara um contributo para a criação de um verdadeiro cinema angolano. Será abusivo afirmar que a primeira causa do movimento cineclubista em Angola foi a de, através da educação para o cinema e pelo cinema, criar um cinema angolano?

Por Maria do Carmo Piçarra, em Buala

 Lançamento dia 8 de Janeiro, na FNAC Chiado, Lisboa, às 18h30

Lançamento dia 8 de Janeiro, na FNAC Chiado, Lisboa, às 18h30

Depois de, no primeiro volume, subintitulado «O cinema do império», termos procurado mostrar as visões que, através do cinema de ficção e documental, o colonialismo português propos sobre Angola, este segundo volume retém um vislumbre de um olhar corte-de-navalha – como o proposto por Buñuel com Un chien andalou – nascido da militância, do uso do cinema como arma política.

Em «O cinema é uma arma» enceta-se, pois, um trabalho de redescoberta de filmes militantes que têm permanecido invisíveis participando, naturalmente, num movimento de revalorização e releitura de obras de autor com um ponto de vista político, como a de Sarah Maldoror. Complementar e cruzar o visionamento das obras acessíveis e a leitura de documentação inédita sobre outros filmes com a recolha de testemunhos foi a metodologia escolhida e evidencia que, também quanto a este tema, este é o primeiro inventário possível. (mais…)

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Mineração ilegal: Ibama fiscaliza garimpos no Pantanal de Mato Grosso

ibamafiscalizacao

Foto e texto: Nicelio Silva – Ascom / Ibama / MT – Ecodebate

A Operação Minamata deflagrada pelo Ibama no último dia 16, vem realizando ações fiscalizatórias em garimpos de ouro localizados nos municípios de Nossa Senhora do Livramento/MT e Poconé/MT (100 km de Cuiabá), já aplicou R$3,2 milhões de multas e apreendeu cinco caminhões basculantes, três escavadeiras, duas pás carregadeiras e diversos motores, moinhos e demais equipamentos de mineração, além de uma motosserra sem licença.

A Operação, que conta com o apoio da Polica Militar Ambiental, tem como finalidade apurar as denúncias feitas pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso. Bem como averiguar a existência de atividades de mineração irregulares, cujos alvos foram identificados a partir de informações colhidas no website Sigmine, do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), associado à interpretação de imagens de satélite pelos técnicos do Ibama. Também se verificará o comércio de mercúrio, utilizado na mineração, complementando as ações da Operação Termômetro que fiscalizou, durante 2013, as empresas que comercializam mercúrio metálico na baixada cuiabana. Três empresas tiveram o cadastro técnico federal (CTF) suspenso para averiguações. (mais…)

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Águas de Dezembro, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

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Por Roberto Malvezzi (Gogó), em EcoDebate

Chuvas gerais têm caído sobre o sertão nordestino. “Rios correndo, as cachoeiras tão zoando…”, como escrevia Zé Dantas em sua música com Gonzaga, chamada Riacho do Navio.

O ciclo das chuvas é essencial para o ciclo da vida. Todas as espécies de vida da caatinga – mais de 1200 só vegetais -, seus animais endêmicos e trazidos de fora, reagem à chegada das chuvas e a vida explode em sua plenitude.

Em Setembro fiz uma viagem de Juazeiro a Remanso – 200 km – e só vi água em Casa Nova por ter um braço do lago de Sobradinho e num povoado chamado Barragem, cujo pequeno açude nunca vi secar em meus 35 anos de sertão.

Repeti a viagem agora às vésperas do Natal e os riachos estão correndo, as barragens pegaram água, a caatinga em vários trechos está inundada e os animais pulam alegres pelas beiras das estradas. Estamos saindo da longa estiagem e voltando ao que se chama de período normal. Haverá muito o que recuperar e ainda precisamos de mais chuvas para encher os grandes açudes. (mais…)

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“Lute a guerra!” – Jovem de 13 anos convida sua geração para salvar o mundo

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Vivemos em um mundo controlado por dinheiro, ganância e poder

Por Xiuhtezcatl Roske-Martinez, no Guardiões da Terra

Um mundo onde cada decisão que é feita determina o tipo de mundo  que as gerações futuras irão herdar de nós. Um mundo construído fora da mentira de que a Terra é um recurso para a nossa tomada. Um mundo construído fora de uma mentalidade frágil que diz que somos determinados por nossa riqueza, a nossa classe social e a quantidade de poder que temos.

A coisa boa sobre uma mentalidade frágil é que ela pode ser quebrada, reformulada e (trans)formada em uma maneira totalmente nova de pensar que ninguém imaginava possível. Desde a Revolução Industrial, começamos a destruir os nossos recursos naturais e tomar a terra por concessão. Acreditamos que os nossos recursos nunca acabariam.

Os rios foram poluídos com resíduos tóxicos, o ar foi contaminado com produtos químicos industriais, e é aí que as pessoas começaram a ver a evidência da destruição da Terra, e o esgotamento de seus recursos.

Um movimento para proteger nossos rios e o ar entrou em erupção em 1960 e 1970, com manifestações massivas e pessoas nas ruas. Pela primeira vez na história, as pessoas tinham uma consciência sobre os danos que estava sendo feitos ao meio ambiente. E acima disso, eles sabiam que esse movimento iria fazer a diferença. (mais…)

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As taxas de atividade de homens e mulheres no mercado de trabalho no Brasil, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

taxas

Por José Eustáquio Diniz Alves, em EcoDebate

O mercado de trabalho brasileiro era predominantemente dominado pelo sexo masculino. Entre as pessoas com 10 anos e mais de idade, a percentagem de homens envolvidos nas atividades produtivas era 6 vezes superiores aos das mulheres.

Em 1950, cerca de 81% dos homens de 10 anos ou mais de idade estavam no mercado de trabalho. Eles entravam cedo e saiam tarde da atividade econômica. Porém, com o processo de modernização do país, os homens foram ficando mais tempo na escola e passaram a sair mais cedo da força de trabalho devido ao aumento da cobertura da previdência social. Em 2010, a taxa de atividade masculina era de apenas 67,1%, sendo que as maiores quedas se deram nos extremos da curva. (mais…)

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Nota da Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade de Brasília

cocarDada a recente troca de mensagens na internet acerca do antropólogo Edward M. Luz e sua inserção no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS, UnB), resolvi agregar algumas informações para contribuir com a discussão em curso.

Edward Mantoanelli Luz concluiu sua dissertação de mestrado no PPGAS/UnB no ano de 2005 sob o título “Em Busca do Passado Perdido. Uma análise estruturalista dos mitos sobre três heróis culturais Akwê-Xerente”. Foi avaliado e aprovado por uma comissão composta pelos professores Stephen Baines (orientador), Odair Giraldin (UFT) e Julio Cesar Melatti (UnB).

Desde então não mais frequentou o PPGAS, nem tampouco manteve qualquer vínculo com o Departamento de Antropologia. De tal forma, passados quase dez anos e considerando a redefinição de sua área de interesse, a atuação e opiniões daquele antropólogo são de sua inteira responsabilidade e não expressam as posições do DAN. Departamento este que se constituiu a partir do trabalho de antropólogos (professores, alunos e ex-alunos) que ao longo de mais de 40 anos têm, reconhecidamente, contribuído para a efetivação dos direitos indígenas em nosso país.

Saudações,

Carla Costa Teixeira
Departamento de Antropologia
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – PPGAS
Laboratório de Antropologia, Saúde e Saneamento – LASS
Universidade de Brasilia, Brasil

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Exército isola área da reserva para facilitar, e 60 indígenas ajudam nas buscas por desaparecidos

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Barco da Funai, que atendia a toda a região, incendiado no dia 25 de dezembro

PF isolou uma área de 400 metros que dá acesso à floresta amazônica. Índios ajudam nas buscas dos desaparecidos dentro da reserva

O Globo Rural

O Exército continua na reserva indígena Tenharim, em Humaitá, no sul do Amazonas, em busca de três homens desaparecidos há cerca de 20 dias, depois que os índios se revoltaram com a morte de um cacique [SIC]. Os policiais isolaram uma área da floresta para facilitar o trabalho.

As buscas acontecem entre os quilômetros 135 e 150 da Rodovia Transamazônica, dentro da Reserva Tenharim. Homens da Polícia Federal isolaram uma área de 400 metros que dá acesso à floresta amazônica. (mais…)

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AM – Prefeito de Humaitá pede assistência do Exército a indígenas, confinados nas aldeias

Manifestantes atearam fogo em carros da Funai de Humaitá. Foto: Divulgação
Vândalos atearam fogo no Polo de Saúde e em barco, carros e na própria sede da Funai de Humaitá 

Indígenas, confinados às aldeias por solicitação da própria Polícia Federal, ante os atos de violências a ameças, estão sem remédios e alimentos. Com seus veículos e sede depredados, Funai não tem como atendê-los. E o Polo de Saúde Indígena de Humaitá, onde estavam cerca de 20 mulheres e crianças, principalmente, também foi incendiado, e o material e medicamentos, destruído 

Por José Maria Tomazela e Chico Siqueira, na Agência Estado

O prefeito de Humaitá, José Cidinei Lobo do Nascimento (PMDB), enviou nesta quinta-feira, 2, um apelo ao Exército para que seja garantida assistência aos índios da Terra Indígena Tenharim Marmelos. Segundo ele, desde que as instalações e veículos da Fundação Nacional do Índio (Funai) na cidade foram incendiadas por uma revolta popular no último dia 25, os indígenas ficaram sem atendimento e estariam privados de remédios e alimentos.   Eles também foram orientados a não ir para a cidade e estão confinados na reserva. “O Exército e a Força Nacional controlam a área e têm condições de garantir a chegada de auxílio para os índios, que são habitantes do nosso município”, disse. O pedido seria reforçado em contato do prefeito com o general Ubiratan Poty, comandante da 17ª Brigada do Exército em Porto Velho, na noite desta quinta-feira. O general retornou à cidade em razão do clima tenso que ainda persiste na região. (mais…)

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