Cimi Regional Sul pede explicações ao governador de SC sobre participação das SDRs nas manifestações ruralistas e racistas deste dia 14 e afirma que exigirá punição dos responsáveis em caso de violência

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

O Cimi Regional Sul enviou carta abaixo ao governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, com cópias para o Ministério Público Federal e Estadual, pedindo explicações sobre o envolvimento de funcionários e recursos das Secretarias de Desenvolvimento nas Regionais onde está acontecendo a Mobilização contra as Demarcações das Terras Indígenas no estado. No documento, o Coordenador Jacson Antônio Lopes Santana diz que tais atos têm como base o racismo e o preconceito, desrespeitando as Constituições Federal e Estadual. E afirma que, caso se configure qualquer ato de violência física contra os indígenas, o Cimi exigirá a punição dos responsáveis.

carta cimi regional sul

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Carta Aberta da ABGLT sobre mobilizações pelo transporte público de qualidade e contra o aumento abusivo das tarifas

abglt logoA Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais -ABGLT vem por meio dessa se solidarizar com os movimentos que neste momento lutam por um transporte público de qualidade e contra o aumento de passagens em diversas capitais no país.

Nos solidarizamos com todas as mobilizações populares em torno desse debate e em especial com as cidadãs e cidadãos que neste momento estão presas por expressarem o seu direito constitucional de manifestação.

A ABGLT vê com perigo a criminalização que vem sendo feita dos movimentos sociais, especialmente pelos grandes monopólios midiáticos, que tentam jogar na vala comum buscando desqualificar o debate e mobilização em torno da questão do transporte público e reduzindo-os a atos de “vandalismos” – ações extremas, no geral, em resposta aos excessos policiais que têm ocorrido.

Para a ABGLT é necessário aproveitar o atual momento destas grandes mobilizações pelo país, para suscitar o debate em torno da qualidade dos nossos transportes públicos, a sua real função social na garantia do direito as cidades e contra – mão ao tocar, fundamentalmente, nos imensos lucros que poucos grupos privados do empresariado de transporte têm no país. (mais…)

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Jacob Gorender: Uma Revolução na Revolução Brasileira

13-06-11-jacob-gorender-presente_boletimPor Mário Maestri, Batalha das Ideias

Jacob Gorender nasceu em Salvador, em 1923, filho de operário judeu ucraniano, socialista e anti-sionista que, após participar da Revolução Russa de 1905, emigrara para a Bahia, onde viveu humilde. Gorender estudou em escola israelita primária, no Ginásio da Bahia, na Faculdade de Direito de Salvador. Em 1942, foi cooptado por Mário Alves e Ariston Andrade para célula universitária comunista, mobilizada na luta pela entrada do Brasil na guerra. Nesses anos, foi repórter de O Imparcial e  O Estado da Bahia.

Em 1943, arrolou-se na FEB e partiu para a Itália, combatendo até o fim da guerra. Na Toscana, estabeleceu contato com o Partido Comunista Italiano. De volta à Bahia, abandonou a Universidade pela militância, viajando ao Rio de Janeiro, em fins de 1946, para trabalhar no jornal A Classe Operária e compor o secretariado metropolitano do Partido Comunista do Brasil [PCB].

Com a Guerra Fria, na ilegalidade, o PCB trocou a colaboração com a classe dominante por política de confronto com o Estado e com o governo Dutra. Orientação esquerdista que prosseguiu, sobretudo retoricamente, após a vitória de Getúlio Vargas [1951-4]. Em 1951, entrou no Comitê Estadual paulista PCB e, em 1953, no Rio de Janeiro, participou da organização dos cursos Stalin de formação e trabalhou no diário Imprensa Popular. (mais…)

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Com (apenas) 13 ‘fazendas’, ruralista e ex-deputado Ricardo Bacha acusa indígenas de quererem ampliar territórios em MS

Foto: Minamar Júnior
Ruralista e ex-deputado Ricardo Bacha. Foto: Minamar Júnior

Nota: para quem não estiver lembrando, uma das “propriedades” dele é a chamada Fazenda Buriti, situada na Terra Indígena Buriti, que há mais de uma década aguarda regularização. (Tania Pacheco) 

Por Evelin Araujo e Graziela Rezende, em Midiamax

O fazendeiro e ex-deputado Ricardo Bacha está nesta sexta-feira (14) no movimento Parada Rural em Nova Alvorada do Sul, distante 120 quilômetros de Campo Grande, para defender as terras dos proprietários rurais.

Dono de treze fazendas, conforme listou na declaração de bens à Justiça Federal em 2006, quando foi candidato e não eleito a deputado estadual pelo PPS, ele acusa os índios de ampliar terras no Estado.

“Em Mato Grosso do Sul não existem terras, mas sim aldeias. Os índios não querem demarcação, eles querem ampliar as terras que já tem”.

O fazendeiro diz não saber quanto tem de prejuízo com a fazenda queimada e gado roubado. “Uma aldeia em Sidrolândia tem 2090 hectares e o pleito deles é de 15 mil hectares”, calculou.

Bacha reclamou ainda de ter sido tirado da sua casa de maneira violenta. “Pessoas disseram que não houve violência, mas houve sim, quem é retirado de sua casa sem querer e a força é não é agredido sozinho, isso agride as leis do país”. (mais…)

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“Agradecer”: Mensagem de Raphael Silva Nascimento, das manifestações em SP, via facebook

“Vou aproveitar que ainda tô tremendo, tossindo e angustiado pra fazer algo importante pra mim: AGRADECER.

Eu quero agradecer por ver a choque chegando por trás de mim, parar na minha frente a menos de 1 metro de distância e começar do nada a disparar no meio de uma multidão que nada fazia a não ser caminhar, dançar e cantar.

Eu quero agradecer o moleque que tinha sua mochila revistada na hora que passei pelo cordão policial e me salvou de ser encontrado com uma letal garrafinha com vinagre.

Eu quero agradecer a cada uma das nove bombas que foram lançadas perto de mim, em momentos que estávamos parados, conversando, tentando fugir da polícia, da Rocan, da Choque, da cavalaria. E quero agradecer também em nome de todos os transeuntes que nada tinham a ver mas estavam chorando, passando mal e se desesperando com os tiros e as bombas.

Eu quero agradecer aos policiais que riam, xingavam, incitavam e depois partiam pra truculência. Vou agradecer também em nome do senhor com uma go-pro no capacete da bicicleta que foi encurralado por eles porque estava provavelmente badernando, com certeza ele também tá bastante agradecido. (mais…)

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Odara realiza o Mapeamento das organizações de Mulheres Negras do Nordeste

Mapa Odara

O Odara – Instituto da Mulher Negra dando continuidade ao Projeto “Tecendo a Rede de Mulheres Negras do Nordeste”, lança dois instrumentos que vão contribuir com a identificação e o mapeamento das organizações de mulheres negras do Nordeste.  O foco do mapeamento é fortalecer e construir estratégias de articulação em rede das organizações atuantes no Nordeste brasileiro.

“Tecendo a Rede de Mulheres Negras do Nordeste”

O projeto “Tecendo a Rede de Mulheres Negras do Nordeste” tem como objetivo construir um processo de rearticulação e mobilização das jovens e mulheres negras do Nordeste, envolvendo os nove estados da região, de modo a contribuir com a estruturação de uma rede regional que venha a fortalecer as organizações de mulheres negras na luta pelo combate ao racismo, sexismo e lesbofobia. (mais…)

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Amanhã, às 13 horas, o maior evento político do ano em SP: “Marcha pela legalização do vinagre”

Vinagre

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Embora tenha sido lançado apenas hoje, por três ilustres acadêmicos (lamentavelmente apenas um uspiano), a relevância da iniciativa  já está comprovada. Poucas horas depois, caravanas de todo o País começaram já a se deslocar para a capital paulista, desejosas de dar sua contribuição a essa manifestação decisiva para os direitos da cidadania e da democracia que terá efeitos por todo o Brasil.

O lema do evento é uma homenagem direta às lutas que culminaram com a Revolução Francesa: Liberté, Egalité, Fraternité et Vinagré*, e o caráter agroecológico da iniciativa está mais que comprovado através do convite do quarto mosqueteiro: “Tragam sua salada”! (mais…)

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MPF quer vigiar ação em áreas indígenas

PEC 37 - DHDiário do Grande ABC

Responsável pelo controle externo da atividade policial, o Ministério Público Federal prepara uma ofensiva contra as recentes ações da Polícia Federal em processos de reintegração de posse e desocupação de terras indígenas. Procuradores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que a PF tem descumprido portaria do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos que trata da ação policial, atuado com “truculência” e não tem investigado casos de abuso de força por parte de agentes.

O MPF deve preparar recomendações para a atuação policial em áreas específicas de conflito. Para membros do MPF, a PF trata o processo reintegração de posse como uma “operação para prender criminosos”. Desde o início do governo Dilma Rousseff, dois índios foram assassinados durante operações da PF, sob o comando do diretor-geral Leandro Daiello. (mais…)

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MS – Ruralistas “pedem demarcações de terras indígenas feitas exclusivamente pela União”. E a PEC 215, uai? Tá mais fácil no Executivo?

A motosserra de ouro seguiu Katia Abreu até Cancún em 2010. Foto: Ivan Castaneira/Greenpeace.
A motosserra de ouro seguiu Katia Abreu até Cancún em 2010. Foto: Ivan Castaneira/Greenpeace.

[Kátia Abreu] pede que o dia de hoje seja um marco e que alguma coisa seja feita, já que 66 fazendas estão invadidas e, com isso, o Estado estaria usurpando o direito dos pecuaristas.

Por Evelin Araujo e Graziela Rezende, em Midiamax 

Centenas de proprietários rurais de todo o Brasil que protestam nesta sexta-feira (14) em Nova Alvorada do Sul, distante 120 quilômetros de Campo Grande, pedem que a demarcação de terras indígenas seja feita exclusivamente pela União, sem interferência dos índios ou da Funai no movimento chamado de Parada Rural.

Eles estão parados em cima da rotatória da BR-163 e BR-267, sentido Bataguassu e Dourados, em frente ao Sindicato Rural Hélio de Souza Araújo. O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel e a presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu estão no evento.

Para o presidente do MNP (Movimento Nacional dos Produtores), Oliveira Nantes Coelho, o manifesto serve como conscientização pública. “É uma catástrofe o que vai acontecer no meio rural. Vamos exigir que a Kátia Abreu faça valer os títulos agrários dos produtores”.

Ele reclama que os produtores não conseguiram nenhuma reintegração de posse na Justiça Federal. “Isso significa que vivemos em um país sem lei e a Constituição não é respeitada. Os índios já receberam o que tinham que receber em 1988. Nesse país quem é respeitado é sem-terra”, ironizou. (mais…)

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