Índios, Memória de uma CPI , de Hermano Penna (de 1968 até 1998)

Por Hermano Penna, diretor

O filme “Índios, memória de uma CPI” é um média metragem de 32 minutos de duração que utiliza o material cinematográfico que documentou a histórica Comissão Parlamentar de Inquérito, realizada pela Câmara dos Deputados em 1968 e que investigou a situação dos povos indígenas.

A CPI do Índio, como na ocasião ficou conhecida essa iniciativa da Câmara Federal, foi a primeira Comissão de Inquérito (CPI) que saiu do prédio do Congresso para fazer suas investigações in loco. Inicialmente foram pensadas cinco viagens para regiões onde mais se agudizavam os conflitos entre índios e as frentes pioneiras. (mais…)

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Gangues neonazistas e punks se enfrentam em áreas nobres de BH

Gangues 2Eles travam guerra por territórios na capital. Com outras tribos, eles são monitorados pela polícia devido a agressões, crimes de intolerância, vandalismo e tráfico

Por Mateus Parreiras, em Estado de Minas

É em meio ao agito da noite belo-horizontina, quando tribos urbanas convergem para a Savassi, na Região Centro-Sul, que uma guerra de intolerância para marcar território ocorre longe dos olhos da maior parte da população. Entre o papo nas mesas de bares e as paqueras, poucos percebem quando turmas de jovens portando armas brancas se medem à distância, prontas para trocar agressões caso os rivais se atrevam a cruzar seu espaço. Segundo relatório da inteligência da 4ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, ao qual o Estado de Minas conseguiu acesso com exclusividade, há quatro grandes grupos dessas tribos, a maioria composta por jovens de classe média. Em dois anos de acompanhamento, os militares destacam os skinheads neonazistas e os punks como os mais violentos. Ao todo, 31 pessoas envolvidas nesses movimentos, formados também por góticos e emos, são monitoradas e têm passagens policiais por agressão, lesão corporal e vandalismo, além de uso e tráfico de drogas. (mais…)

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Um convite à polêmica: “Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar”

Por Andre Borges Lopes em Luis Nassif Online

AOS QUE AINDA SABEM SONHAR

O fundamental não é lutar pelo direito de fumar maconha em paz na sala da sua casa. O fundamental não é o direito de andar vestida como uma vadia sem ser agredida por machos boçais que acham que têm esse direito porque você está “disponível”. O fundamental não é garantir a opção de um aborto assistido para as mulheres que foram vítimas de estupro ou que correm risco de vida. O fundamental não é impedir que a internação compulsória de usuários de drogas se transforme em ferramenta de uma política de higienismo social e eliminação estética do que enfeia a cidade. O fundamental não é lutar contra a venda da pena de morte e da redução da maioridade penal como soluções finais para a violência. O fundamental não é esculachar os torturadores impunes da ditadura. O fundamental não é garantir aos indígenas remanescentes o direito à demarcação das suas reservas de terras. O fundamental não é o aumento de 20 centavos num transporte público que fica a cada dia mais lotado e precário.

O fundamental é que estamos vivendo uma brutal ofensiva do pensamento conservador, que coloca em risco muitas décadas de conquistas civilizatórias da sociedade brasileira.

O fundamental é que sob o manto protetor do “crescimento com redução das desigualdades” fermenta um modelo social que reproduz – agora em escala socialmente ampliada – o que há de pior na sociedade de consumo, individualista ao extremo, competitiva, ostentatória e sem nenhum espaço para a solidariedade. (mais…)

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The Guardian denuncia violação de privacidade internacional de tráfego de dados pelos EUA

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Jornal The Guardian divulga documentos que comprovam a existência de uma megaferramenta desenvolvida nos Estados Unidos de monitoramento, por país, do tráfego de dados e mensagens 

Estado de Minas/ The Guardian

Londres/ Rancho Mirage (EUA) – Enquanto os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e o da China, Xi Jinping apertavam as mãos em um encontro informal na Califórnia, reconhecendo que precisam trabalhar juntos para lidar com questões de segurança cibernética – os EUA dizem que os hackers chineses acessaram segredos militares norte-americanos, uma acusação negada pela China –, o jornal inglês The Guardian divulgava nova denúncia de monitoramento de comunicações privadas pela administração de Obama: uma megaferramenta de vigilância desenvolvida pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), que não apenas conta, mas categoriza gravações de comunicação.

Chamado de Boundless Informant (na tradução livre informante ilimitado), o sistema detalha, por cada país do globo, o volume do tráfego de informações coletadas nas redes de comunicação via computador e telefonia. O mapa global tem cores também: ele vai do verde (menos risco de vigilância), passa pelo amarelo, laranja até chegar no vermelho (escala máxima da vigilância). Ao Congresso, membros da NSA negaram por diversas vezes terem condições de rastrear as comunicações dos americanos. A notícia veio depois de o programa de espionagem Prism – que vasculha ligações e trocas de informações em nove gigantes da Internet, como Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook e Youtube. Com o Boundless Informant, a NSA coletou, em apenas um mês, cerca de 3 bilhões de dados de inteligência nos Estados Unidos. (mais…)

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Soldados da borracha: seringueiros no esquecimento

O ex-seringueiro Francisco Assis Frazão, de 84 anos, que ainda espera receber o auxílio cedido pelo governo federal aos soldados da borracha, mostra um retrato da época em que ele ainda trabalhava nos seringais (Bruno Kelly)
O ex-seringueiro Francisco Assis Frazão, de 84 anos, que ainda espera receber o auxílio cedido pelo governo federal aos soldados da borracha, mostra um retrato da época em que ele ainda trabalhava nos seringais (Bruno Kelly)

Convocados como heróis para extrair látex na selva e alimentar as máquinas da guerra norte-americana, os ‘soldados da borracha’ querem a compensação por terem sido abandonados à própria sorte nas florestas do Amazonas, do Acre e do Pará

Ana Célia Ossame em A Crítica

Borracha na Amazônia é quase sempre sinônimo de prosperidade e riqueza graças ao período econômico vivido no início do século passado. Mas em meados desse mesmo século, a história dos “Soldados da Borracha”, atraídos para a Amazônia no início da Segunda Guerra Mundial, tem um enredo que pouco conhecido da sociedade. Da mesma forma como os convocados para o front de guerra na Europa, milhares de nordestinos vieram a servir à pátria enfrentando inimigos como insetos, animais selvagens e as dificuldades de uma floresta inóspita sob promessa de riqueza fácil garantida pelo governo brasileiro, mas que não aconteceu para nenhum dos trabalhadores chamados de “arigós”.

Quem tem detalhes curiosos desses relatos é o professor Frederico Alexandre de Oliveira Lima. Filho de pais nordestinos, ele trabalhava no Exército e sempre recebia pedidos de concessão de benefícios a ex-seringueiros e tinha que negar, por falta de amparo legal, o que o levou a interessar-se em estudar o assunto. Aprovado para o curso de mestrado em História na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ele dedica-se ao tema “Da guerra na Floresta aos escombros da História: O ocaso dos Soldados da Borracha”, quando dá voz aos homens, mais conhecidos como Soldados da Borracha que continuam numa batalha que chega aos dias atuais pelo reconhecimento do seu papel como participantes da guerra, só que em outro campo: a floresta amazônica para onde vieram produzir a borracha, matéria prima para a manutenção das máquinas de guerra americana. (mais…)

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Miles de turcas gritan en Taksim: “Cállate Erdogan, ahora hablan las mujeres”

Una manifestante en la marcha reivindicativa de las mujeres Afp
Una manifestante en la marcha reivindicativa de las mujeres Afp

Estambul, (EFE).- Una marcha reivindicativa de miles de mujeres hasta la plaza Taksim de Estambul subrayó hoy su papel en la revuelta turca que desde hace una semana tiene en jaque al Gobierno del islamista moderado Recep Tayyip Erdogan.

Los eslóganes mezclaban la reivindicación con el humor: “Corre, Tayyip, que vienen las mujeres” o “Cállate, Tayyip, que ahora hablan las mujeres”. O, incluso, alusiones a la petición de Erdogan de que cada mujer debe tener al menos tres hijos: “¿De veras quieres que tenga tres hijas y salgan como yo?”

“La gente está enfadada con el primer ministro, pero las mujeres están más enfadadas aún, porque desde hace diez años son el blanco de ataque de todos sus discursos, como cuando quiso prohibir el aborto”, asegura Asli Goymen, secretaria de redacción en una revista y una de las manifestantes hoy. (mais…)

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‘O conflito de hoje é resultado da violação de ontem’, diz coordenador do Cimi em MS

Foto - Valdenir Rezende (Correio do Estado)Flávio Vicente Machado explica como ocorre o processo de demarcação de terras indígenas

Por Cristina Medeiras, em Correio do Estado

Há cinco anos trabalhando como coordenador-conselheiro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em Campo Grande, o filósofo e missionário Flávio Vicente Machado segue a cartilha do órgão, que está a serviço dos projetos de vida dos povos indígenas. “Apoiamos as alianças desses povos entre si e com os setores populares para a construção de um mundo para todos, igualitário, democrático, pluricultural e em harmonia com a natureza”. Nestes dias de conflitos entre indígenas, proprietários de terras e o poder constituído em Mato Grosso do Sul, ele faz uma radiografia histórica do que envolve o direito sobre a terra.

CORREIO PERGUNTA Diante dos recentes conflitos, muita gente se pergunta como são feitos os processos de demarcação de terras indígenas no Brasil. Ao longo dos anos, ele foi muito modificado?

Flávio V. Machado É importante ressaltar que o processo brasileiro de demarcação das terras indígenas é um dos mais completos e reconhecidos no mundo, isso porque parte do princípio e necessidade de comprovar o direito originário que estas comunidades têm sobre seus territórios tradicionais. E isso exige estudos multidisciplinares e abrangentes. O direito à terra dos povos indígenas está expresso na Constituição Federal, que também estabelece o dever da União em demarcá-las e fazer respeitar os seus bens. Portanto, a Constituição definiu que esta atribuição é do Poder Executivo. Para cumpri-la o Governo definiu que o órgão executor dessa ação é a Funai. (mais…)

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Megaprojetos na Amazônia ameaçam os povos indígenas isolados

Criança Awá.
Criança Awá.

CIMI – A equipe do Conselho Indigenista Missionário – Cimi, de apoio aos povos indígenas isolados, reunida em Manaus nos dias 4 a 7 de junho/2013 fez uma análise dos impactos dos megaprojetos de infraestrutura projetados e em construção na Amazônia sobre esses povos.

Foi constatado que está em curso uma campanha contra os direitos dos povos indígenas veiculada diariamente pelos grandes meios de comunicação para respaldar os interesses dos empresários do agronegócio, latifundiários, mineradoras e a política desenvolvimentista do Governo Federal, caracterizada pelo autoritarismo, pelo uso da violência pelas forças repressivas (dois indígenas assassinados pela PF, um Munduruku/PA em novembro/2012 e outro Terena/MS em maio/2013), pelo desrespeito a Constituição, as convenções internacionais e a legislação ambiental.

Este cenário, que se materializa na Amazônia pelas obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, pelo avanço do desmatamento, do gado, da exploração madeireira, mineral e petrolífera, espalha os conflitos na região e é particularmente trágico para a vida e o futuro dos povos indígenas isolados. (mais…)

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A Hannah Arendt con amor

Hannah_ArendtPor Efraín Jaramillo Jaramillo*

9 de junio, 2013.- Se estrenó por estos días en París la película Hannah Arendt. Por aquello de los prodigios de internet tuve la suerte de ver este filme, antes de que se estrenara en Colombia. Es un filme de la directora alemana Margarethe von Trotta, la misma realizadora de tres películas más sobre la vida de otras célebres mujeres alemanas, como Rosa Luxemburgo, filósofa y teórica marxista de origen judío, Gudrun Ensslin en bleierne Zeit (“época gris”) hija de un pastor evangélico que se convirtió en la cabeza intelectual del grupo terrorista Baader-Meinhof; y de la poeta y compositora medieval  Hildegard von Bingen, escritora de textos teológicos y botánicos. El papel de estos cuatro personajes fue representado por la talentosa actriz de teatro y cantante alemana Barbara Sukowa.

Debo decir que el filme me conmovió de sobre manera. Me trajo a la memoria (con mucha nostalgia por cierto) aquellas reflexiones filosóficas y políticas “arendtianas”, que nos enseñaron a pensar en términos interculturales y lo fundamental, nos apartaron (para pesar mío un tanto tarde) de todos los credos políticos en boga durante mi época de estudiante en Alemania. He vuelto a ver varias veces el filme y repasado una y otra vez algunas de sus escenas, buscando encontrar detalles que hubiera pasado por alto. Con medianos conocimientos de cine y regular solvencia sobre el pensamiento arendtiano, escribo estas notas. El motivo es el de animar a mis amigos a ver el filme y, sobre todo a regocijarse con el pensamiento político de Hannah Arendt, una de las figuras más significativas de la filosofía alemana de la segunda mitad del siglo XX, a la cual muchos de mi generación (infortunadamente no todos) debemos la parte más importante del desarrollo de nuestra vida intelectual. (mais…)

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