Audiência Pública Aldeia Maracanã para os Índios, na ABI, dia 19/04, às 17:30h

Mesa de Debates:

Lideranças indígenas: 

Urutau Tenetehara (José Guajajara) – Mestre em Tupi-Guarani, é uma das principais lideranças históricas da Aldeia Maracanã;

Ash Ashanika – especialista na Cosmologia e em Medicina da Floresta e liderança da Aldeia Maracanã;

Daniel Puri – Professor de História pela USP e liderança da Aldeia Maracanã;

Kaiá Waiwai – do povo indígena-quilombola Waiwai do Pará, é um dos principais lutadores da Aldeia Maracanã;

Márcia Guajajara – é um das principais lideranças indígenas femininas da região nordeste e norte do pais. E uma das principais lideranças da Aldeia Maracanã;

Tiuré Potiguara – do povo Potiguara, José Humberto Costa Nascimento, ativista dos direitos indígenas, ele é um dos sobreviventes da ditadura e considerado Refugiado Político pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados. Ele iniciará uma greve de fome neste dia. 

Especialistas convidados:

Mércio Gomes – Professor de Antropologia, com doutorado pela Universidade da Florida (EUA). Leciona na Universidade Federal Fluminense. Trabalhou com o antropólogo, político e educador Darcy Ribeiro, de quem foi subsecretário de Planejamento da Secretaria Especial de Projetos e Educação, no governo do Rio de Janeiro (1990-1994), foi Presidente da Funai ( 2003-2007).

Carlos Walter Porto Gonçalves -Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia e do Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais Milton Santos-LEMTO da UFF, Carlos foi presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros-AGB (1998-2000). Reconhecido internacionalmente, o geógrafo têm atuado junto a diversas etnias indígenas latino-americanas e a diversos movimentos sociais dos ‘de abajo’ pela articulação das resistências contra o atual modelo de desenvolvimentos e seus impactos sobre estas comunidades.

Chico Alencar – Professor de História e Deputado Federal (PSOL-RJ) pelo terceiro mandato consecutivo. É também membro da Comissão de Direitos Humanos e do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

Justificativa

Após a tentativa frustrada de desocupação, no dia 12 de janeiro, artistas, acadêmicos e políticos declararam seu apoio e solidariedade à causa da Aldeia Maracanã. Esse apoio foi fundamental e, graças a isso, conseguimos impedir a demolição do prédio do antigo Museu do Índio, que visava a construção de um estacionamento privado. Foi uma vitória parcial, pois, no dia 21 de março, devido a um processo de reintegração de posse, os índios foram retirados de forma violenta do local.

Um grupo, entretanto, aceitou a proposta do governo de ocupar um terreno em Jacarepaguá. Outro grupo indígena, porém, continua lutando para retomar o prédio, com o intuito de transformar a Aldeia Maracanã em local de referência da cultura indígena, visto sua importância histórica inestimável. Devo frisar aqui que a luta desses indígenas, além da luta pela preservação física do prédio, sempre foi a luta pela sobrevivência de sua cultura e da continuidade desta ligada ao Museu. A resistência deste movimento, mesmo fragmentado, ainda não acabou.

Sendo assim, os apoios junto aos indígenas estão organizando um seminário na ABI (Associação Brasileira de Imprensa) no dia 19 de abril de 2013, às 18:00 horas, sobre a Aldeia Maracanã no intuito de puxar uma campanha para que o antigo Museu do Índio continue sendo local de destinação cultural indígena, diferente do projeto governamental atual de construção do Museu Olímpico.

Serviço:

Audiência Pública Aldeia Maracanã para os Índios

Data: 19/04, às 17:30

Local: ABI – Rua: Araújo Porto Alegre, 71 – Centro

Enviada por Mônica Lima.

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