AM – Dia Nacional da Consciência Negra pede mais reflexão sobre o racismo

A afrodescendente Aparecida, 47 anos, integrante da primeira geração da família amazonense Ribeiro Costa, cresceu aprendendo a viver com o preconceito e lutando contra o racismo

Manaus – Matriarca da família, Florência Ribeiro da Costa, 88, nasceu em Manaus e passou toda sua infância no bairro São Raimundo. Era filha de cearense, casou-se com um amazonense, também negro, mas filho de pais do Maranhão. “Tive 24 filhos, oito estão vivos, 12 netos e cinco bisnetos. Nasci e me criei no bairro São Raimundo. O meu marido era da Avenida Boulevard. Sou daqui mesmo”, contou.

A família Ribeiro Costa foi escolhida pelo Portal D24AM para homenagear os negros do Amazonas no Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado na próxima terça-feira (20).

Moradora há mais de 30 anos do bairro São Geraldo, zona centro-sul de Manaus, a primeira geração da família Ribeiro Costa conta que já sofreu preconceito e discriminação pela raça, como as filhas Rai, de 55 anos, e Aparecida, de 47.

“Ainda existe muito preconceito. O negro entra em uma faculdade, em um restaurante ou até mesmo nos ônibus, as pessoas o olham. Tem vizinhos que não falam com a gente”, contou Rai, acrescentando que sofreu discriminação várias vezes ao longo da vida, principalmente quando era jovem. “Tive um namorado que a mãe dele não deixou ele se casar comigo, por causa da minha cor”, disse. A irmã concordou: “Ainda tem branco que não quer sangue de negro na família”, afirmou Aparecida. (mais…)

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População de Minaçu (GO) teme proibição do amianto pelo STF

Cava da mina de exploração do mineral no município: única na América Latina e terceira maior do mundo

A exploração da fibra é responsável por 70% da arrecadação

Renato Alves – Enviado Especial

Minaçu (GO) — Classificado como cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS) há 35 anos. Banido por completo na Europa desde 2005. Proibido em mais de 60 países e em cinco estados brasileiros. Nada disso importa para os 32 mil moradores de Minaçu. Eles lutam como ninguém pelo amianto, o produto amaldiçoado em grande parte do mundo. Localizada no norte de Goiás, a 365km de Brasília, a cidade nasceu, cresceu e vive do minério, responsável por 70% da sua arrecadação. (mais…)

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Joaquim Barbosa assume presidência do STF na próxima quinta-feira, 22

Débora Zampier, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Perto de completar dez anos no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa assume a presidência da Corte na próxima quinta-feira (22). Em cerimônia para cerca de 2 mil convidados, Barbosa passará a ser o chefe do Judiciário nacional pelos próximos dois anos.

Já estão confirmadas as presenças da presidenta da República, Dilma Rousseff, e dos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Entre centenas de autoridades, a lista de Barbosa também inclui convidados que não pertencem ao ambiente de poder de Brasília, como os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo.

A cerimônia começará uma hora mais cedo que o usual – às 15h – e terá o mesmo esquema de segurança que vem sendo usado nas sessões de julgamento da Ação Penal 470. Após a execução do Hino Nacional, Barbosa deixa o posto de presidente em exercício, assumido a partir de amanhã, segunda-feira, 19, para ser empossado pelo decano da Corte, ministro Celso de Mello.

Já na função de presidente, Barbosa empossará Ricardo Lewandowski como vice. Ambos vêm trocando farpas durante o julgamento da Ação Penal 470 como relator e revisor, mas garantem que as divergências estão restritas ao processo e não chegam ao nível pessoal ou institucional. (mais…)

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Ministro Ayres Britto se aposenta do STF ao completar 70 anos, hoje

O ministro Ayres Britto se despede do Supremo Tribunal Federal, depois de nove anos como integrante da Suprema Corte brasileira. Sergipano de Propriá, o ministro deixa a cadeira número 13 do STF em decorrência de seu aniversário de 70 anos comemorado em 18 de novembro. Deixa ainda a cadeira da Presidência do Supremo, que ocupava desde 19 de abril deste ano, depois de ter sido eleito presidente da Corte para o biênio 2012-2014. O decreto de aposentadoria, contada a partir de 17/11, foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira.

“Eu saio feliz, porque acho que eu passei pelo Supremo Tribunal Federal e não perdi a viagem, dei o melhor de mim, conheci, como ainda conheço, muitos bons companheiros de trabalho, ministros, fui ajudado por todos”, disse o ministro Ayres Britto, em Aracaju (SE), onde participou recentemente da abertura do VI Encontro Nacional do Judiciário.

Ayres Britto Leva consigo as lembranças e experiências de sua passagem pelo Supremo e deixa como legado a leveza, cordialidade e serenidade na condução de muitos julgamentos do Tribunal, seja durante os sete meses em que ocupou a Presidência do STF, seja quando atuou como relator em relevantes julgamentos. (mais…)

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“A guerra contra o antissemitismo global na era da islamofobia”, por Julie Lévesque

Publicado em Global Research, 12/11/2012.
Traduzido e enviado por Jair de Souza

Esqueçam a desenfreada islamofobia a nível mundial e a demonização dos árabes. O jornal Haaretz informa que a Agência para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, do Departamento de Estado dos EUA, “institucionalizou a luta contra o antissemitismo global”, muito embora os Estados Unidos e seus aliados estejam há mais de uma década destruindo países habitados principalmente por muçulmanos. Ou, não seria, talvez, precisamente para apoiar a guerra contra o Islã e o mundo árabe – isto é, “a guerra contra o terrorismo” – que esta “guerra contra o antissemitismo global” tenha sido lançada? (Leaving post, U.S. official reflects on a new definition of anti-SemitismHaaretz, October 17, 2012.)

A Agência de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, que se apresenta como líder dos “esforços dos EUA para promover a democracia, proteger os direitos humanos e a liberdade religiosa internacional e para impulsar globalmente os direitos trabalhistas”, exige agora que os funcionários do Departamento de Estado frequentem um “curso de 90 minutos sobre antissemitismo no Instituto de Relações Exteriores (Foreign Service Institute), a escola de preparação de diplomatas.” (Ibid.)

Por conveniência, “uma definição de antissemitismo de 341 palavras” foi redigida, a qual “incluía não apenas as formas tradicionais – injúrias de origem racial, estereótipos – mas também novas formas, como a negação do Holocausto e a relativização do Holocausto”, explicou Hannah Rosenthal, ex-monitora de antissemitismo no Departamento de Estado. (Ibid.)

Rosenthal, que comandou por duas vezes o Conselho Judaico para Questões Públicas e é agora presidenta e diretora executiva da Federação Judaica de Milwaukee, também indicou que sua equipe “conseguiu incluir (na definição) situações nas quais a crítica legítima a Israel se torna antissemitismo”. (Ibid.) (mais…)

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MG – É amanhã! Seminário ‘Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada dos conflitos ambientais e a garantia dos direitos humanos e difusos’

A Rio 92 marcou a institucionalização do tema ambiental na agenda pública do país. Por um lado, se esta institucionalização significou o reconhecimento da relevância do meio ambiente como tema que concerne toda a sociedade, por outro, ela implicou também a adoção de práticas e técnicas de governo próprias de um regime internacional que, capitaneado por instituições financeiras internacionais, desqualifica o debate político interno da nação brasileira, na sua multiplicidade de visões, de trajetórias, de tensões e de desafios. (mais…)

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‘Mia Couto: Impedir periferia de ter pensamento próprio é racismo’

O escritor moçambicano Mia Couto disse, em São Paulo, que impedir a população mais pobre de pensar por si mesma é uma prática racista. “Acredita-se que a periferia pode dar futebolista, cantor, dançarino. Mas, poeta? No sentido que o poeta não produz só uma arte, mas pensamento. Isso acho que é o grande racismo, a grande maneira de excluir o outro. É dizer: o outro pode produzir o que quiser, até o bonito. Mas, pensamento próprio, isso não”.

O escritor, que já recebeu diversos prêmios, como o da União Latina de Literaturas Românicas, visitou em 7 de setembro o sarau da Cooperifa. O evento é realizado toda quarta-feira no Bar do Zé Batidão, na região do Jardim Ângela, zona sul paulistana. Nessas reuniões, que ocorrem há 11 anos, crianças, adolescentes e adultos se revezam ao microfone para recitar poesia.

“É uma coisa nova que me acontece no Brasil, estar em um lugar como este”, disse ao começar o bate-papo com a plateia que lotou a laje do bar para ouvi-lo. Couto já esteve no país em várias ocasiões, mas só na noite de ontem satisfez a vontade de conhecer a periferia de uma grande cidade.

“Faltava-me essa experiência”, ressaltou. “Eu queria visitar a periferia de uma cidade brasileira pela mão de amigos, pela mão de gente da periferia”, acrescentou o autor que também se sente procedente de um lugar periférico.“Sou filho de portugueses que migraram nos anos 1950 para uma pequena cidade. Moçambique já é uma periferia. Eu sou da periferia da periferia, porque é uma cidade pequena”. (mais…)

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