“Pra frente Brasil” na versão Kátia Abreu e a situação da pobreza rural

O êxodo rural levou milhões de pessoas para os grandes centros entre 1960 e 1980. O problema básico sempre foi o mesmo: concentração de terra, relações de trabalho escravocrata e produção para o mercado externo. Mudaram algumas coisas, mas a essência continua a mesma. A concentração de terras tem aumentado, a monocultura da soja é a que mais cresce e o mercado externo continua sendo o objetivo maior do agronegócio. O artigo é de Najar Tubino.

Najar Tubino

No final de outubro, uma edição do Jornal Nacional, R$530 mil por 30 segundos, eis que aparece o Pelé entrando em campo, com a música ao fundo: -Vamos juntos todos pra frente Brasil salve a seleção… Entra em campo para estrear a campanha Time Agro Brasil, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, dirigida pela senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu. Ela também está na cena, junto com os ex-ministros Alysson Paulinelli e Roberto Rodrigues. Pelé mostrando aos brasileiros como o agronegócio produz comida boa, barata e saudável. Os ex-ministros garantindo como o Brasil é campeão em produção e preservação. Todos de camisa amarela. Não esqueceram dos pequenos que agora recebem treinamento e tem informação.

Para quem não lembra da letra da composição de Miguel Gustavo, sucesso na época do governo do general Emílio Garrastazu Médici, também conhecido por ser o pior da ditadura militar, a música fala de 90 milhões de brasileiros unidos em uma só corrente, em um só coração. Todos juntos prá frente, esquecendo-se do passado e celebrando a ditadura, com o suor e a emoção do futebol, a paixão brasileira. O anúncio, que deve ter custado, no mínimo, R$ 2 milhões, calculo em mais de dois minutos, é apenas o início da campanha da CNA, em parceria com o SEBRAE, que deve se estender até a copa de 2014.  (mais…)

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Governo oficializa anistia política de Marighella

A declaração está na Portaria 2.780, publicada hoje (9) no Diário Oficial da União; Marighella já havia recebido o reconhecimento em dezembro passado

Mariana Tokarnia, da Agência Brasil

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, oficializou a anistia post mortem de Carlos Marighella, guerrilheiro morto pelo regime militar (1964-1985) em 1969. A declaração está na Portaria 2.780, publicada hoje (9) no Diário Oficial da União. Marighella já havia recebido o reconhecimento em dezembro passado, na 6ª Sessão de Julgamento da Caravana da Anistia, realizada em Salvador.

O guerrilheiro iniciou a militância aos 18 anos de idade, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro. Preso em 1936 durante a ditadura de Getulio Vargas, foi eleito deputado federal constituinte em 1946 e, no ano seguinte, foi cassado. Quase 20 anos depois, foi preso novamente pelo Dops. Em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 5 de dezembro passado, quando a Comissão de Anistia se reuniu em Salvador, se completaram 100 anos do seu nascimento. Marighella foi militante do Partido Comunista Brasileiro e um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar depois de 1964. Ele morreu assassinado em 1969 em São Paulo por agentes da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops). Antes da anistia política, o Estado já havia reconhecido, em 1996, que fora responsável pela sua morte. (mais…)

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Presentación del Libro “Reflejos del Isiboro Sécure en la Amazonía boliviana”

El Foro Boliviano sobre Medio Ambiente y Desarrollo – FOBOMADE. tiene el agrado de invitarles a la presentación del libro “Reflejos del Isiboro Secure en la Amazonia Boliviana” del autor Giuseppe Iamele y ala inauguración de la Exposición Fotografica itenerante -=TIPNIS y AMAZONIA=-, a realizarse el miercoles 14 de Noviembre a horas 19:00 pm. en el Museo de Etnografía y Folklore – MUSEF, Sala Tématica N° 1 (UNKUS).

La Exposición Fotográfica estará disponible all público los dias 14 y 15 de noviembre.

Compartilhado por Fobomade Foro Boliviano.

https://www.facebook.com/events/124052091083926/

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BA – Lançamento do Mapeamento dos Terreiros do Recôncavo e do Baixo Sul

No mês de Zumbi é hora, á  hora da verdade… Sexta, 9 de novembro de 2012 o que temos a comemorar??

Convocação geral ao povo do axé e de terreiros do estado da Bahia para comparecer a prestação de contas, da política pública de inclusão promovidas e construídas a 4 anos pela Sepromi/BA e a Serppir/governo federal, através dos convênios 005/2008 e 005/2008. (mais…)

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Carta aberta da Campanha Contra o Genocídio da Juventude Negra

Rede Nossa São Paulo

Nós, representantes da sociedade civil organizada, cidadãos e cidadãs que vivenciam os resultados nefastos da atual política pública de segurança, manifestamos nossa profunda rejeição à atuação violenta e criminosa dos agentes de segurança no estado, em especial, na região Metropolitana de São Paulo, que tem sido dirigida aos jovens negros e pobres. A atual política estadual tem sido justificada a partir da noção equivocada de ‘guerra contra o crime’, que estereotipa e persegue segmentos excluídos e marginalizados da população, elegendo-os como inimigos e jogando em seus ombros a culpa pela violência. Com um discurso baseado no preconceito, oferece um tratamento dirigido ao cidadão rico e branco e outro para cidadão pobre e negro, selecionando aqueles que serão punidos e aqueles que poderão agir sem a devida regulação da lei ou até com a sua absoluta conivência.

A maior parte da população não acredita mais na sua polícia. Segundo pesquisa recente do Ibope/Rede Nossa São Paulo, 55% dos habitantes paulistanos não confiam na polícia civil e militar. 52% não confiam na Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. No entanto os governos entregam a esses profissionais armais letais e não letais, que, ao invés de proteger, se voltam contra a população. Somos todos reféns não apenas de maus policiais, mas daqueles que, ao ocupar os postos de comando, determinam e respondem por uma política pública genocida. (mais…)

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Colômbia: Desaparecido Líder del Movimiento Social en defensa del Río Sogamoso

Por Corporacion para el desarrollo del Oriente – COMPROMISO

MIGUEL ÁNGEL PABÓN PABÓN, tiene 36 años, padre de dos niñas, ha sido un dedicado y destacado ambientalista, defensor del Rio Sogamoso y de las comunidades de pescadores y campesinos. Desde el 2007 llego al Asentamiento del Peaje del Municipio de Betulia, cerca de las obras de construcción de Hidrosogamoso, donde inicio sus luchas al lado de la comunidad por el Derecho a la Vivienda de los desplazados de la Región del Magdalena Medio y por denunciar los impactos sociales, culturales y ambientales, y la vulneración de los derechos de las comunidades por parte de la Empresa Isagen, constructora de esta hidroeléctrica. Desde el 2008, con otros líderes de la región conformaron el MOVIMIENTO SOCIAL POR LA DEFENSA DEL RIO SOGAMOSO, donde se concientizo a las comunidades de las nefastas consecuencias de esta hidroeléctrica; ha participado en Marchas contra la Empresa Isagen, denunciando las afectaciones ambientales y sociales de las comunidades de campesinos y pescadores, y las pésimas condiciones laborales de los trabajadores que construyen esta hidroeléctrica.

Participó en las dos audiencias públicas que sobre Hidrosogamoso citó la Asamblea Departamental de Santander, allá fue vocero de las comunidades, como presidente de la Junta del Asentamiento El Peaje; participó de manera destacada en el Paro Cívico contra Isagen que se realizó entre el 14 y el 16 de marzo de 2011 en la zona de obras de Hidrosogamoso. Esta valiente acción de Miguel Pabón y de las comunidades afectadas consiguió sentar a la mesa a ISAGEN como empresa encargada del megaproyecto, allí se llegó a un acuerdo de 17 puntos cuyo cumplimiento todavía espera la comunidad entera. (mais…)

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I Jornada de Agroecologia da Bahia, de 26 de novembro a 01 de dezembro

Agroecologia uma proposta de soberania para o território baiano. Este é tema da I Jornada de Agroecologia da Bahia, entre os dias 26 de novembro e 01 de Dezembro no Assentamento Terra Vista em Arataca-BA, o encontro tem como objetivo agregar reflexões e experiências de agroecologia e discutir estratégias para o desenvolvimento do setor produtivo territorial, preservação ambiental, empoderamento dos povos e comunidades tradicionais que residem e atuam na Bahia. (mais…)

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MG – O drama da remoção d@s morador@s da Vila Fazendinha, no Aglomerado da Serra, pela Copasa

O Aglomerado da Serra esta situado na zona centro-sul de Belo Horizonte, onde se divide em oito vilas, como a vila Nossa Senhora da Conceição, vila Marçola, vila Cafezal, vila Novo São Lucas, vila Fazendinha, vila Nossa Senhora Aparecida e a vila Nossa Senhora de Fátima. É a maior favela da capital mineira com 46 mil habitantes.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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Brasília: Ato simbólico na ponte Costa e Silva mudará nome para Honestino Guimarães

Manifestação tem a intenção de pressionar o poder público a acelerar a troca, em análise na Câmara Legislativa

Os manifestantes querem convencer o poder público de que Honestino Guimarães é o nome ideal para a ponte: símbolo da liberdade  (Adauto Cruz/CB/D.A Press)
Os manifestantes querem convencer o poder público de que Honestino Guimarães é o nome ideal para a ponte: símbolo da liberdade

Saulo Araújo

O último monumento em Brasília que ainda homenageia um ditador militar será rebatizado. Amanhã, às 10h, integrantes de movimentos sociais, em um ato simbólico, pretendem mudar o nome da Ponte Costa e Silva. A edificação projetada por Oscar Niemeyer em 1976 passará a se chamar, pelo menos por algumas horas, Ponte Honestino Guimarães, estudante da Universidade de Brasília (UnB) símbolo da luta contra o regime opressor vigente no Brasil durante 21 anos (1964-1985).

Cerca de 100 pessoas são esperadas no protesto. A manifestação é inspirada na ação promovida pelo grupo Coletivo Transverso, em 11 de julho. Na ocasião, o nome do marechal que governou o país entre 1967 e 1969 foi encoberto, e um dos mais importantes acessos da capital recebeu o título de Ponte Bezerra da Silva, sambista irreverente morto em 2005, aos 77 anos. A proporção da atitude pôde ser medida pelas redes sociais. As fotos mostrando o antes e o depois da ponte foram compartilhadas por centenas de usuários. A maioria aprovou a iniciativa.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/11/09/interna_cidadesdf,332794/ato-simbolico-na-ponte-costa-e-silva-mudara-nome-para-honestino-guimaraes.shtml#.UJ0vzbOiH1s.gmail

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Kaiowás e perversidades do senso comum

Renzo Taddei*, do Canal Ibase

Nas últimas semanas recebi uma quantidade impressionante de solicitações, via redes sociais e e-mail, para manifestar meu apoio à causa dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul. Não me lembro, em minha experiência com redes sociais, de ter visto mobilização desse porte. Há pouco mais de uma semana, saiu decisão judicial a favor dos indígenas – ou, para colocar em termos mais precisos, revogando a reintegração de posse da área onde estão. Como atentou gente mais próxima ao movimento indígena, isso por si só não garante quase nada, apenas que violências maiores não sejam cometidas no curto prazo. De qualquer forma, não tive muito tempo para me alegrar com o que parecia uma vitória do potencial de mobilização descentralizada da sociedade civil: ao comentar a questão com um amigo, no Rio de Janeiro, recebi como resposta a pergunta, maliciosamente feita de forma a combinar ironia e seriedade em proporções iguais: “mas, afinal, para que servem os índios?” Desconcertado, não consegui articular nada, apenas retruquei: “não sei; mas e você, pra que serve?”

Não pude deixar de pensar no assunto nos dias que se seguiram. Mas, no caso, o assunto deixou de ser exatamente a situação dos Guarani Kaiowá, ou das especificidades de conflitos entre índios e não-índios, e passou a ser a situação de certa configuração de ideias do senso comum da população urbana – ou pelo menos das coletividades nas quais me insiro, no Rio de Janeiro e em São Paulo – sobre os índios, em primeira instância, e sobre aqueles que são irredutivelmente diferentes, em última. Obviamente esse é assunto complexo, e vou me limitar a apenas pontuar alguns temas que, creio, são importantes para iluminar o contexto no qual notícias sobre os conflitos envolvendo indígenas ganham significados, para a grande parcela da população brasileira que inevitavelmente participa disso tudo na posição de meros espectadores. (mais…)

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