“O que mais preocupa é justamente a exposição crônica aos agrotóxicos”

Em Primavera do Leste (MT), trator faz pulverização da soja

Por Cida de Oliveira – Da Revista Retratos do Brasil

Durante muito tempo, uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e cereais era garantia de saúde porque suas vitaminas, minerais, fibras e proteínas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Mas essa opção já não é tão saudável. Agroquímicos largamente usados para compensar a terra maltratada e exaurida e para matar ervas daninhas e insetos, sob pretexto de aumentar a produção, permanecem nos alimentos e causam uma série de doenças. Estudos científicos, inclusive dos próprios fabricantes durante o desenvolvimento dos produtos, constatam prejuízos à saúde.  (mais…)

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Suzano Papel Celulose, Vale e MPX enfrentam conflito com 5.228 famílias no Maranhão

A Suzano Papel Celulose, Vale e MPX  estão em conflito de terra com mais de 5 mil famílias no Maranhão, segundo relatório “Conflitos no campo do Brasil”, divulgado na semana passa pela Comissão Pastoral da Terra, CPT. O levantamento foi feito com base em dados do ano passado.

As três empresas que tocam grandes projetos no território de 331 935,507 km² do estado participam de quase metade dos conflitos com posseiros. A Suzano Papel e Celulose está implantada em quatro estados brasileiros. Além do Maranhão, está no vizinho estado do Piauí, Bahia e São Paulo.

A Suzano planeja implantar duas novas linhas de produção de celulose no Maranhão com investimento de R$ 2,3 bilhões. O negócio faz parte do Plano Suzano 2024,  estratégia da empresa de multiplicar seu valor até o centenário da empresa.

A empresa está envolvida em disputa de área em pelo menos treze dos 217 municípios maranhenses. A área de interesse da Suzano no estado abrange 22 municípios, quase todos concentrados na região Sul onde o movimento separatista adormece no aguardo de uma decisão do Congresso Nacional. (mais…)

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Pirapora cancela festa por ato ilegal do prefeito

Maria Clara Prates

A série de shows e festas programadas para o centenário de Pirapora, Norte de Minas, que consumiria mais de R$ 2,5 milhões dos cofres do município, foi suspensa ontem por determinação da Justiça. A juíza Mônica Silveira Vieira, substituta da 1ª Vara Civil, acatou, liminarmente, ação proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em razão da ausência de licitação na contratação da empresa Wesley Policarpo de Deus Produções e Eventos. As festividades começariam no primeiro fim de semana de julho com apresentações de Zé Ramalho, Banda Scorpius e Boneca Jukita. De acordo com a liminar, a desobediência da ordem judicial terá multa de 10 vezes o valor de cada show e de 10 vezes o valor de cada pagamento, além de R$ 100 mil para qualquer ato de omissão. As multas serão aplicadas contra o prefeito de Pirapora Warmillon Fonseca (DEM) e pela empresa contratada.

Além da ação de suspensão do contrato, a promotora Graciele de Rezende Almeida, instaurou inquérito civil público para apurar possível crime de improbidade administrativa. De acordo com Graciele, a decisão ainda pode ser revista pelo Tribunal de Justiça, mas se tornou necessária em razão da proximidade do início das comemorações, que contaria com a apresentação de mais de 30 artistas. “O Ministério Público lamenta ter que adotar essa medida uma vez que a população, que tem poucas possibilidades de diversão, será prejudicada. Além disso, comerciantes e a rede hoteleira também já vinha se preparando para o centenário, mas a contratação sem licitação é um procedido ilegal”, justificou. (mais…)

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Especial Blog: Felício Pontes abre o II Mosaico Ambiental, em Campos, falando sobre a luta contra Belo Monte

O II Mosaico Ambiental “Rumo à Rio+20” foi aberto na tarde de segunda-feira, 28 de maio de 2012, com palestra do Procurador da República Felício Pontes Júnior, um dos principais atores na luta jurídica e constitucional pelos direitos de Povos Indígenas em relação a Belo Monte. Como sabemos, Felício Pontes vem movendo diversos processos contra a construção da hidrelétrica e na defesa não só das Comunidades Tradicionais como dos habitantes de Altamira, sempre agindo de forma digna e coerente com seu papel no Ministério Público Federal.

O seminário, organizado pela Professora Elane Maria Farias de Carvalho,  continua até amanhã, dia 1 de junho, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFF) de Campos, Rio de Janeiro. Esta blog apresentará ainda duas outras palestras, todas feitas em gravações domésticas no dia da abertura. Abaixo, a fala de Felício, em duas partes. TP.

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Indígenas desocupam sede regional da Funai no Acre

Por Luana Luizy, de Brasília (DF)

Indígenas que ocupavam o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Rio Branco, Acre, desde o dia 15 de maio, desocuparam o prédio nesta terça-feira, 29. Em audiência com as lideranças indígenas, a juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, substituta da 3º vara, a coordenação regional da Funai e o Ministério Público Federal (MPF) ficou estabelecida a retirada dos indígenas do pátio da Funai.

Para o movimento indígena, a ocupação trouxe vitórias. A Funai se comprometeu a proteger a posse tradicional dos territórios indígenas que estão em processo de demarcação. Também, apresentar no dia 15 de julho relatório sobre os processos de demarcação das terras, entregar cópias do Diário Oficial da União com o decreto de homologação das terras com processos já concluídos também até 15 de julho. Até o dia 20 de junho, a Funai terá de se manifestar sobre a Terra Indígena Sãopaulina, de onde os indígenas foram expulsos por fazendeiros e migraram para Sena Madureira em busca de comida, moradia e trabalho, entre outras questões.

A ocupação era composta pelos seguintes povos: Jaminawa, Ashaninka, Huni Ku? (Kaxinawa), Madja (Kulina), Nawá, Manchineri e Apolima Arara. Ameaças de mortes têm sido constantes entre os Jaminawá por invasores de terras, inclusive já demarcadas, que compõem frentes de expansão agropecuária na Floresta Amazônica. Em função desses conflitos, uma audiência foi solicitada com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário e será realizada no dia 31 de maio, em Rio Branco. (mais…)

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Contag denuncia ameaças de morte a 347 trabalhadores rurais

Pedro Peduzzi, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em meio aos discursos dirigidos aos cerca de 8 mil trabalhadores rurais e agricultores que participam do Grito da Terra Brasil 2012, na Esplanada dos Ministérios, as lideranças da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) apresentaram hoje (30) uma lista de 347 pessoas ameaçadas de morte por causa dos conflitos agrários.

“Registramos, ainda, 29 assassinatos e 38 tentativas de assassinatos nos últimos dois anos”, acrescentou o secretário de Política Agrária da Contag, William Clementino. Boa parte da violência é praticada por pessoas ligadas a grupos estrangeiros financiados por grandes indústrias do setor alimentício, garantiu à Agência Brasil a vice-presidenta da Contag, Alessandra Lunas.

“Somos contra a estrangeirização das terras brasileiras pelos grandes grupos de empresas que atuam no setor de alimentação. Todos sabem que a corrida desenfreada desses grupos se deve à previsão de grande demanda por alimentos no futuro”, disse Alessandra. “Isso colocará em risco a segurança alimentar do nosso país”, acrescentou.

Segundo a vice-presidente da Contag, há “várias situações de laranjas que se dizem proprietários de terras, mas que estão a serviço desses grupos estrangeiros”. (mais…)

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Minha Casa, Minha Vida voltado para comunidades tradicionais tem R$ 907,6 milhões este ano

Christina Machado, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades (PMCMV-E) terá esse ano R$ 907.647.916,80 para construção de 20.364 unidades no país, segundo resolução do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social publicada hoje (30) no Diário Oficial da União. Nessa versão, o programa é dedicado ao financiamento de habitações em comunidades tradicionais urbanas por meio de associações.

De acordo com o manual do PMCMV-E, podem ser analisadas propostas cujos projetos sejam voltados ao atendimento de comunidades quilombolas, pescadores, ribeirinhos, índios e demais comunidades tradicionais, localizadas em áreas urbanas. Os beneficiários do programa são pessoas físicas com renda familiar bruta mensal máxima de R$ 1.600,00 que participam da organização beneficiada.

A resolução divulgada hoje fixa o plano de metas e as diretrizes para a aplicação dos recursos do PMCMV-E. Do total divulgado, R$ 855.288.000 serão utilizados no financiamento dos beneficiários e R$ 52.359.916,80 vão para despesas com reformas e reparo a danos físicos de imóvel, custas e taxa de administração dos agentes financeiros. Com os recursos alocados para o PMCMV-E, as metas preveem a construção de unidades em todas as regiões do país. (mais…)

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PE – Comunidade do Quilombo dos Palmares protesta contra construção de mercado

Moradores de uma área invadida na comunidade Quilombo dos Palmares, bairro de Caixa D’água, Olinda, fecharam na manhã desta quarta-feira (30) a principal avenida do bairro. Eles protestam contra a intenção da prefeitura de construir um mercado público na região. De acordo com o moradores, que estão ali há 7 anos, das 80 famílias que estão sendo retiradas do local, pelo menos 20 não receberão nenhum auxílio da prefeitura.

Em nota, a prefeitura de Olinda garantiu que todas as famílias que serão retiradas da área vão receber novas moradias a serem construídas pela Secretaria Estadual de Habitação e Obras. A prefeitura disse ainda que não existe previsão para começar a construção do mercado público.

http://tvjornal.ne10.uol.com.br/noticia.php?id=5024

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II Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental

O II COBESA terá como tema central: CIDADE, CAMPO E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.

Acreditamos que essa discussão enquadra-se no cenário atual de crescimento da ocupação urbana. Nos últimos duzentos anos a população mundial se multiplicou por quase 10 e o índice de urbanização passou de 3% para mais de 60%. No Brasil, 85% da população vivem em cidades e se prevê que, em 2050, 95% da população brasileira estará concentrada nos centros urbanos. Nas áreas rurais, além da carência de ações de saneamento adequado, tem-se a destruição das matas e outras intervenções, inclusive, para atender as populações urbanas, com prejuízos ambientais, sociais e econômicos.

Estudos recentes indicam que o consumo dos recursos naturais é 50% superior à capacidade de renovação dos biomas numa demonstração inequívoca de insustentabilidade. As atividades humanas estão exaurindo as funções naturais da Terra de tal modo que a capacidade dos ecossistemas do planeta de sustentar as gerações futuras já não é mais uma certeza.

Como os sistemas urbanos, a economia e o nosso estilo de vida influenciam no cenário apresentado e, sobretudo, como podemos promover esse equilíbrio com a natureza de forma sustentável? É o que queremos discutir, durante o II COBESA. (mais…)

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