Dono de uma fábrica em Betim é preso por manter trabalhadores em condições precárias

Os trabalhadores não usam equipamentos de segurança como botas, luvas e óculos. Eles não tinham carteira assinada, nunca fizeram exames de saúde e enfrentavam carga horária excessiva. Até menores eram contratados

Luana Cruz

O dono de uma fábrica de palets (estrado de madeira), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso na manhã desta terça-feira por manter funcionários em situação precária de trabalho. A oficina, que funciona na Avenida Marco Túlio, Bairro Teresópolis, já recebeu fiscais do Ministério Público do Trabalho (MPT) várias vezes, mas o dono insistia nas irregularidades.

Segundo o inspetor Marcelo Ferreira, da 1ª Delegacia de Polícia, o homem mantinha empregados sem equipamentos de segurança, com trabalho excessivo e contratava até menores. Ontem (24/04), um adolescente de 15 anos foi encontrado pelos policiais na fábrica, mas a polícia suspeita que outros menores estejam em atividade no local.

De acordo com o inspetor, há cerca de dois meses, fiscais do MPT estiveram na fábrica para autuar mais um vez o proprietário, após denúncias de vizinhos e funcionários. Dessa vez, o homem tentou barrar a entrada dos fiscais e houve tumulto no terreno. Uma ocorrência foi registrada na Polícia Militar (PM) e o caso gerou uma denúncia do MPT contra o empregador.  (mais…)

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Lá como cá – “Detener el acaparamiento de tierras: la vida, la tierra y la justicia en Uganda”

John Muyiisha y su comunidad en Kalangala, Uganda, perdieron su tierra. Un día, la empresa keniata BIDCO llegó y les dijo que la tierra ya no les pertenecía. Vinieron con excavadoras y aplanaron el antiguo bosque y con él las plantaciones de café de John. Este video ha sido producido por http://www.thesourcefilm.org para Amigos de la Tierra Internacional. Musica: Gary Reuben Morris – http://www.hoorayface.bandcamp.com.

Enviado por Madza Enir.

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Seminário “Rio + 20 em questão: a agenda do capital na perspectiva dos movimentos sociais e do pensamento crítico”

Na Rio + 20, as corporações, ocultadas por suas fundações e ONG’s, pretendem difundir o capitalismo verde como palavra que possibilite mais alguns anos de saqueio dos recursos naturais, de uso intensivo de energia e de expropriações. Tal como na Rio 92, o objetivo é despolitizar, cooptar movimentos e organizações e grupos de pesquisa nas universidades.

O seminário “Rio + 20 em questão: a agenda do capital na perspectiva dos movimentos sociais e do pensamento crítico” é um espaço livremente construído pelos movimentos e pelos grupos de pesquisa comprometidos com a luta socioambiental nas universidades. Em comum, as entidades e coletivos que o convocam pretendem servir de contraponto ao pensamento único das corporações, de seus intelectuais e dos governos que lhes servem. (mais…)

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O território, as comunidades tradicionais e a reforma agrária no discurso da nova Presidenta do CONSEA

Embora com uma semana de atraso, consideramos importante socializar o discurso de posse de Maria Emília Pacheco na Presidência do CONSEA. Não só por ser uma companheira de lutas que lá chega por indicação da sociedade civil e como a primeira mulher a ocupar o posto, mas pela coerência e reafirmação das nossas lutas. Maria Emília vai contra a corrente (ou contra as correntes) em muitos momentos, da defesa das cisternas de placa da ASA e da Reforma Agrária à crítica aos agrotóxicos e transgênicos. Mas acima de tudo vale registrar a defesa que faz de povos indígenas, quilombolas e comunidade tradicionais e de seu direito ao território, assim como sua crítica dura à PEC 215 e à ADI 3239.

Deixo de fora a introdução com os cumprimentos às pessoas presentes, começando pela Presidenta da República; mantenho o restante na íntegra. Vale ler tudo, mas não resisto a destacar um trecho em especial:  “A terra não é mercadoria, nem propriedade privada de pessoa física ou jurídica. É patrimônio coletivo, de todo um povo, de seus usos e costumes, e assim a apropriação dos seus frutos se dá, igualmente, de forma coletiva, de forma sustentável”. Salve, Maria Emília! TP.

“O Consea é resultado de uma manifesta vontade política por ouvir as demandas da sociedade. É fruto das reflexões pioneiras sobre a fome, feitas por Josué de Castro – que é seu patrono; do ex-presidente Lula, que o recriou, e foi recentemente indicado pelos conselheiros seu Presidente de Honra; de Betinho, da Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e pela Vida. É a expressão dos ecos da cidadania, das vozes do campo, da floresta e da cidade.

Em sua composição está a fala dos sujeitos de direitos, aqui representados pelas organizações dos povos indígenas, população negra, quilombolas, pescadores, comunidades de terreiro, extrativistas como as quebradeiras de coco, organizações da agricultura familiar e camponesa. É a expressão de nossa sociobiodiversidade, com suas formas de vida e manejo dos bens da natureza nos vários biomas, e de uma sociedade pluriétnica. (mais…)

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