RJ – Ambientalistas festejam Dia da Terra com protesto contra alterações no Código Florestal e construção de Belo Monte

Thais Leitão, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Um grupo de ambientalistas promoveu no fim da manhã de hoje (22), no Rio de Janeiro, um ato simbólico para marcar o Dia da Terra. Eles estenderam faixas e cartazes na areia da Praia de Copacabana em protesto contra a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Organizada pelo Comitê Fluminense pelas Florestas, com apoio do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de Mobilização para a Cúpula dos Povos (GT Rio) e da organização não governamental (ONG) Greenpeace, a manifestação seria uma passeata pela orla de Copacabana. Mas, por causa da chuva que atinge a capital fluminense neste domingo, no entanto, o grupo decidiu transferir o protesto para a área em frente ao Hotel Copacabana Palace e marcar um novo dia para promover a Marcha pelo Meio Ambiente. A data da marcha ainda será definida.

Para uma das organizadoras do movimento, Elzimar Gomes da Silva, apesar de a chuva ter atrapalhado os planos iniciais do grupo, o protesto foi importante para alertar os cidadãos sobre essas questões. “Precisamos continuar a luta para mobilizar a população e mostrar que queremos um Código Florestal melhor, que respeite o campo. As manobras políticas e a maneira como o meio ambiente está sendo desconsiderado são questões relevantes. Do jeito que está, o código autoriza a ocupação em manguezal, em topo de morro e várias outras questões que são prejudiciais ao meio ambiente”, explicou. (mais…)

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Operários de Belo Monte iniciam esta semana a terceira greve em menos de seis meses

Pedro Peduzzi, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os operários da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, prometem parar as atividades nos cinco canteiros da obra instalados às margens do Rio Xingu a partir desta segunda-feira (23). A decisão foi tomada na semana passada em assembleia. Vai ser a terceira paralisação dos canteiros de obras da usina em menos de seis meses. Os funcionários da obra, a maior do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pedem, entre outras reivindicações, a redução do intervalo entre as chamadas baixadas e reajuste do valor do vale-alimentação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Giovani Resende Silva, disse à Agência Brasil que mantinha a esperança, “ainda que bastante remota”, de o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) apresentar uma nova proposta aos operários. Mas isso não aconteceu.

Baixada é o período de folga que o consórcio dá aos trabalhadores para visitar a família. Atualmente, para cada período de seis meses de trabalho, os funcionários de Belo Monte ganham nove dias de licença. O consórcio acenou apenas com a possibilidade de ampliar o período da folga para 19 dias, com a antecipação de dez dias das férias. Segundo o sindicato, uma proposta que não pode ser aceita porque as férias “já são direito assegurado por lei”. (mais…)

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Imperdível – BBC – Brasil: Uma História Inconveniente / Brazil: An Inconvenient History (completo)

Enquanto todo o mundo conhece a história da escravidão nos EUA, poucas pessoas percebem que o Brasil foi, na verdade, o maior participante do comércio de escravos. Quarenta por cento de todos os escravos que sobreviviam à travessia do Atlântico eram destinados ao Brasil, quando apenas 4% iam para os EUA. Chegou uma época em que a metade da população brasileira era de escravos. O Brasil foi o último país a abolir a escravidão, em 1888. O documentário tem depoimentos de historiadores e antropólogos, brasileiros e internacionais, e de outras pessoas que contam os efeitos de séculos de escravidão no Brasil de hoje. É um importante documento sobre a história dos negros, história africana e estudos latinoamericanos.

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Retomada não é invasão! Pela luta dos Pataxó Hã-Hã-Hãe na reconquista do seu território

Nas duas últimas semanas do mês corrente, os Pataxó Hã-Hã-Hãe deliberaram retomar as restantes fazendas intrusadas na Reserva Indígena Caramuru-Paraguaçu (cujos títulos de propriedade foram cedidos, pelo estado da Bahia, a diversos ocupantes de terra no interior da Reserva, no período de 1976 a 1982). Desde então, têm sido alvo de uma campanha sistemática por parcela da mídia, notadamente televisiva, que busca, a todo custo, transformá-los em invasores, desordeiros e até criminosos.

Ontem, 21 de abril, um membro do Conselho Diretor da Anaí foi contatado, às 4:00, por índios instalados nas últimas fazendas retomadas, clamando por socorro diante dos ataques desfechados por pistoleiros, a mando dos invasores das terras indígenas. Tais ataques persistiram ao longo de três horas consecutivas! Eles pedem que ajamos, pois temem pelas vidas dos homens, mulheres e crianças que lá se encontram! (mais…)

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MG – Reunião busca selar paz com índios no Vale do Aço

MPF entra na briga de Pataxós com a Prefeitura de Carmésia para assegurar direitos das tribos

Ana Lúcia Gonçalves – Do Hoje em Dia
CARMÉSIA – Uma reunião marcada para segunda-feira (23), na sede do Ministério Público Federal, em Ipatinga, no Vale do Aço, pode abortar a intenção dos índios pataxós, da aldeia Guarani, de ocupar o prédio da Prefeitura de Carmésia em protesto. O encontro com o procurador da República Edmar Gomes Machado está marcado para as 13 horas e terá a presença de lideranças indígenas e de representantes do município e da Polícia Militar. Os índios alegam que repasses feitos pelos governos federal e estadual ao município não seriam investidos na reserva.

A aldeia Guarani é formada por 324 pataxós, divididos em três grupos, em uma área de 3.200 hectares. Eles chegaram ao Vale do Rio Doce há quatro décadas, depois de expulsos da Bahia. Os que não trabalham fora sobrevivem do artesanato.

Cada um dos grupos tem um líder. A aldeia Retirinho é chefiada pela cacique Apinaera Pataxó; a Imbiruçu, pelo cacique Romildo Pataxó; a sede, onde fica a maioria das famílias, pelo cacique Mesaque Pataxó. “Se não respeitarem nossos direitos, vamos ocupar a prefeitura”, avisa o vice-cacique da sede, Alexandre Pataxó, sem revelar a data.

O protesto contra a suposta* falta de investimentos começou a ser articulado na semana passada, quando os moradores da aldeia sede despejaram, na porta da prefeitura, o lixo que teria deixado de ser recolhido pelo serviço de limpeza municipal, por mais de 20 dias, na comunidade. (mais…)

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