Comperj: a tragédia anunciada

A Petrobrás constrói em Itaboraí um complexo petroquímico gigante que, além da petroquímica, inclui duas refinarias. Uma obra que enche de orgulho os brasileiros, retomando o braço petroquímico privatizado por Collor e FHC. A petroquímica é a parte mais lucrativa da indústria do petróleo.

Na obra de construção desse gigante, 14 mil trabalhadores foram contratados, distribuídos em vários consórcios. Centenas desses trabalhadores estão em alojamentos no entorno do Comperj e os outros residem nas redondezas e na Baixada Fluminense.  O grande problema da obra é que esses consórcios tratam os trabalhadores como animais. Exploram e desrespeitam o tempo todo.

A Petrobrás, que deveria tomar a frente e cobrar dos consórcios respeito aos direitos dos trabalhadores, “lava as mãos”. Por isso, afirmamos que a direção da Petrobrás é a principal responsável pelos maus tratos e o desrespeito com os trabalhadores por parte dos consórcios.

Tem empresa que não deposita o FGTS há seis meses. Outras não pagam hora-extra nem adotam o sistema de banco de horas, obrigando os operários a trabalharem além da jornada legal. Muitas delas também não garantem a folga legal para os trabalhadores de outros estados, o que inviabiliza visitarem suas famílias. Os trabalhadores reclamam da comida e do transporte. (mais…)

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Primeiro Atlas do Trabalho Escravo traz ferramenta de prevenção para as empresas

Descobrir o risco de envolvimento com trabalho escravo não é mais como procurar agulha num palheiro. Com o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, lançado ontem (16) pela OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, é possível conhecer a probabilidade do fenômeno em setores da economia e municípios de todo o país. Atividades relacionadas com pecuária ou carvão vegetal, em certas regiões da Amazônia, estão entre os exemplos de risco muito alto de existência de trabalho escravo.

“Apresentamos uma ferramenta com a qual financiadores e empresas, em vez de reagir aos problemas, podem preveni-los, focando onde o risco é maior. Mas é essencial que a ferramenta seja atualizada constantemente”, destaca Roberto Smeraldi, Diretor da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

A informação é do sítio Amazônia.org.br.

Realizado pelos geógrafos da USP Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato e Eduardo Paulon Girardi, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Atlas foi desenvolvido com uma metodologia inédita que caracteriza a distribuição, os fluxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo no país, nas escalas municipal, estadual e regional, utilizando fontes oficiais e consolidadas. (mais…)

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Artistas declaram apoio ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

Além do vídeo divulgado, assinaram abaixo-assinado com apoio ao casamento civil igualitário, entre outros, nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque, Marisa Monte, Alcione, Sônia Braga e Cauã Raymond

Postado há cinco dias, o vídeo de lançamento da campanha pelo casamento igualitário no Brasil já teve mais de 13 mil acessos. O vídeo é o pontapé inicial da conscientização para a proposta de emenda constitucional a ser encaminhada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) à Câmara dos Deputados. O texto prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (mais…)

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Só dois em cada 10 ‘pretos’ no 5º ano de públicas sabem o esperado para a série em que estão

De acordo com Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG, apesar de os números serem ruins, há motivos para comemorar: diferenças entre pardos e brancos tem diminuído

Fonte: UOL Educação

Enquanto quase quatro em cada dez estudantes do 5º ano do ensino fundamental brancos de escolas públicas tiveram desempenho na Prova Brasil 2009 em matemática compatível com a série em que estão, apenas dois em dez dos pretos tiveram o mesmo resultado. Essa é uma das conclusões de um estudo da Fundação Lemann, obtido pelo UOL Educação.

“Pretos” é o termo utilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para se referir a negros. Os outros termos utilizados são “brancos”, “pardos”, “amarelos” e “indígenas”. A pesquisa do instituto tem base autodeclaratória.

Por mais que os resultados dos autodeclarados brancos sejam melhores em todas as séries na qual a prova foi aplicada (5º e 9º anos) e em todas as disciplinas (português e matemática), mais de 60% de todos os alunos, em todas as categorias, não haviam atingido em 2009 o conhecimento adequado para o nível que frequentam. (mais…)

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Alunos ‘mais pobres’ têm o pior desempenho em prova que avalia ensino fundamental público

No geral, independentemente da classe econômica, o resultado é melhor nos anos iniciais do Ensino Fundamental do que nos finais

Fonte: UOL Educação

O grupo de alunos com pior situação econômica teve os piores desempenhos em matemática e português na Prova Brasil de 2009, mostra um cruzamento de dados feito pela Fundação Lemann e fornecido ao UOL Educação. A prova é aplicada a alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e acontece a cada dois anos. Os dados de 2009 são os mais recentes disponíveis.

Segundo Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a proficiência do aluno reflete, ao mesmo tempo, todas as características dele, inclusive as socioeconômicas. Os alunos que têm melhores condições econômicas, diz, têm mais condições de se saírem melhor na escola.

“A proficiência do aluno reflete de forma muito próxima sua característica sociodemográfica. Isto [a diferença nos resultados] é uma prova de que a escola no Brasil não consegue cumprir sua função. Aprendem principalmente os alunos que já trazem de casa as condições adequadas para o aprendizado.” (mais…)

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Indígenas no Brasil – Demandas dos povos e percepções da Opinião Pública

Apresentação

A pesquisa Indígenas no Brasil: Demandas dos povos e percepções da opinião pública mostra um retrato idealizado dos povos indígenas por parte da maioria dos/as brasileiros/as: baixo conhecimento sobre a realidade dos povos indígenas, sobre seus principais problemas e conflitos, sobre seus direitos e ameaças às terras indígenas. Traz ainda as percepções dos índios que vivem nas cidades em relação a temas como intolerância, preconceito e discriminação.

A Fundação Perseu Abramo, em parceria com a fundação alemã Rosa Luxemburg Stiftung, realizou em 2010 e 2011 uma pesquisa sobre indígenas no Brasil, em três módulos: ouviu 52 lideranças indígenas, aferiu a opinião pública nacional, com 2006 entrevistas distribuídas em todo o país, e ainda 400 índios não-aldeados, ou em aldeias em periferias urbanas. O primeiro módulo, qualitativo, será publicado em livro em 2012, o segundo e o terceiro estão sendo divulgados aqui. Para acessar os dados, clique nos títulos dos módulos abaixo.

Módulo II – Survey Nacional 

Módulo III – Não aldeados e aldeados urbanos

http://www.fpabramo.org.br/o-que-fazemos/pesquisas-de-opiniao-publica/pesquisas-realizadas/indigenas-no-brasil-demandas-dos-pov#.T4ydZpfKMJ8.gmail

Enviada por José Carlos.

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Invasão das tilápias pode virar lei

Apelidadas de "oportunistas", tilápias têm alta capacidade de proliferação, compete, e em geral, são melhores sucedidas em ambientes alterados e pobres em recursos alimentares. (foto: Jean Vitule)

Leilane Marinho

O bom pescador sabe que quando se fisga uma tilápia é preciso manuseá-la com cuidado. Num piscar de olhos, esse peixe espinhoso e arisco pode ferir a mão com seu dorsal repleto de espinhos pontiagudos. Apesar de vir da África, trata-se de uma espécie adaptável e rentável para a criação. Prolifera-se rapidamente e é bem-sucedida em ambientes alterados e pobres em recursos alimentares, como os represamentos de hidrelétricas. Compará-la com a produção de peixes nativos é o mesmo que trocar ouro por cascalho. Por isso, preocupa a possível aprovação do Projeto de Lei 5.989/09 do deputado Nelson Meurer (PP-PR), que pretende liberar a criação de peixes exóticos como a tilápia e a carpa em tanques-redes de reservatórios hidrelétricos.  (mais…)

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Assine a Lei de Iniciativa Popular Pelo Desmatamento Zero!

Danicley de Aguiar

As florestas são fundamentais para assegurar o equilíbrio do clima, a conservação da biodiversidade e o sustento de milhões de pessoas que dela dependem diretamente para sobreviver. Florestas também fazem parte da nossa identidade como brasileiros. Elas influenciaram a formação da nossa cultura e nossos mitos. Seu verde está na nossa bandeira e nos nossos corações. Se elas desaparecerem, não seremos mais o Brasil que a gente ama e conhece.

Por isso, lançamos uma campanha para levar uma lei de iniciativa popular ao Congresso, para acabar com o desmatamento no Brasil. A proposta parte do princípio que o único índice tolerável de desmatamento é o zero. Há vários países do mundo que pararam de desmatar suas florestas faz mais de um século. O Brasil pode ser ainda melhor: a primeira nação que se desenvolveu ao mesmo tempo em que soube preservar sua riqueza florestal.

A campanha visa a obter 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros, para que um projeto de lei de iniciativa popular seja levado ao Congresso. Ela tem também o objetivo de gerar um debate sobre o tema na sociedade e aumentar a pressão pela sua aprovação. Só com a mobilização de um grande número de pessoas temos a chance de ter este projeto aprovado.
Faça sua parte. Assine, compartilhe e ajude a salvar o verde do Brasil.

http://redeanaamazonia.blogspot.com.br/2012/04/assinem-lei-de-iniciativa-popular-pelo.html

Enviada por Vania Regina Carvalho.

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17 de abril: Caminhos e descaminhos do julgamento do Massacre de Carajás em 1996

Da Página do MST

O massacre de Eldorado do Carajás teve repercussão ímpar, pelo do número de mortos, pelas circunstâncias das execuções sumárias, e em função do número de policiais envolvidos.

A construção da impunidade teve início minutos após o fim do massacre. Mesmo sabendo da ilegalidade, os policiais removeram todos os corpos da cena do crime e com este ato, impossibilitaram a realização de perícias eficazes para a localização dos autores dos disparos.

Dois promotores de justiça, que insistiam na tese de que era obrigação do Ministério Público do Estado do Pará investigar a responsabilidade do Governador do Estado e do alto escalão no massacre, foram afastados do caso pelo na época Procurador-Geral de Justiça, Manoel Santino do Nascimento. No segundo mandato do Governador Almir Gabriel, Manoel Santino do Nascimento foi Secretário Especial de Governo.

O encarregado do Inquérito Policial Militar, Coronel PM João Paulo Vieira, também isentou Almir Gabriel e toda a cúpula do Governo de qualquer responsabilidade pelo massacre. No segundo mandato do Governador Almir Gabriel, o Coronel João Paulo Vieira foi nomeado Chefe da Casa Militar.

O inquérito policial instaurado por determinação do Superior Tribunal de Justiça para apurar a responsabilidade do Governador Almir Gabriel foi arquivado a pedido da Procuradoria Geral da República. Mesmo tendo sido afastadas pessoas com envolvimento importante no massacre, em função da intensa pressão do MST e da sociedade, conseguiu-se que pelos menos os policiais militares diretamente envolvidos com as execuções sumárias e lesões fossem processados judicialmente. (mais…)

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