Paulo Peixoto
Belo Horizonte – Após o governo de Minas revelar que 83 das 729 barragens de contenção de rejeitos minerais e de resíduos industriais do Estado representam ameaça ao ambiente, o Ministério Público Federal entrou na Justiça com 55 ações civis públicas para forçar as empresas a apresentar planos de ações corretivas.
A Procuradoria quer evitar acidentes como o de Miraí (zona da mata), em 10 de janeiro de 2007, quando dois bilhões de litros de lama vazaram da barragem São Francisco e atingiram três cidades de Minas e quatro do Rio. O acidente afetou o fornecimento de água de 100 mil pessoas e deixou 30% das famílias de Miraí desalojadas.
Para a procuradora Zani Cajueiro, “não é possível mais contemporizar. É preciso inverter a lógica perversa que existe no Brasil de só tomar providências depois que o prejuízo acontece”. As empresas que não apresentarem os laudos e relatórios técnicos sobre a situação das barragens estão sujeitas a denúncia por crime ambiental. O prazo é de 90 dias. (mais…)