Racismo no Carrefour: “Negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!”

Enfermeira afirma ter sofrido ofensas raciais depois de tentar trocar um aparelho telefônico com defeito

Jorge Américo, da Radioagência NP

A enfermeira Sonia Maria Lofredo abriu representação criminal contra o Carrefour, nesta terça-feira (06). Ela afirma ter sofrido ofensas raciais depois de tentar trocar um aparelho telefônico com defeito. O fato ocorreu na loja que funciona no Shopping Eldorado, na cidade de São Paulo.

Por ter o pedido negado, a enfermeira atirou o aparelho contra o chão e se retirou. Ela relata que o gesto fez a vendedora dizer “a nega está maluca”. Ao perceber a ofensa, Sonia retornou e espalhou no ar os panfletos de publicidade da loja. Um dos agentes de segurança se aproximou e deu início aos constrangimentos.

“Ele falava baixo, tomando cuidado para que os outros não ouvissem: ‘sua negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!’ E dava socos no ar, que passavam a milímetros do meu rosto. Aí, eu peguei o meu filho, subi as escadas rolantes e fui seguida por seguranças por três lances de escada até que eles me obrigaram a ir para uma salinha.”

Sonia estava acompanhada pelos filhos de 10 e 12 anos e um amigo das crianças, e teve de esperar na salinha até a chegada da Polícia. Como se recusou a entrar na viatura com os menores, foi escoltada até em casa e de lá seguiu para a delegacia sob a acusação de ter agredido uma funcionária. (mais…)

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3ª Marcha Pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia acontece amanhã (8) na Paraíba

No dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8), mais de 1.500 agricultoras da região da Borborema se encontrarão no município de Esperança (PB) para denunciar as desigualdades sociais e a violência contra mulher, mas também marcharão pela luta por direitos e por relações mais justas na agricultura.

A marcha é organizada pelo Polo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema, um fórum de sindicatos e organizações da agricultura familiar que articula 15 municípios e mais de 5 mil famílias do Agreste da Borborema, com a assessoria da AS-PTA Agroecologia e Agricultura Familiar.

O ato terá início às 9h, em frente à sede do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Esperança, nas praça Getúlio Vargas, com a apresentação da peça A vida de Margarida – parte II, encenada pelo Grupo de Teatro do Polo da Borborema.

Após a peça, as agricultoras sairão em marcha até a praça da Cultura onde se realizará uma grande feira de exposição de experiências e produtos frutos do trabalho das mulheres. A feira, aberta ao público, será um espaço de visibilidade da contribuição técnica, social, econômica e política das agricultoras. (mais…)

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Mulheres do Semiárido mineiro se articulam em luta

Foto: Bi Antunes

Helen Borborema – comunicadora popular da ASA

As organizações sociais do Semiárido mineiro estão se preparando  com ânimo e força para a celebração das lutas das mulheres, em comemoração ao 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Diversas iniciativas estão sendo planejadas para a realização nesse mês de março.

Uma das ações que promete parar as ruas do município de Taiobeiras, na microrregião do Alto Rio Pardo, é a III Marcha de Mulheres do Norte de Minas. Estão sendo esperadas mais de 2 mil mulheres, de cerca de 33 municípios, marchando por justiça, liberdade e igualdade. A marcha acontecerá no próximo dia 17 e é realizada pela Associação do Coletivo de Mulheres do Norte de Minas.

Já em Montes Claros, considerada a capital norte-mineira, a Arquidiocese junto com as Pastorais sociais e demais organizações sociais e entidades populares, estão preparando a Semana da Mulher. Durante as celebrações da semana, que iniciou no último dia 05, ocorrem blitzes educativas nas ruas da cidade, místicas, panfletagem, entrega da carta para o legislativo sobre a situação das mulheres no município, palestras, debates e demais atividades que vão até o dia 10, onde haverá o encerramento com a II Marcha das Mulheres de Montes Claros pelas ruas do município. (mais…)

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Câmara adia para a próxima semana votação do Código Florestal

Por: Iolando Lourenço, Agência Brasil

A votação do Código Florestal, que estava prevista para ontem (6), na Câmara dos Deputados, foi adiada para a próxima terça-feira (13). A decisão foi tomada durante reunião dos líderes da base aliada. Segundo o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a votação foi adiada para que o relator, Paulo Piau (PMDB-MG), conclua seu parecer, o que deve ocorrer até hoje. Vaccarezza informou que amanhã se reunirá novamente com os líderes e o relator Paulo Piau para discutir o texto. Ele disse acreditar que, com mais uma semana de discussão, será possível fechar um acordo mais amplo, que viabilize a votação com tranquilidade.

Para Vaccarezza, o atual texto do código é o melhor possível e será defendido pela base governista. Apesar disso, ele admite que o trecho do projeto que determina a reserva de pelo menos 20 metros quadrados (m²) de área verde por habitante nas expansões das cidades ainda deverá causar polêmica. É provável que esse artigo seja suprimido do substitutivo enviado pelo Senado.

O texto do Código Florestal começou a tramitar no Congresso há mais de dez anos pela Câmara dos Deputados. Após ser aprovado na Casa em maio do ano passado, foi encaminhado ao Senado. Lá, a matéria recebeu substitutivo do senador Jorge Viana (PT-AC) e retornou à Câmara para revisão. (mais…)

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TJRS manda retirar símbolos religiosos dos prédios da Justiça gaúcha

Da Agência Brasil

Brasília – O Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou, em decisão unânime, a retirada de crucifixos e demais símbolos religiosos dos espaços públicos dos prédios do Poder Judiciário gaúcho. A decisão, determinada ontem (6), acatou pedido de diversas entidades de defesa da igualdade de direitos, em especial em relação às questões de gênero, como as organizações não governamentais (ONGs) Liga Brasileira de Lésbicas, Rede Feminista de Saúde, Somos, Nuances, Marcha Mundial das Mulheres e Themis.

O desembargador Cláudio Baldino Maciel, relator do processo, defendeu, em seu voto, que julgamentos feitos em uma sala de tribunal “sob um expressivo símbolo de uma igreja ou de sua doutrina” não parece a melhor forma de mostrar “um Estado-juiz equidistante dos valores em conflito”.

E garantiu que não se trata de defender uma posição ateísta. “Trata-se da garantia da liberdade religiosa de todos, inclusive dos não crentes”, disse o magistrado. “O cidadão judeu, o muçulmano, o ateu, ou seja, o não cristão, é tão brasileiro e detentor de direitos quanto os cristãos”, acrescentou.

O desembargador disse ainda que não há lei que preveja ou disponha sobre a presença de símbolos religiosos em espaços do Judiciário abertos ao público, mas que a Constituição, implicitamente, veda essa exposição. (mais…)

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Na véspera do 8 de março, a homenagem anônima a uma mulher especial: Irmã Maria Emília

Em 27 de dezembro último faleceu a Irmã Maria Emília Guerra Ferreira, uma personagem singular na luta pelos direitos humanos das maiorias empobrecidas e excluídas em nosso país. Ao longo dos últimos 40 anos, atuou em diferentes frentes e causas. Entre os anos 1970 e 80 erradicou-se em comunidades eclesiais de base na região Nordeste do país levando seu trabalho transformador, fortemente ancorado no movimento da Teologia da Libertação, às populações lá instaladas, afetadas pela seca, pela fome e pelo abandono do Estado. Em São Paulo manteve, até sua morte, uma atuação permanente junto à população de rua, mas foi o trabalho qualificado e incansável que empreendeu com presas e presos no sistema carcerário paulista a partir dos anos 80, o que levou Maria Emília às lutas mais árduas em sua jornada, marcando de modo significativo a história contemporânea das prisões em São Paulo.

Sua primeira inserção no sistema carcerário foi no ano de 1985, levada pelas mãos do Padre Macedo, representante da Pastoral Carcerária à época, passando a atuar durante muitos anos como voluntária na Casa de Detenção do Carandiru, tempo em que vivenciou um dos maiores extermínios cometidos pelo Estado brasileiro pós- redemocratização: o Massacre do Carandiru, em 1992. Como resultado de anos de atuação e reflexão junto a esse universo, Maria Emília publicou, em 1996, o livro A produção da Esperança numa situação de opressão: Casa de Detenção de São Paulo, fruto de sua dissertação de mestrado na PUC/SP, obra de importância ímpar para a memória do sistema prisional brasileiro, e que se encontra hoje esgotado. (mais…)

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URGENTE: “Instalar imediatamente a Comissão da Verdade. Punir os militares que afrontam a democracia”

Testemunhamos nos últimos dias, entre militares da reserva, o ressurgir de vozes lúgubres, de oposição à criação e ao funcionamento da Comissão Nacional da Verdade.

As manobras dos indivíduos que buscam calar o direito à Memória, à Verdade e à Justiça tentam, por um lado, golpear a democracia, atingir e desmoralizar o governo federal e suas autoridades; por outro lado, envolver as Forças Armadas dos dias de hoje na defesa dos crimes cometidos, há décadas, pela Ditadura Militar, e implicá-las na defesa de militares e civis que foram os executores desses crimes.

O chamado “Manifesto à Nação” assinado por militares da reserva, entre os quais conhecidos torturadores, é uma enorme afronta ao governo federal legitimamente eleito e aos Poderes da República, e seus ataques à Comissão Nacional da Verdade são inadmissíveis.

Externamos nosso integral apoio à decisão da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Defesa, Celso Amorim, de punir esses autores de crimes de desacato, e reiteramos a necessidade da instalação imediata da Comissão Nacional da Verdade, único instrumento capaz de investigar, conhecer e divulgar a verdade sobre as graves violações de direitos humanos praticadas pelos órgãos de repressão da Ditadura Militar, e a sanção de seus autores, nos termos da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Supremo Tribunal Federal quanto aos crimes permanentes. (mais…)

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Testemunhas do Araguaia sofrem ameaças de morte, diz juíza

João Carlos Magalhães / Lucas Ferraz – de Brasília

Testemunhas da guerrilha do Araguaia (1972-1975) e ouvidores do grupo governamental que busca corpos do conflito vêm sendo ameaçados de morte, segundo relatou a juíza Solange Salgado, responsável pelo caso. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as ameaças.

“Essa questão do Araguaia está ficando muito preocupante, as ameaças são recorrentes, há indícios concretos”, disse a juíza à Folha.

Ela é responsável pela sentença que condenou a União em 2003 a buscar as ossadas dos militantes assassinados na região da Amazônia, o que vem sendo feito pelo grupo de trabalho composto por familiares de guerrilheiros, membros do governo e do Exército.

Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos condenou o Brasil a identificar e punir os responsáveis pelas mortes.

Organizado pelo PC do B, o conflito foi o maior foco da luta armada contra a ditadura. Cerca de 70 dos guerrilheiros foram mortos. Só dois corpos foram identificados até hoje. (mais…)

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Campanha pela Memória e pela Verdade, da OAB/RJ, com diversos artistas

Campanha pela Memória e pela Verdade, da OAB/RJ com apoio da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, pela abertura dos arquivos da ditadura militar.

Eliane Giardini interpreta Ana Rosa Kucinski; Fernanda Montenegro interpreta Sonia Angel; José Mayer interpreta David Capistrano; Osmar Prado interpreta Maurício Grabois; Mauro Mendonça interpreta Fernando Santa Cruz; e Gloria Pires interpreta Heleni Guariba.

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Ministério da Defesa vai rever acesso aos documentos da ditadura

Defesa determina reavaliação de documentos da ditadura militar

O Ministério da Defesa anunciou que vai rever o acesso aos documentos da ditadura militar. A medida, que vai reclassificar e promover o maior acesso aos documentos pela sociedade, atende à nova Lei de Acesso à Informação,  faz parte de um projeto criado pela SIC (Serviço de Informação ao Cidadão) e deve facilitar asa investigações da Comissão da Verdade.

Segundo determinação do ministro da Defesa, Celso Amorim, as instituições militares devem fazer o levantamento de documentos e informações mantidas em arquivos próprios que podem ser ter novas classificações de sigilo. De acordo com reportagem de O Globo, Amorim ordenou a criação de SICs na sede do ministério e nos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, na Escola Superior de Guerra (ESG) e no Hospital das Forças Armadas (HFA).

Portaria que criou o serviço teve as linhas gerais divulgadas nesta segunda-feira, 5, no Diário Oficial da União. Pelas normas, o ministério deve prover acesso à informações de interesse público mesmo que não exista um pedido específico e a organização do conteúdo no site da Defesa. As regras fixam 6 de abril  como prazo máximo para inauguração dos serviços. A lei foi sancionada por Dilma em novembro de 2011 e as novas regras passam a valer a partir de 18 de maio.

Enviada por José Carlos.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ministerio-vai-rever-acesso-aos-documentos-da-ditadura

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