Tarianas do AM são primeiras enfermeiras indígenas

Enfermeiras optaram por trabalhar no Alto Rio Negro, onde vivem os tarianos (Florêncio Mesquita)

Formadas na UEA, indígenas inovaram ao retornar às aldeias de origem, no Alto Rio Negro, para tratar dos “parentes”

“Quando eles dizem que está doendo o coração, na verdade, estão se referindo ao estômago. Quando é dor no coração mesmo, eles apontam o peito”. É assim, com a propriedade de quem tem conhecimento sobre a língua e a cultura de seu povo, que a recém-formada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maria Rosineite Feitoza, 39, quer dar sua contribuição ao atendimento à saúde indígena na região do Alto Rio Negro. (mais…)

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O trabalhador é importante. Mas abraçar o bichinho fofinho é mais fácil

Leonardo Sakamoto

Os empreendimentos que não conseguem garantir dignidade e direitos básicos aos seus empregados, mesmo que cumpram todas as normais ambientais, não podem ser considerados responsáveis. Que dirá sustentáveis. Ou seja, não adianta nada uma empresa vender-se como a Madre Tereza do Meio Ambiente se ela trata as pessoas que trabalham para ela como lixo. Se bem que acreditar em alguém que se intitula a Madre Tereza de alguma coisa é, no mínimo, ingenuidade.

E olha, tá cheio por aí. Empresas oferecem opções de revoluções cosméticas para todos os gostos de revolucionários de final de semana. O que é ótimo para expiar essa culpa cristã que nos atormenta desde sempre. Até porque, se “a cada real gasto em compras, um bichinho será abraçado na Amazônia”, eu fiz minha parte.

Vamos chegando perto da Rio+20 e palavras e expressões novas começam a surgir nas propagandas, releases e relatórios empresarias. “Emprego verde” é uma delas. (mais…)

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Quilombolas se reúnem em Brasília para I Seminário de Ater Quilombola

A Seppir é parceira da atividade, que tem como objetivo discutir o documento base da 1° Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária

Cerca de 50 lideranças quilombolas nacionais, além de técnicos das empresas estaduais de assistência técnica rural, participarão do 1° Seminário Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para Quilombolas, que será promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) entre os dias 12 e 14 de março. O evento acontecerá no Centro de Convenções Israel Pinheiro e integra a agenda de mobilização para a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER).

De acordo com o diretor para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, o seminário tem como objetivo central discutir o documento base da 1° CNATER, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), vinculado ao MDA. “Será feito um debate a partir dos eixos que estão colocados neste documento para formular e propor diretrizes nacionais para as políticas públicas de assistência técnica e extensão rural”, afirmou.

Cerqueira explica que, diferentemente das conferências regionais de Ater, o encontro temático não elegerá delegado ou representante para a CNATER, mas é uma atividade preparatória que busca ampliar a participação e aprofundar o processo de discussão da Política Nacional de Ater (PNATER) para os quilombolas, considerando suas especificidades étnicas, culturais e territoriais. “A Ater para as comunidades quilombolas tem um papel importante e de destaque na medida em que há uma integração entre os agentes que prestam esse serviço e as famílias e comunidades que estão sendo contempladas”, destacou o diretor. (mais…)

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Número de infratores em centros socioeducativos supera em 48,7% a quantidade de vagas

Em cidades sem local de internação, polícia aponta alta na violência

Mateus Parreiras

A falta de centros socioeducativos para menores infratores no Sul de Minas e no Vale do Aço e a permanência de jovens suspeitos de homicídios, roubos à mão armada e estupros nas ruas têm reflexo direto no aumento da violência em cidades como Varginha, Lavras, Passos, Conselheiro Lafaiete e Coronel Fabriciano. A avaliação é de autoridades policiais desses municípios, todos com mais de 100 mil habitantes. Números oficiais sobre a ocupação nesses centros dão uma dimensão do problema. Menores de 18 anos autores de atos infracionais graves só podem ser recolhidos a esse tipo de estabelecimento, mas as 22 instituições do estado e as 1.255 vagas ofertadas não são suficientes para absorver a demanda. Hoje, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), 1.867 crianças e adolescentes cumprem medidas socioeducativas nesses locais, 48,7% acima da capacidade implantada em Minas. (mais…)

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Mineração pode devastar paisagem que emoldura os profetas de Aleijadinho em Congonhas

Conheça os argumentos de quem defende a preservação e de quem quer a exploração

Daniel Camargos

Congonhas (MG) – Joel, um dos 12 profetas esculpidos por Aleijadinho, é testemunha imóvel da exploração que minou grande parte da Serra da Casa de Pedra. Afixado no lado esquerdo do adro da Basílica de Bom Jesus do Matosinhos, é o único dos profetas que olha fixamente para a serra, com o olhar direto no Morro do Engenho. No pergaminho esculpido pelo mestre do barroco nas mãos de Joel está escrito, em latim, uma de suas profecias, aquela que prevê as pragas que devastarão a Terra: “Exponho à Judeia que mal hão de trazer à terra a lagarta, o gafanhoto, o besouro e a ferrugem”.

O que devastou a serra e ameaça o morro não são a lagarta, nem o gafanhoto e muito menos o besouro. Mas tem a ver com a ferrugem, ou melhor, com o que a origina: o ferro. O minério cobiçado pela CSN, que quer quadruplicar o volume explorado na região – passando dos atuais 25 milhões de toneladas ao ano para 100 milhões de toneladas –, é visto pelos seus defensores como a vocação da cidade e uma “galinha dos ovos de ouro”. “Seria muito mais cômodo, agora que vou deixar o governo, depois de oito anos, ter uma postura demagógica e defender a serra e a água. Mas tenho uma responsabilidade enorme com o futuro da cidade”, entende o prefeito de Congonhas, Anderson Cabido (PT). (mais…)

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Peraí, é nosso direito!

A ABRANDH – Ação Brasileira para a Nutrição e Direitos Humanos, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação – FAO, apresenta este vídeo dirigido por Renato Barbieri e produzido pela Videografia.

Este filme trata da história de duas comunidades que se organizaram para lutar por seus direitos. Entre 2004 e 2006, a Abrandh, com o apoio da FA, desenvolveu dois projetos-piloto junto às comunidades de Sururu de Capote (Maceió-AL) e Vila Santo Afonso (Teresina-PI). O objetivo foi contribuir com o apoderamento das comunidades e apoiar ações para exigir e monitorar a realização de seus Direitos Humanos, em especial o Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA. (mais…)

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Carta Aberta ao estado da Paraíba em defesa dos direitos das crianças e adolescentes – João Pessoa, 13 de março de 2012

O ESTADO DA PARAÍBA NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA:

A MILITARIZAÇÃO DO CENTRO EDUCACIONAL DO JOVEM

Ao mesmo tempo em que o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA consegue a aprovação no Congresso Nacional do Sistema Nacional – SINASE, Lei 12.594 de 01/02/2012 que trata da política pública para o adolescente autor de ato infracional, o Estado da Paraíba, na contramão da história, da construção do Estado Democrático de Direito e da Política da Infância e Juventude do país, nomeia um Militar para direção do Centro Educacional do Jovem – CEJ.

A decisão da Presidente da FUNDAC nos remete ao período do Código de Menores, quando as crianças e adolescentes das classes populares eram caso de polícia, e quando as políticas públicas eram pautadas na situação irregular.

A Constituição Federal de 1988 dá a todas as crianças e adolescentes o status de sujeitos de direitos. A ordem constitucional manda que as crianças e adolescentes sejam tratadas com respeito e com prioridade absoluta nas políticas públicas.

Em 1990, regulamentando o artigo 227 da Constituição Federal, o Congresso aprovou o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 9069. O Estatuto é categórico ao tratar do atendimento do adolescente autor de ato infracional. As medidas sócio-educativas devem ser executadas por profissionais da educação, da assistência social, da saúde, do esporte, da cultura, do trabalho. (mais…)

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