Assassinato de Valmir Keno por grupo armado da Syngenta completa quatro anos

Da Página do MST

Nesta sexta-feira (21/10), completa quatro anos que grupo armado contratado pela empresa transnacional de sementes transgênicas Syngenta Seeds atacou trabalhadores e trabalhadoras rurais da Via Campesina.

O ato de violência do agronegócio aconteceu na antiga fazenda da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná, onde eram realizadas experiências ilegais com transgênicos e agrotóxicos na zona de amortecimento do Parque Nacional Iguaçu.

A Syngenta utilizava serviços de um grupo armado, que agia sob a fachada da empresa NF Segurança, em conjunto com a Sociedade Rural da Região Oeste (SRO) e o Movimento dos Produtores Rurais (MPR), entidades ligadas aos ruralistas da região.

A ação ilegal de despejo dos trabalhadores terminou com a morte de Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno. A militante Isabel Cardin perdeu a visão, entre outros trabalhadores rurais que ficaram feridos.

Histórico de violência

O assassinato do trabalhador é mais um caso de violência cometida pelo agronegócio e o latifundiário contra camponeses e camponesas: Tião Camargo, Camargo Filho, Eli Dallemole, Elias Gonçalves Meura, Vanderlei das Neves, Teixeirinha, Sétimo Garibaldi, Antonio Tavares, Eduardo Anghinoni, entre outros que perderam sua vida na luta pela reforma agrária.

Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostram que entre 1998 e 2009, no Paraná, houve o assassinato de 19 trabalhadores rurais sem-terra.

http://www.mst.org.br/node/12597

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