Cerca de 150 agricultores e agricultoras das regiões da Borborema e do Cariri, na Paraíba, se reuniram para se mobilizar contra o uso de agrotóxicos e pela promoção da agroecologia.
Também participaram estudantes, pesquisadores de 15 diferentes municípios, além de representantes do governo do estado. As informações sobre a atividade, realizada na última sexta-feira (7), são da Assessoria e Serviços a Projetos para Agricultura Alternativa (ASPTA).
Nelson Anacleto, do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca, falou sobre a experiência negativa com o uso de agrotóxicos. Ele contou que na juventude chegou a mexer com baldes de veneno e disse que até hoje sente as consequências disso na saúde.
Já o agricultor José de Assis, do município de Esperança, levou para o encontro batatas agroecológicas que pesam mais de 120g cada produzidas na sua propriedade. Ele explicou que a intenção foi “mostrar que o alimento sem veneno pode ter qualidade”.
O documentário “O veneno está na mesa”, de Sílvio Tendler, foi exibido durante o evento. Também houve espaço para o lançamento no estado do livro Agrotóxicos no Brasil – um guia para ação em defesa da vida, de Flávia Londres.
A agricultora Anaide de Lima, do município de Casserengue, resumiu o espírito dos participantes do evento na Paraíba dizendo que “o pior veneno é a falta de informação”. Ela ressaltou a necessidade de “ união para construir o conhecimento” no combate aos agrotóxicos. (pulsar)
http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=8179.