Abaixo-assinado: Manifesto dos Povos Indígenas Kaiabi, Munduruku e Apiaká sobre os Aproveitamentos Hidrelétricos Teles Pires, São Manoel e Foz dos Apiacás

Para: Presidente da República Federativa do Brasil; FUNAI; MPF; MPE; Ministério de Minas e Energia; Ministério da Justiça

Nós lideranças e representantes indígenas reunidos na Aldeia Kururuzinho, entre os dias 21 e 22 de setembro de 2011, vimos através deste manifestar nossa indignação em relação aos Aproveitamentos Hidrelétricos pensados pelo governos Lula e seguido pela sua sucessora a Presidenta Dilma, previstos para serem construídos no Rio Teles Pires.

Nós que vivemos dos recursos naturais dessa região por gerações e gerações sabemos muito bem os graves problemas que essas hidrelétricas irão causar quando alterarem as condições naturais do rio, da floresta, dos animais, dos peixes e dos espíritos que habitam nesse local. Aldeias antigas e cemitérios dos nossos antepassados serão destruídos e inundados. Nossos velhos e pajés sempre nos aconselham a respeitar nossa natureza e falam sobre a importância de preservarmos nossa história e nossos recursos.

Mesmo sabendo de tudo isso, as lideranças Kayabi e Apiacá aceitaram a realização dos estudos do componente indígena para que pudéssemos ter maiores esclarecimentos técnicos sobre os impactos desses empreendimentos.  (mais…)

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Depois de protestos de índios e demissões de ministros, Morales enfrenta greve geral na Bolívia

Renata Giraldi*, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Bolívia, Evo Morales, enfrenta hoje (28) um dia de greve geral envolvendo várias categorias profissionais. A paralisação foi convocada pela Central Obreira Boliviana, a maior entidade sindical do país, em protesto contra a forma como o governo atuou na repressão às manifestações dos indígenas que se opõem à construção de estrada na região de San Ignacio de Moxos (Beni) e Villa Tunari (Cochabamba).

A construção da estrada levou não só a protestos contra Morales e à suspensão das obras, como também à renúncia de dois ministros – da Defesa e do Governo (equivalente à Casa Civil no Brasil). Ontem (27), o presidente empossou os substitutos dos demissionários. Os novos ministros da Defesa, Ruben Soto Saavedra, e de Governo, Wilfredo Chávez, prestaram jutamento de lealdade e compromisso.

Bruno Apaza, da Central Obreira Boliviana, rechaçou as ações do governo e disse que os sindicatos aguardam uma resposta sobre as denúncias de agressões e desaparecimentos ocorridos no último domingo (25), quando houve o protesto dos indígenas. (mais…)

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MS – Índios reclamam de tremores de explosão em pedreira

Indígenas que moram na parte alta da aldeia Jaguapiru em Dourados reclamam das explosões e poeira causados por uma pedreira, na divisa com as terras dos índios.

A indígena guarani Floriza Souza Silva diz que o problema é crítico porque as explosões ocorrem de repente. “Não tem um dia específico, mas sempre é por volta das 18h, uma vez ao mês. Do nada acontece aquela explosão ensurdecedora e a terra começa a tremer”, disse ela.

O marido de Floriza, cacique Jorge da Silva, atribui à pedreira a queda da casa de reza. Construída com vigas de bambu e coberta (telhado e parede) com sapê, a casa está ao chão. “A sustentação de bambu foi ficando frouxo até chegar no ponto de não resistir mais”, contou. (mais…)

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Repórter Brasil avalia as relações entre Código Florestal e Agricultura Familiar

Verena Glass, Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis/Repórter Brasil

Além de suscitar debates acalorados entre ambientalistas e ruralistas nos últimos dois anos, a proposta de mudanças no Código Florestal acabou também no centro da pauta das organizações e movimentos da agricultura familiar, depois que o setor foi citado insistentemente pela bancada ruralista nos argumentos pela suposta necessidade de flexibilização das leis ambientais.

Empurrada, assim, para o centro dos debates, a agricultura familiar internamente também adotou posicionamentos distintos, com parcela das organizações mais próximas ao discurso ambientalista, e outras mais aliadas às propostas de mudanças na legislação vigente.

Grosso modo, os debates sobre o Código Florestal também evidenciaram duas propostas distintas de modelo para a produção familiar: por um lado, a defesa de práticas agroecológicas, policultivos, sistemas agroflorestais e utilização sustentável e integrada dos recursos naturais, e por outro uma agricultura mais tecnificada e integrada ao mercado de commodities. (mais…)

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MDA e Conatrae firmam acordo de cooperação para prevenção e enfrentamento ao trabalho escravo no país

Por Roberta Lopes, Agência Brasil

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) da Secretaria de Direitos Humanos assinaram, no dia 26/9, um acordo de cooperação para prevenção e enfrentamento ao trabalho escravo no país. O documento prevê ações conjuntas de enfrentamento à prática. O alerta à população do campo sobre o aliciamento e as formas de trabalho escravo por meio de materiais informativos e capacitação de técnicos está entre essas medidas.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, técnicos do ministério que trabalham com as populações do campo serão treinados para orientar as pessoas sobre o trabalho escravo.

“Vamos produzir os materiais com o conteúdo da comissão e vamos divulgar a legislação, os procedimentos e os caminhos pelos quais se pode denunciar. Vamos também, por sugestão da ministra, fazer um processo de ressocialização daquelas pessoas que foram submetidas à escravidão.” (mais…)

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Mineração em Carajás: interdição de estrada continua

Protesto de trabalhadores(as) rurais da Colônia Marajuara, município de Rio Maria, no sul do Pará.
Famílias de trabalhadores(as) rurais da Colônia Marajuara, município de Rio Maria, no sul do Pará, continuam acampados na estrada conhecida como vicinal Babaçu. O acampamento iniciou dia 22 deste mês com o objetivo de paralisar o tráfego de veículos das mineradoras Reinarda Mineração Ltda e Mineração Floresta do Araguaia, e que elas venham a atender as exigências das famílias.

Representantes das mineradoras já estiveram no local, conversaram com a comissão representativa das famílias, mas não concordaram em atender suas exigências. Apresentaram propostas de abertura de poços artesianos e de molhar a estrada com carros pipas, mas a comissão rejeitou, porque esta proposta já foi feita no ano de 2009 e não foi cumprida, e o que as famílias querem mesmo é o asfaltamento da estrada, porque só assim o problema será resolvido.

As famílias aguardam a chegada do dono da empresa Mineração Floresta do Araguaia, que está vindo de Belo Horizonte, para uma possível negociação. (mais…)

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