“Para que não se possa esquecer… e nem desistir!”

O título deste post é a frase final de uma mensagem que diz: “Neste 11 de setembro, compartilho o último discurso de Salvador Allende, junto a um mini-documentário. Onze diretores foram convidados para fazer um filme sobre a queda das torres gêmeas. Essa é a brilhante contribuição de Ken Loach, que traça um paralelo com um outro 11 de setembro, menos lembrado, mas não menos importante“.

Os dois documentos vão a seguir, mas o mais importante é o fato de eles terem sido enviados por uma estudante de Direito de apenas 19 anos. Acho que vale guardarmos seu nome: Antônia Gay. Em meio à lavagem cerebral, há vida e compromisso crescendo e se apresentando! TP.

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Audiência pública da TKCSA será dia 15, às 10 horas, em Santa Cruz

No dia 15 de setembro, quinta-feira, às 10h00, a SEA e o INEA realizarão uma audiência pública com o objetivo de legitimar a concessão da licença de operação para a TKCSA. Se pretendemos impedir essa licença, esse é o momento!

A audiência será às 10 horas, no Colégio Maria Helena Alves Portilho, na Reta João XXIII, em Santa Cruz.

Os problemas relacionados à TKCSA ganharam algum espaço na mídia, mas a poluição em Santa Cruz permanece a mesma, os moradores do entorno do empreendimento continuam adoecendo e os pescadores artesanais vêm enfrentando dias cada vez mais difíceis. Mesmo assim, a SEA–Secretaria Estadual do Ambiente e o INEA–Instituto Estadual do Ambiente planejam liberar a licença definitiva de operação para a TKCSA mediante a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Existem muitos exemplos de como os TACs funcionam, normalmente justificam a liberação das licenças, mas na prática não mudam em nada a forma de atuação da empresa. É tudo o que a empresa quer!

Exigimos que os moradores e pescadores artesanais sejam compensados por todos os danos causados pela Usina até hoje e que os impactos socioeconômicos e ambientais da TKCSA sejam seriamente mensurados.

NÃO AO TAC E À LICENÇA DE OPERAÇÃO DA TKCSA!

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Índio é morto com tiro no pescoço em Mateus Leme

Paulino Bagordakis de 49 anos havia acabado de desembarcar de um ônibus, acompanhado de um amiga, quando foi abordado por um motoqueiro

Jaqueline da Mata – Do Hoje em Dia

Um índio de 49 anos foi morto com um tiro no pescoço, na  noite de sábado (10) em Mateus Leme, na Região Central de Minas.  De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima, Paulino Bagordakis havia acabado de desembarcar de um ônibus, acompanhado pela amiga Maria Bernadete, quando foi abordado por um motoqueiro, na Rua Juscelino Kubitschek.

O suspeito, que usava um capacete rosa, teria dito “é você mesmo que eu estava procurando” e atirado em seguida. O disparo acertou o pescoço de Paulino e o motoqueiro fugiu levando a bolsa que estava com ele. (mais…)

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Congonhas respira poeira

congonhas
A nuvem de poeira marrom encobre o céu de Congonhas, na Região Central de Minas

Em um ano, a quantidade de poeira retirada na varrição das ruas aumentou em 50%

Renato Fonseca – Do Hoje em Dia

Ela está em todo lugar. Provocada pelo homem e levada pelo vento, a poeira da mineração tinge de marrom os 12 profetas de Aleijadinho, encarde a roupa dos estudantes, deixa casas imundas, lota unidades de saúde e dá prejuízo aos comerciantes. Congonhas, na Região Central de Minas, respira pó de minério e transpira problemas.

Mais de um século de contínua extração mineral a céu aberto resultou em enormes buracos nas montanhas e milhares de partículas tóxicas dispersadas no ar, diariamente. Em apenas um ano, a quantidade de poeira retirada mensalmente na varrição das ruas da cidade aumentou em 50%. (mais…)

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Trocando mitos por história. Entrevista com Eric Hobsbawm

O ataque às torres gêmeas do World Trade Center, há exatos dez anos, num atentado que não só amputou a paisagem de Nova York, mas acima de tudo tirou a vida de milhares de pessoas, acordando o mundo para tensões inauditas, foi a mais completa experiência de uma catástrofe de que se tem notícia, afirma com convicção o historiador britânico Eric Hobsbawm. “Porque foi vista em cada aparelho de TV, nos dois hemisférios”, justifica em seguida. Mas, quando ele coloca a mesma catástrofe no plano maior da história das civilizações, daí faz com que afirmação superlativa submeta-se a outras associações de ideias, que nos convidam a pensar. E pensar muito.

Aos 94 anos, Eric John Ernest Hobsbawm mais uma vez dá provas de que o caminhar da humanidade se faz com passos que medem séculos e a melhor unidade da história, no seu jeito de ver o mundo, é a “era”, e não os dias, os anos, nem mesmo as décadas. Aqui mesmo, nestas páginas, ele nos contará por que acha que já entramos na “era do declínio americano”, sem em nenhum momento subestimar o país que por muito tempo ainda exportará seu formidável “soft power” – o cinema, a música, a literatura, a moda, os estilos de vida, enfim, todo um aparato cultural.

Hobsbawm concedeu esta entrevista dias atrás, de regresso a Londres depois do descanso de verão. Respondeu por escrito ao conjunto de perguntas. Ao construir as respostas, vê-se como selecionou os exemplos que melhor ilustram seu raciocínio, sempre com invejável disposição intelectual. Ao final do questionário, e depois de revelar até os projetos que gostaria de desenvolver “se fosse mais jovem”, terminou a entrevista com a seguinte afirmação: “Isso é tudo o que eu quero dizer”. (mais…)

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Com cabeça à prêmio, Raimundo Belmiro responsabiliza Belo Monte por ameaça de morte

Por Xingu Vivo

O seringueiro Raimundo Belmiro responsabiliza a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte pela ameaça de morte que vem recebendo de madeireiros que invadiram a reserva Riozinho do Anfrisio, onde mora . “Eu sou ameaçado. Meu tio Herculano é ameaçado. Uma hora eles [os pistoleiros] chegam até onde nós estamos… Você sabe. E tudo isso aí vem por conta da construção de Belo Monte”.

Principal liderança extrativista da região, Raimundo avalia que o governo não está fazendo nada para proteger os defensores da floresta do madeiramento ilegal.

“Eu já havia dito ao governo que a construção de Belo Monte traria muitos impactos”, recorda Belmiro. “Aí eles falaram pra mim: a água não vai afetar a Resex”. “Eu não estou falando de água”, respondeu ao governo. Raimundo se referia às invasões e às ameaças que aconteceriam dentro da Resex – e se tornaram realidade.

“Eles estão todos dentro da reserva, estão tirando madeira, nos ameaçando, abrindo estrada”, explica. A construção da barragem teria aumentado a especulação da area pelo madeiramento ilegal, o trânsito, a pressão – e também a demanda pela madeira. (mais…)

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SP – “Entre rios”, por Caio Ferraz

Entre Rios conta de modo rápido a história de São Paulo e como essa está totalmente ligada com seus rios. Muitas vezes no dia-a-dia frenético de quem vive São Paulo eles passam desapercebidos e só se mostram quando chove e a cidade pára. Mas não sinta vergonha se você não sabe onde encontram esses rios! Não é sua culpa! Alguns foram escondidos de nossa vista e outros vemos só de passagem, mas quando o transito pára nas marginais podemos apreciar seu fedor. É triste mas a cidade está viva e ainda pode mudar! (mais…)

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SP – Seminário “Neoliberalismo, um colapso inconcluso”: 12/09, 14h

Carta Maior – Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo. Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica.

Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso. A desigualdade construída em trinta anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.

Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena. O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.

Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas, sem ativar o metabolismo da produção e do consumo. Exaurido pelo socorro às finanças, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado. Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança. (mais…)

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Nota Pública: “Violência e barbárie nos campos de Monte Santo/BA” – Assine também!

“Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele faça resistência” Tiago 5,6

O município do Monte Santo/BA vive tempos de violência e barbárie! Uma quadrilha de fazendeiros tem agido de forma organizada e paramilitar, subvertendo a ordem pública e democrática, disseminando o medo e o pânico entre a população rural.

O campo montesantense é historicamente marcado pelo coronelismo, pela grilagem de terras e pela impunidade. Para manter seus impérios e desmandos, estes “coronéis” ainda hoje, organizados em quadrilha, matam, ameaçam, perseguem, esbulham e corrompem sem qualquer punição.

Pelas ruas da cidade, fala-se na existência de uma “lista da morte”. Populares citam os nomes dos listados e anunciam as próximas vítimas. As regras são claramente postas: todo aquele que ousar se insurgir contra a injustiça do latifúndio e da grilagem de terras na região pagará com a vida.

Nos últimos 03 (três) anos, 05 (cinco) trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados pelo mesmo motivo: a ousadia corajosa de lutar pela reforma agrária! Tiago, Luiz e Josimar, em 15/10/2008, por defenderem suas terras na comunidade do Mandú; Antônio do Plínio, em 06/01/2011, por defender o fundo de pasto da Serra do Bode. E na noite do dia 06/09/2011, foi a vez do companheiro Leonardo de Jesus Leite, que há 11 (onze) anos lutava pela conquista da terra nas Fazendas Angico e Jibóia. (mais…)

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