Eu não sou preconceituoso, mas sabe como é…, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Preconceito é algo gostoso, né? Descer a ladeira na banguela da razão sem precisar usar os neurônios, falando abobrinhas sobre outras pessoas, negando os direitos mais básicos – sem, ao menos, se dar ao trabalho de conhecê-las.

Mas uma dica: preconceito tem que ser dito, repetido e aplicado com na-tu-ra-li-da-de. Diluído no dia a dia, aparece como uma forma de manter a ordem das coisas e de lembrar quem manda e quem obedece. Vira uma espécie de regra silenciosa com a qual a sociedade opera, explica-se e define-se. E, o melhor: dessa forma, todo mundo esquece como ele surgiu.

A pedidos, estou retomando e ampliando uma lista aqui já publicada. Pois cabe muita abobrinha em um “Eu não sou preconceituoso, mas…” já que ele se tornou o novo “Amar é…”, presente naqueles livrinhos simpáticos da minha infância. (mais…)

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En los pueblos originarios y en la participación ciudadana, la respuesta a la crisis del agua en el DF

1422626_271318426372541_5747408681628206764_n-391x270El modelo actual que rige en la ciudad de México beneficia a los grandescapitales, que a través de tubos, presas y gastos energéticos obtienen altas ganancias por las obras, pero rompen con el ciclo vital del agua

México, D.F. El pueblo de San Bartolo Ameyalco, que el pasado 21 de mayo fue el epicentro de hechos violentos perpetrados por más de mil policías en un operativo para imponer a los habitantes el proyecto hídrico de la delegación Álvaro Obregón, es un claro ejemplo de cómo las leyes en la capital del país están hechas para quitarle el agua a las comunidades y colonias y dársela a unos cuantos, denuncia Helena Caeri Baca, integrante del colectivo El tendedero del agua,

En la Ciudad de México hay una crisis en el sistema de agua y eso se representa en su modelo actual de extracción, explica el académico Pedro Moctezuma, integrante de la campaña nacional Agua para Todos, Agua para la Vida”. Actualmente, indica, “se tiran 800 millones de metros cúbicos de agua lluvia fuera de la cuenca, mientras que el 18 por ciento de la población no recibe agua todos los días”.

De acuerdo a información de la campaña, si bien la media per cápita de consumo es de 314 litros por habitante, el 77 por ciento de la población del DF consume menos de 150 litros por día. (mais…)

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I Seminário Sobre Educação Escolar Indígena no Rio Grande do Norte, em Canguaretama/RN, de 21 a 23 de julho

Toré na Escola Indígena João Lino da Silva - comunidade Catu dos Eleotérios
Toré na Escola Indígena João Lino da Silva –
comunidade Catu dos Eleotérios

A população indígena do Estado do Rio Grande do Norte vem lutando para ocupar seu espaço na sociedade brasileira e em diversas circunstâncias tem expressado suas preocupações e reivindicações sobre a política de Educação Escolar Indígena (EEI), que até o momento apresenta-se inacessível para os povos indígenas do RN.

Nesse processo de organização realizaram vários eventos que se constituíram em espaços de reafirmação étnica e de discussão sobre as políticas públicas. Compõe esse cenário: a 1ª Assembleia Indígena do RN (dezembro/2009), a 2ª Assembleia Indígena do RN (novembro/2011), a 1ª Assembleia de Mulheres Indígenas do RN (maio/2012), o 1º Encontro de Jovens Indígenas (outubro/2012) e a 3ª Assembleia Indígena do RN (novembro/2013).

Em tais eventos foi debatida, dentre outras questões, a temática da EEI no Rio Grande do Norte. A partir das exposições e debates observaram a inexistência dessa política no Estado e pontuaram os principais problemas que enfrentam com a educação que é proporcionada para a população indígena que frequenta a escola, bem como apresentaram propostas para a solução dos problemas. (mais…)

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MPF vai ao Superior Tribunal de Justiça para manter indígenas Tenharim detidos em Porto Velho

As crianças voltaram a sorrir, a brincar... O medo está passando... Fotos de Márcia Mura, Lucas e Tanan Maciel Mura
Crianças Tenharim. Fotos de Márcia Mura, Lucas e Tanan Maciel Mura

MPF e DPU argumentam que a eventual transferência dos indígenas para penitenciária em Manaus (AM) impediria o contato com seus familiares e traria danos para a instrução processual

MPF RO

O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) impetraram Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter em Porto Velho os indígenas da etnia Tenharin. No momento, eles estão detidos na penitenciária Pandinha, mas, após a revogação da liminar anteriormente concedida pelo desembargador Valter de Oliveira, relator do Habeas Corpus, volta a ser possível a transferência para Manaus (AM).

Anteriormente, o MPF pediu à Justiça de Rondônia que fosse revogada a ordem de transferência expedida pelo juiz da Vara de Execuções Penais. O pedido foi feito por meio de um Habeas Corpus para mantê-los detidos em Porto Velho, local mais próximo à terra indígena e de mais fácil acesso aos familiares dos cinco indígenas. (mais…)

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Conflitos no Campo Brasil, em 2013: Povos indígenas foram os mais violentados e os que mais resistiram

 

relatorio cpt 2013

Por frei Gilvander Moreira, em seu blog

Não foi por acaso que a 29ª edição do livro-relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Conflitos no Campo Brasil 2013 trouxe na capa a foto de um indígena pintado, com olhar firme e destemido para a resistência. De fato, em 2013, Conflitos e Violência atingiram de forma veemente os povos indígenas e comunidades tradicionais. Das 1.266 ocorrências relacionadas ao conjunto dos conflitos no campo no Brasil, 205 estão relacionadas aos indígenas. 154 referem-se a conflitos por terra ou retomada de territórios e 11 a conflitos pela água. Das 34 mortes por assassinato, 15 são de indígenas. São também indígenas 10 das 15 vítimas de tentativas de assassinato.

Mato Grosso do Sul e Bahia lideram o ranking da violência contra os indígenas. O Mato Grosso do Sul destaca-se: 15 foram ameaçados de morte, 7 sofreram tentativa de assassinato, 3 foram assassinados, 8 presos. 100% dos assassinados e dos que sofreram tentativa de assassinato são indígenas. Também 100% dos assassinados em Roraima são indígenas. Na Bahia, dos 6 assassinatos, 4 são de indígenas e das 3 tentativas de assassinato, 1 é contra indígena, além de 3 ocorrências de ameaça de morte.

Chama atenção o alto índice de violência incidente sobre as lideranças indígenas, com 34 ocorrências relacionadas a ameaças de morte, 26 a tentativas de assassinato e 4 assassinatos.

Em 2013, porém, os povos indígenas não foram simplesmente vítimas de ações violentas. Eles protagonizaram 61 ações de retomada de seus territórios, entre as 230 registradas. 20 destas ações se registraram na Bahia e 30 no Mato Grosso do Sul. Fatos que desconstroem a noção de passividade dos nossos parentes indígenas. (mais…)

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