Por Delírio Verde
Dreyfuss, Bunge, Raizen são algumas das empresas na lista de transnacionais que exploram as terras indígenas dos Kaiowá Guarani já demarcadas ou em processo de demarcação no estado do Mato Grosso do Sul plantando cana-de-açúcar.
Na luta por um destes territórios há mais de duas décadas, a cacica Damiana Cabanha, de 73 anos, resiste com sua família em um acampamento na entrada da fazenda de onde foi expulsa. Por sete vezes, Damiana e seus familiares tentaram retornar à terra Apykai, onde se encontram enterrados seus antepassados, mas foram expulsos pela justiça ou por pistoleiros. Neste período, a cacica conta que seis parentes seus foram mortos atropelados na rodovia, envenenados por agrotóxico ou em emboscada de pistoleiros.
No último retorno, ocorrido em outubro [setembro] de 2013, as terras da fazenda onde se encontram os túmulos dos familiares de Damiana já estavam quase totalmente cobertas de cana-de-açúcar, com exceção a um resto de mata ciliar que margeia um pequeno córrego. “Eu estou aqui na minha terra tradicional e não vou deixar mais cortar cana, porque a usina já levou bastante lucro. Já colheu bastante”.
A comunidade de Apykai tem denunciado ataques sistemáticos de pistoleiros ao acampamento onde resistem os Kaiowá Guarani.
Abaixo assinado https://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/presidenta-dilma-rousseff-para-o-tekoha-apyka-i-existir