Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais – AATR/Bahia
Neste momento, a comunidade quilombola Rio dos Macacos, juntamente com o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e entidades de apoio, fecham a pista que dá acesso a Vila Naval em protesto contra os atos de violência perpetrados pela Marinha de Guerra do Brasil no dia 06 de janeiro deste ano contra Rose Meire dos Santos e seu irmão Ednei Messias dos Santos, membros da comunidade quilombola.
Os manifestantes saíram em marcha da comunidade, por dentro da Vila Naval, em direção ao portão de entrada, um dos cenários das ações arbitrárias da Marinha, que tem cerceado o direito de ir e vir da comunidade, e onde ocorreu o início dos atos de tortura e violência contra Rose e Ednei.
Com isso, a comunidade vem denunciar a morosidade dos órgãos responsáveis que até agora não tomaram as devidas providências em relação ao caso. Além das investigações que permanecem paradas e dos militares que cometeram esses crimes continuarem em atividade normalmente.
A comunidade ainda espera a solução do problema: construção de estradas alternativas que evitem o uso da portaria da Vila Naval pela comunidade, bem como, por fim, que o Estado brasileiro conclua o processo de titulação do território, o que poderá, de fato, colocar um ponto final na história de violências cotidianas sofridas pela comunidade.