CIMI – Em sua quinta reunião, realizada nesta terça-feira (27), a Mesa de Diálogo tão decantada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, transformou-se numa mesa de decepção e retrocesso.
Logo no início, os representantes do governo do estado do Mato Grosso do Sul deixaram clara a mudança de posição em relação à Terra Indígena Buriti ao anunciarem que “Não existe mais terra a ser comprada com os Títulos da Dívida Agrária. Portanto, nada a ser feito em relação aos 16 mil hectares que seriam comprados pelo governo federal e pagos pelo governo estadual”.
Isso mostra claramente que não existe interesse por parte do estado em resolver o problema. Uma das presentes, que não é membro da Comissão, teria logo acrescentado “temos que ir para o plano B”. Ou seja, o único caso que parecia estar próximo de ser resolvido retrocedeu e na próxima reunião, daqui a 15 dias, a assessoria jurídica terá de apresentar uma outra alternativa. Outros prazos e propostas postergarão indefinidamente qualquer solução efetiva. “Tudo voltou à estaca zero”, afirmaram as lideranças participantes e o próprio ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Levantamentos feitos pelo juiz Odilon de Oliveira apontam mais de 300 mil hectares de terra no Mato Grosso do Sul em poder do narcotráfico. Existem também terras públicas da União. O que, de fato, precisa ser feito é um levantamento fundiário imparcial das terras no estado que possa apresentar as terras disponíveis, de modo, que as soluções necessárias para garantir as terras indígenas neste estado sejam encaminhadas. (mais…)





Se quiser receber nosso boletim diário, é só inscrever-se na aba "Quem somos", clicando