Blog Especial: Gustavo Guerreiro, indigenista da Coordenação de Dourados, fala de Apyka’i e diz que o alvo real de quem tenta denegrir a Funai é enfraquecer a luta indígena

acampamento Apyka'i
Dona Damiana, liderança de Apyka’i, conversa com Gustavo Guerreiro, na frente da sua barraca .

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Gustavo Guerreiro é indigenista especializado na Funai de Dourados. Pude conhecê-lo pessoalmente no início deste mês, quando participei do I Encontro Nacional de Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos e, paralelamente, estive presente à reunião da Aty Guasu com o Secretário Geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, na Aldeia Jaguapiru. Já havíamos trocado e-mails antes, e desde o incêndio da semana passada venho acompanhando a preocupação, a dedicação e o cuidado com que ele vem buscando soluções para os Guarani Kaiowá de Apyka’i. Ontem, ao descobrir que estava a caminho de lá, decidi fazer com ele uma pequena entrevista por e-mail, ao mesmo tempo que pedia que me enviasse também algumas fotos. Aí vão as respostas de Gustavo Guerreiro, algumas das fotos tiradas no acampamento, e um comentário sempre angustiante: “O que destaco, no entanto, é que há na região sul do estado, contando a jurisdição da Funai de Dourados e de Ponta Porã, mais de 30 acampamentos em situação similar. Apyka’i é apenas mais um desses”.  (mais…)

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Índios protestam em rodovia e pedem agilidade na demarcação em MS

Índios em protesto na MS-295 nesta terça. (Foto: Toninho Dantas/Skala Produções/A Gazetanews)
Índios em protesto na MS-295 nesta terça. (Foto: Toninho Dantas/Skala Produções/A Gazetanews)

Cerca de 150 guarany-kaiwá fazem manifesto na MS-295 em Paranhos. Polícia Rodoviária Estadual diz que ato não prejudica tráfego no local.

Fabiano Arruda, do G1 MS

Cerca de 150 índios guarany-kaiwá protestam nesta terça-feira (27) na MS-295 em Paranhos, a 477 km de Campo Grande, segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Eles estão na rodovia para cobrar agilidade no processo de demarcação em Mato Grosso do Sul. A solução para as terras Arroyo Korá e Cerro Marangatu são as principais reivindicações.

O manifesto começou por volta das 9h (de MS). Conforme a PRE, que está no local para orientar motoristas, os indígenas utilizam objetos na pista e param condutores para entregar panfletos. Após entregar os informativos, liberam a passagem dos veículos. (mais…)

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Reuniões em Brasília voltam a debater conflito por terras em MS

Fabiano Arruda, do G1 MS

Duas reuniões nesta terça-feira (27), em Brasília, discutem soluções para o conflito fundiário em Mato Grosso do Sul. Os encontros ocorrem na sede do Ministério da Justiça. O titular da pasta, José Eduardo Cardozo, não participa dos debates, pois cumpre agenda nos Estados Unidos.

A primeira reunião está prevista para as 14h (de MS) e será encabeçada por Márcia Pelegrini, ministra substituta do Ministério da Justiça, além do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Às 15h deve ocorrer outro encontro para tratar da disputa por terras entre índios e fazendeiros, desta vez, mediado pelo ministro de Desenvolvimento Agrário, Gilberto José Spier Vargas.

Pelo menos oito lideranças indígenas do estado, representantes de produtores rurais, como o assessor jurídico da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Carlo Daniel Coldibelli, bem como a presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Boulitreau Assirati, também devem participar das duas reuniões. (mais…)

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AGU pede prazo para apresentar posicionamento sobre o Cocó

Imagem: Diário do Nordeste
Imagem: Diário do Nordeste

Juíza havia dado prazo de cinco dias para AGU se manifestar sobre o caso. Obra de viadutos sobre o Parque do Cocó está suspensa pela Justiça.

Do G1 CE

A Advogacia Geral da União (AGU) pediu nesta trça-feira (27) a prorrogação de mais cinco dias do prazo dado pela juíza da 9ª Vara Federal, Joriza Magalgães Pinheiro para apresentar o posicionamento sobre o interesse na área do Parque do Cocó, em Fortaleza. A Justiça havia determinado a suspensão de obras no Bairro Cocó por causar intervenção no Parque Ecológico. Uma decisão da juíza Joriza Magalhães autorizou a continuidade das obras, mas foi suspensa até ouvir o posicionamento da AGU.

Ministério Público Federal alega que a obra causou impacto no Parque do Cocó três vezes maior que o projeto original das obras. O projeto de dois viadutos no cruzamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales causa polêmica há quase dois meses, quando foi apresentada a ideia dos viadutos. (mais…)

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“Parecem empregadas domésticas”: jornalista causa revolta ao comentar aparência de médicas cubanas

twitter racismo cubanasPor Redação Bhaz

A jornalista Micheline Borges, do Rio Grande do Norte, despertou a ira de internautas de diversas regiões do país, na manhã desta terça-feira (27), após fazer um comentário em seu Twitter sobre a aparência das médicas de Cuba, selecionadas para o programa Mais Médicos. As profissionais chegaram ao Brasil durante o fim de semana para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) em cidades do interior por meio do programa do governo federal.

Na mensagem postada na rede de microblogs e compartilhada pelo Facebook, Micheline afirmou que as médicas “tem (sic) uma cara de emprega doméstica” e ainda questiona se elas realmente estudaram para exercer a profissão. “Será que são médicas mesmo?”, escreveu. (mais…)

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Vergonha à brasileira

Médicos cubanos são hostilizados e chamados de "escravos" pelos colegas brasileiros em Fortaleza (Jarbas Oliveira/Folhapress)
Médicos cubanos são hostilizados e chamados de “escravos” pelos colegas brasileiros em Fortaleza (Jarbas Oliveira/Folhapress). [Seria essencial identificar cada um/a desses/as seres abjetos! Não são ‘colegas’ de ninguém! São ‘coisas’ torpes! Nojo!]

A agressão contra os médicos cubanos em Fortaleza é o cartão de visita de quem aprendeu a cuspir no “escravo” para manifestar uma duvidosa repulsa à escravidão

Por Matheus Pichonelli, Carta Capital 

Veio de um usuário do Twitter um dos melhores comentários feitos até agora sobre a gritaria em torno da vinda dos médicos estrangeiros (leia-se cubanos) ao Brasil. “Médico estrangeiro é populismo. Tem que voltar a política de deixar morrer”. (Módulo ironia off)

Populismo, oportunismo, escravidão (?). Enquanto médicos, fariseus e doutores da lei tentam filtrar os mosquitos, uma fila de camelos é engolida nos rincões fora da rota turística do País. Em outras palavras, as pessoas seguem morrendo, sem que mereçam um franzir de testa de quem parece disposto a armar uma Intifada contra o programa Mais Médicos. (mais…)

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Madeireiros invadem aldeia indígena Ka’apor, norte do Maranhão

madeireirosGilderlan Rodrigues da Silva, Cimi Regional Maranhão

Cerca de 50 madeireiros invadiram a aldeia Gurupiuna, Terra Indígena Alto Turiaçu, do povo Ka’apor, município de Centro do Guilherme, norte do Maranhão. Na aldeia Gurupiuna vivem sete famílias, num total de 48 pessoas. A aldeia foi invadida na última segunda-feira, dia 26.

Na invasão, os madeireiros agrediram o indígena Gonito Ka’apor, que somente nesta terça, 27, conseguiu sair da aldeia para fazer exame de corpo delito. O Ka’apor tentou registrar ocorrência na cidade de Governador Nunes Freire, mas não conseguiu porque o delegado responsável não estava.

A ação dos madeireiros é em represália a fiscalização e apreensão de caminhões madeireiros empreendidas pelos indígenas no próprio território tradicional. No ato da invasão da aldeia Gurupiuna, os invasores amarraram e bateram em indígenas, saquearam plantações e levaram animais.  (mais…)

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Norte de Minas Gerais: Índios Xakriabá se mobilizam e intervém contra os desmandos da SESAI

Em Articulação Popular São Francisco Vivo

Nesta segunda feira (26), cerca de 150 indígenas Xakriabá fizeram uma intervenção no polo da SESAI no Município de São João das Missões. Segundo as lideranças, a intervenção é uma resposta à falta de diálogo e descumprimento de acordo firmado com a atual coordenadora da SESAI Elizabeth Stehling. As lideranças denunciaram que a atual coordenadora vem atropelando a organização interna do povo.

Os indígenas denunciam ainda manobras políticas na região no intuito de enfraquecer a luta indígena e a organização interna Xakriabá. Segundo as lideranças, o Povo Xakriabá está unido e não permitirá qualquer imposição da atual Coordenadora, visto que em reuniões anteriores foi firmado um compromisso para que todas as nomeações que fizesse referencia ao atendimento a saúde do Povo Xakriabá deveria passar por uma discussão com as lideranças antes da sua aprovação.

Os indígenas suspenderam 03 funcionários da SESAI de suas atribuições dentro do território Xakriabá, os mesmos foram promovidos recentemente pela atual coordenadora a cargos de chefia, sem discutir com a organização interna, descumprindo compromisso  firmado entre lideranças Xakriabá e coordenação da SESAI. (mais…)

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Você conhece o patrimônio genético e os conhecimentos tradicionais do Cerrado?

Foto: Saite Estudo Prático
Foto: Saite Estudo Prático

MPF promove audiência pública sobre os temas, dias 11 e 12 de setembro, na cidade de Mineiros, em Goiás

Você já ouviu falar sobre patrimônio genético? E sobre conhecimentos tradicionais associados ao patrimônio genético? Se não ouviu, não se culpe. A invisibilidade é justamente uma das características desses dois termos, embora não devesse ser, dada sua importância histórica, social, ambiental, científica e econômica. Para fortalecer a discussão sobre o assunto, com foco no Cerrado brasileiro, o Ministério Público Federal realizará audiência pública, dias 11 e 12 de setembro, na comunidade quilombola do Cedro, no município de Mineiros, em Goiás – em 11 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Cerrado.

Definição, importância e dificuldades – Patrimônio genético é qualquer informação de origem genética contida em espécime vegetal, fúngico, microbiano ou animal, na forma de moléculas e substâncias provenientes do metabolismo destes seres vivos ou de extratos obtidos deles. Conhecimento tradicional associado é a informação ou a prática de comunidade indígena ou local que tenha relação com esse patrimônio genético. Ou seja, um medicamento produzido por um povo indígena ou uma comunidade quilombola a partir do extrato de plantas é um conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético. Mas qual a relevância desse conhecimento? (mais…)

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MPF reúne órgãos para debater questão territorial da comunidade Krahô-Kanela

MPF debate questão territorial da comunidade Krahô-Kanela
MPF debate questão territorial da comunidade Krahô-Kanela

Indígenas pedem desapropriação de território para reprodução física e cultural da comunidade

Procuradoria Geral da República

O Ministério Público Federal (MPF), através da 6ª Câmara de Coordenação de Revisão (Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais), realizou reunião com representantes do Incra, do Ibama, do Cimi e da Funai, na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília, no dia 23. O objetivo foi debater a desapropriação de terras para ampliação de reserva indígena da comunidade Krahô-Kanela.

Os indígenas Krahô-Kanela das aldeias Lankraré e Takaiurá habitam na terra indígena Mata Alagada, no município de Lagoa da Confusão, localizado entre os rios Formoso e Javaés, a 300 Km de Palmas/Tocantins. Eles pedem a desapropriação do território vizinho, pois 90% da área onde vivem fica alagada entre os meses de janeiro a maio. Para garantir a reprodução física e cultural do povo é necessária a aquisição de duas fazendas no município de Lagoa da Confusão, totalizando 33 mil hectares. O atual proprietário da terra mostra intenção em não alterar o ambiente local com novas derrubadas para plantio de soja e arroz, desde que o processo de aquisição da terra seja feito até o final de 2013.  (mais…)

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