Precisamos dos cubanos? por Elaine Tavares – [Duca! Um texto que eu gostaria de ter escrito!]

Médico cubano: está onde ninguém quer ir
Médico cubano: está onde ninguém quer ir

Por Elaine Tavares, em seu blog

Eu aprendi com Enrique Dussel que talvez o único imperativo ético universal seja a vida. Mas, não uma vida qualquer. A vida daquele que é vítima do sistema que o oprime e o envilece. É esse ser que temos de defender com unhas e dentes, para o que vier. Todos os dias, nos deparamos com ele, na televisão, na rua de casa, no mercado, ao virar a esquina. O caído, o desgraçado, o fugitivo, o assustado. A maioria das pessoas faz como naquela linda parábola de Jesus: olha, e passa adiante. Poucos são os que se curvam e acolhem o que está no chão. E é bom que se diga que os empobrecidos da terra não o são por sua culpa. A maioria está nessa condição porque alguém está lhe sugando a vida. Alguém está enriquecendo a custa do outro. É a máxima do capitalismo. Só que é mais fácil permanecer com o véu da alienação. Conhecer dói. (mais…)

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BA – Força Nacional não age, e jagunços incendeiam oito casas de índios Tupinambá que vivem em Buruarema

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Por Potyra Tê Inaê Tupinambá

Em Buerarema, no Sul da Bahia, os Tupinambá de Olivença estão sendo ameaçados, perseguidos, condenados sem julgamento.

Os supostos pequenos agricultores tocaram fogo em oito casas de indígenas que moram na cidade. O clima está bastante tenso, e na confusão que se instalou houve briga e quebra-quebra. Não tenho confirmação ainda, mas parece que um indígena foi assassinado.

Os indígenas que foram vender sua produção na feira tiveram suas mercadorias destruídas e saqueadas. (mais…)

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Médicos cubanos: pode criticar, mas não é trabalho escravo

Leonardo Sakamoto, em seu blog

Se considerarmos que a condição dos médicos cubanos que estão sendo trazidos ao Brasil é de trabalho escravo contemporâneo, como querem fazer crer alguns contrários ao programa Mais Médicos, também teremos que incluir nessa conta milhões de trabalhadores do agronegócio, da construção civil, dos serviços que recebem salários abaixo do piso ou do mercado. O governo cubano deve receber os recursos das bolsas de R$ 10 mil e repassar parte delas aos seus médicos no Brasil.

Renato Bignami, responsável pela fiscalização de casos de escravidão em São Paulo, analisa que, a princípio, os elementos do novo programa do governo federal não caracterizam trabalho análogo ao de escravo. Se considerarmos que configuram a priori, parte do trabalho no Brasil seria escravo. Ou seja, um desconhecimento do artigo 149 do Código Penal, que trata do tema, e da jurisprudência em torno dele.

E os fiscais do trabalho já viram muita gente, inclusive escravos envolvidos em processos do próprio governo federal, como na produção de coletes para recenseadores do IBGE, em obras do Minha Casa, Minha Vida, do Programa de Aceleração do Crescimento, do Luz para Todos… (mais…)

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Médicos cubanos pousam no Recife, a caminho de Brasília

Grupo de 30 médicos cubanos foi recebido calorosamente no  Recife (Foto: Luna Markman / G1)
Grupo de 30 médicos cubanos foi recebido calorosamente no
Recife (Foto: Luna Markman / G1)

Primeiro grupo de profissionais chegou ao Brasil neste sábado (24). Junto com outros estrangeiros, eles passarão por treinamento de 3 semanas

Do G1 PE

Os primeiros médicos cubanos que vão trabalhar no Brasil, através de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), dentro do programa Mais Médicos, já estão no país. No começo da tarde deste sábado (24), um grupo com 206 profissionais pousou no Recife, em escala do voo que segue para Brasília, onde deve chegar no começo da noite.

A aeronave aterrissou às 14h30 e, desse total, 30 médicos ficaram na capital pernambucana. Ainda dentro do avião, o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, deu as boas-vindas aos profissionais, que estavam muito emocionados e chegaram até a chorar na despedida do grupo que ficou na cidade. Eles foram levados para um alojamento do Exército. Os 170 restantes seguiram no voo para a capital federal. (mais…)

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Inimiga nº1 dos transgênicos, física indiana denuncia ditadura da indústria alimentícia

Foto: Fábio Braga - Folhapress
Foto: Fábio Braga – Folhapress

Por Tatiane Ribeiro e Toni Sciarretta, na Folha

Considerada a inimiga número um da indústria de transgênicos, a física e ativista indiana Vandana Shiva afirma que há uma ditadura do alimento, onde poucas e grandes corporações controlam toda a cadeia produtiva. E dá nome aos bois: Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart.

“Essas empresas querem se apropriar da alimentação humana e da evolução das sementes, que são um patrimônio da humanidade e resultado de milhões de anos de evolução das espécies”, diz. (mais…)

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AMB e CFM recorrem ao STF contra atuação de médicos estrangeiros

hipocratesTerra – A Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) entraram nesta sexta-feira com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o Programa Mais Médicos do governo federal.

Na petição, as entidades alegam que a contratação de profissionais formados em outros países sem que sejam aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) é ilegal. “A medida retira dos conselhos regionais de Medicina a competência para avaliar a qualidade profissional do médico intercambista, na medida em que suprime a possibilidade de fiscalizar o exercício profissional por meio da análise documental para o exercício da medicina”, informa o documento.

As entidades ainda dizem que a medida do governo promove o exercício ilegal da medicina. “A pretensão do governo federal não garante políticas públicas de qualidade e tem o condão de permitir o exercício irregular e ilegal da medicina no Brasil, eis que é sabido de todos que não existe revalidação.”

A ação tem como relator no STF o ministro Marco Aurélio Mello.

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A incrível história da locadora favorita dos deputados

Empresa de Parmênio está registrada no endereço de seu sogro, onde ele também mora. Locadora não tem garagem própria
Empresa de Parmênio está registrada no endereço de seu sogro, onde ele também mora. Locadora não tem garagem própria

Destino de mais de R$ 500 mil pagos pela Câmara desde o ano passado, empresa pertence a Parmênio Francisco Coelho Serra. Conforme os registros oficiais, ele foi funcionário da Casa de fevereiro de 2007 a janeiro de 2013

Por Mariana Haubert, em Congresso em Foco

Uma casa modesta localizada num bairro residencial de Sobradinho, a 22 km de Brasília, no Distrito Federal, é a sede de um negócio que faz o maior sucesso entre os deputados. De acordo com dados da Receita Federal, ali está instalada a locadora de veículos que mais recebe recursos da cota parlamentar, depois das companhias aéreas e telefônicas e dos Correios, benefício a que parlamentares têm direito para cobrir despesas do mandato. Desde o início do ano passado, a ARL Barros Serviços Executivos Rent a Car Ltda. já faturou mais de R$ 500 mil com o aluguel de carros apenas para deputados – valor integralmente ressarcido aos parlamentares pela Câmara.

A figura por trás da empresa atende pelo nome de Parmênio Francisco Coelho Serra. Casado com Angela Rosa Lira Barros, que aparece oficialmente como proprietária da empresa, Parmênio admitiu, em entrevista ao Congresso em Foco, ser dono da locadora. É ele quem negocia os aluguéis com os gabinetes dos deputados. Um trabalho facilitado por um simples motivo: além de empresário, ele afirma ser secretário parlamentar na Câmara. De acordo com os registros oficiais, ele foi funcionário da Casa de fevereiro de 2007 a janeiro de 2013. Seu último salário, no cargo de confiança, era de R$ 8 mil.

Parmênio, no entanto, garantiu à reportagem que continua trabalhando na Casa. Só não revela para qual deputado. “Não interessa. Eu não posso expor meu deputado”, respondeu, alegando que o parlamentar não tem nada a ver com os seus negócios. (mais…)

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Ex-aluno da UnB diz que Ministério do Exército foi local de tortura durante a ditadura

Luciano Nascimento, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Distante pouco mais de 500 metros do Palácio do Planalto, o Ministério do Exército foi utilizado como centro de detenção e de tortura durante a ditadura militar. A revelação é do ex-aluno da Universidade de Brasília (UnB), Hélio Doyle. Doyle prestou  depoimento hoje (23) à Comissão da Memória e Verdade da UnB, com o também ex-aluno Álvaro Lins. Ambos participaram do movimento estudantil nos anos 1960 e 1970.

“Fui preso duas vezes e levado para a Polícia Federal e de lá encaminhado ao Setor Militar Urbano (SMU) onde funcionava o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Em outra prisão fui levado para o Ministério do Exército e me colocaram em uma sala com isolamento acústico. Eles tinham me levado com outros militantes. O erro foi que eles não nos encapuzaram e eu pude saber exatamente onde eu estava. Um sintoma de que o lugar era usado para interrogar e torturar os militantes políticos é que você tinha ali salas com isolamento”, disse Doyle, formado em jornalismo pela UnB e que integrava a Ala Vermelha, dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Doyle, que também integra a Comissão da Verdade dos Jornalistas do Distrito Federal, relatou que os ministérios do Exército e da Marinha foram identificados como centro de detenção por outros colegas de profissão que também foram presos e que ouvidos pela comissão. “Nós colhemos depoimentos de três jornalistas que também disseram que foram levados para a Esplanada e que ficaram na garagem do Ministério da Marinha”, disse. Um deles, Romário Schetino já foi ouvido pela comissão. (mais…)

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República da Coreia – Declaração de Suncheon para a proteção da Amazônia

Os cidadãos e autoridades sul-coreanas, reunidos na cidade de Suncheon por ocasião da Conferência Internacional “A Mãe Terra Amazônia abraça a Coréia”, após ouvir o depoimento de representantes dos povos indígenas da região amazônica do Brasil e Equador, e depois de debates envolvendo representantes das comunidades da Coréia do Sul, considerando que:

– A exploração e produção de óleo e gás no Equador e a construção de barragens no Brasil desconsideram o modo de vida e a as culturas das comunidades tradicionais e das populações indígenas, colocando em risco os sistemas aquáticos e a biodiversidade;

– As atividades petroleiras da Chevron na Amazônia equatoriana causaram a contamição dos recursos dos quais as populações daquela região dependem para sua subsistência. A vida, saúde, cultura e o meio ambiente de milhares de pessoas foi severamente afetado o longo de mais de quatro décadas de contamição. Esses problemas continuarão no futuro, ao menos que os danos causados pela Chevron sejam reparados;

– A Usina Hidrelétrica Belo Monte, atualmente em construção no rio Xingu (um dos maiores afluentes sem barragens do Rio Amazonas) é um exemplo ilustrativo de como é incompatível a construção de uma usina hidrelétrica e a manutenção da biodiversidade e modo de vida locais, e para evitar a emissão de gases de efeito estufa;

– As cinco barragens que o governo brasileiro quer construir nos rios Tapajós e Jamanxim, no estado Pará, irão destruir um dos mais belos ecossistemas da região, colocando em risco a sobrevivência de diversos povos indígenas; (mais…)

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Direito de Resposta à publicação “Arqueologia pelas Gentes: um Manifesto. Constatações e Posicionamentos Críticos sobre a Arqueologia Brasileira em Tempos de PAC – Imperdível”

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Recebemos esta manhã correspondência dos advogados da empresa Documento Patrimônio Cultural Ltda., solicitando Direito de Resposta relativo ao texto Arqueologia pelas Gentes: um Manifesto. Constatações e Posicionamentos Críticos sobre a Arqueologia Brasileira em Tempos de PAC, por nós publicado no dia 27 de junho de 2013. 

Democrática e livremente, decidimos postar não só o texto da resposta indicado na carta do escritório de advocacia, como ainda os três anexos que o acompanhavam, por considerarmos que poderiam eventualmente oferecer material de interesse para pesquisador@s.  

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“1) Sobre as linhas programáticas da DOCUMENTO e a prática da Arqueologia Étnica

A DOCUMENTO atua sob a organização de quatro linhas programáticas que organizam e articulam todas as ações da empresa, sejam elas sociais, científicas, técnicas e metodológicas ou de antropologia jurídica e que fundamentam todas as ações de arqueologia étnica exercidas por seus profissionais, nos diferentes projetos nacionais já desenvolvidos ou em andamento: (mais…)

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