MA – Após a Operação do Exercito e Ibama na TI Alto Turiaçu, o território indígena do povo Ka’apor fica vulnerável a agressão dos devastadores

 Com informações repassadas por Bebel Gobbi para Combate Racismo Ambiental:

Há 10 dias da saída do Exercito e Ibama da região noroeste do Estado do Maranhão, especificamente da região de Zé Doca, o povo Ka’apor ficou mais vulnerável a ação dos agressores (madeireiros, fazendeiros, posseiros e caçadores). Os órgãos chegaram à região afirmando que vieram para “proteger” a floresta, a terra dos índios e retirar os agressores. Durante os dias que permaneceram na região fecharam serrarias, impuseram multas aos agressores que não conseguiram retirar seus maquinários e sair a tempo do interior do território.

Porém, com a saída desses órgãos o que vem se constatando é que os indígenas ficaram mais expostos aos agressores; estão impossibilitados de sair de suas aldeias para cidade, passar por povoados e, até estão sofrendo discriminação na cidade por pessoas comuns e servidores públicos municipais quando procuram por serviços nestes órgãos. Segundo comerciantes, donos de serrarias, fazendeiros, prefeitos e outras pessoas, com a operação da “policia”, caiu muito o movimento nos comércios e mais pessoas estão desempregadas.

Tal realidade mostra o (dês) governo federal, estadual e municipal com a ausência de políticas sociais sérias que respondam as necessidades da população local sem que venham ser aliciados para o trabalho com a exploração ilegal de madeira, cipós, aves, caças e, até de apropriação indevida de benefícios sociais (bolsa família, salário maternidade, aposentadoria) de indígenas na região. Com o descaso dos órgãos públicos, indígenas resolveram por conta própria realizar a proteção de sua terra em defesa da principal fonte de vida que é a floresta. (mais…)

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Povo Tupinambá retoma quatro fazendas na Serra do Padeiro e governo baiano manda PM para efetuar reintegrações de posse

Fazenda Ouro Verde
Fazenda Ouro Verde

Por Haroldo Heleno, de Itabuna (BA), no Cimi

O povo Tupinambá de Olivença da comunidade da Serra do Padeiro, município de Buerarema, Bahia, retomou mais quatro fazendas localizadas dentro do território reivindicado. Cerca de 50 famílias, totalizando mais de 200 pessoas, participaram das retomadas no final da última semana. O movimento ocorreu sem conflitos com os invasores da terra indígena. Porém, os indígenas denunciaram decisão do governo Jacques Wagner em usar a Polícia Militar para efetuar reintegrações de posse.

Cansados de esperar pela publicação da Portaria Declaratória do seu território, sob responsabilidade da Funai e do Ministério da Justiça, e como forma de se contrapor aos ataques desferidos pelas bancadas ruralistas no Congresso Nacional e Assembleia Legislativa baiana, a comunidade definiu retomar mais uma parte das terras tradicionais, degradadas e comercializadas pelos fazendeiros. (mais…)

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Assine a nota de apoio às defensoras de direitos sexuais e reprodutivos ameaçadas no Rio de Janeiro

Dhesca-300x132Plataforma Dhesca Brasil

Nesta quarta-feira (07) a Relatoria do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Dhesca Brasil publicou uma nota de repúdio aos ataques, à perseguição e às ameaças de que vêm sendo vítimas as ativistas que organizaram a Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, no último dia 27 de julho. Nesta nota expressa a importância da Marcha enquanto espaço de questionamento e enfrentamento ao machismo, ao racismo e às discriminações fundadas no gênero, raça, sexo, orientação sexual e nas identidades; e situa os ataques e ameaças em um contexto mais amplo de conservadorismo e fundamentalismo que visam negar e violar direitos sexuais e reprodutivos. Para acessar a nota clique aqui.

Agora, solicitamos sua adesão à carta abaixo, que é endereçada às autoridades competentes, denunciando esta situação e demandando providências. Aguardamos sua resposta no e-mail curitiba@dhescbrasil.org.br até sexta-feira, dia 09 de agosto, quando pretendemos encaminhar a carta aos seus dentinários. (mais…)

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Alta Comisionada llama a los Estados a respetar tratados con pueblos indígenas

Indígenas en Guatemala (Foto: Rolando Alfaro)
Indígenas en Guatemala (Foto: Rolando Alfaro)

 

ONU Noticias

Los Estados deben respetar los tratados que han suscrito con los pueblos indígenas, independientemente de la fecha en que se hayan firmado, apuntó hoy la Alta Comisionada de la ONU para los Derechos Humanos.

En vísperas del Día Internacional de los Pueblos Indígenas, que se celebra el 9 de agosto, Navi Pillay recordó que muchos de esos tratados fueron firmados o ratificados hace más de un siglo.

Agregó que, en muchos casos, el espíritu y el contenido de esos acuerdos fueron transmitidos de los ancianos a futuras generaciones. (mais…)

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Reportagem Pública: o que você quer investigar?

A Pública

Você é repórter? Participe do Reportagem Pública.

As propostas de reportagem devem ser enviadas através de formulário, onde cada repórter vai poder explicar para o público por que sua proposta é importante. As pautas serão pré-selecionadas pela Agência Pública e depois seguirão para votação. Quem decide é a maioria!

Conheça o projeto e veja como participar: catarse.me/reportagempublica

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Acusado de ser torturador é Promotor no Ceará

 

Foto: Sonia Aguiar
Foto: Sonia Aguiar

Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória – PB

Um dos torturadores da ditadura militar, que atuava em Campina Grande, trabalha hoje como promotor no Estado do Ceará. Foi o que revelaram, na última terça-feira (06/08), vítimas e testemunhas das torturas. Ele era conhecido como Sargento Marinho. “Era o pior de todos”, disseram as vítimas durante audiência pública promovida em Campina Grande pela Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória da Paraíba.

“Esse Sargento Marinho era um terror. Torturou todo mundo aqui em Campina Grande nas granjas e no quartel do exército. Soube que hoje ele é um promotor público no interior do Ceará. Esse homem não tem condições de defender a sociedade, porque promovia tortura durante o regime militar”, afirmou o hoje suplente de vereador João Crisóstomo Moreira Dantas, um dos ouvidos pela Comissão da Verdade.

Também foram ouvidos os testemunhos de Maura Pires Ramos, Josélia Wellen e Jorge de Aguiar Leite. O evento aconteceu no auditório do Centro de Extensão José Farias Nóbrega, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), situado no bairro de Bodocongó. (mais…)

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“Índios na Cidade”

CPISP

Brasil de Fato

Nesta sexta-feira (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo, a Comissão Pró-Índio de São Paulo lançará o vídeo “Índios na Cidade: desafios e conquistas”. O filme é resultado de dois anos de pesquisas e atividades realizadas em conjunto com povos indígenas que residem em contextos urbanos.

No vídeo, índios das cidades de Manaus, Boa Vista, Campo Grande, São Paulo, Osasco, Curitiba e Porto Alegre dão seu depoimento sobre os desafios de viver nas cidades e relatam as conquistas em termos de políticas públicas. (mais…)

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MG – Dom Joaquim em pé de guerra com a Anglo American

A prefeitura denunciou a destruição de ruas pelo tráfego pesado (Cladney Alvarenga/Divulgação)
A prefeitura denunciou a destruição de ruas pelo tráfego pesado (Cladney Alvarenga/Divulgação)

Bruno Porto – Hoje em Dia

As portas de Dom Joaquim, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, estão fechadas para a mineradora Anglo American, que faz captação de água em um rio da cidade para atender à demanda do projeto Minas-Rio. Desde a última quinta-feira (1º), a prefeitura colocou estacas em todos os acessos ao município para impedir a entrada de caminhões e máquinas da companhia. É a segunda vez que isso acontece.

A briga entre o poder público municipal e a empresa é antiga, e se deve, segundo a prefeitura, a impactos gerados pelas atividades da empresa, como a destruição de ruas e rede de esgoto em decorrência do trânsito de caminhões pesados, além de assoreamento de rios.

Impactos

De acordo com o prefeito de Dom Joaquim, Joraci Madureira, os termos de compromisso assinados pela Anglo American somam obrigações de reparos orçados em R$ 25 milhões, mas os estragos totais somariam de R$ 100 milhões. “O impacto ambiental, que é talvez o mais grave, não se quantifica e nem se recupera”, afirmou o prefeito. (mais…)

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RJ – Professor reúne apelidos racistas e cria projeto contra preconceito

O professor de biologia Luiz Henrique Rosa em frente ao muro decorado por alunos da Escola Municipal Herbert Moses com cerca de 200 nomes de escravos Paula Giolito
O professor de biologia Luiz Henrique Rosa em frente ao muro decorado por alunos da Escola Municipal Herbert Moses com cerca de 200 nomes de escravos Paula Giolito

Assustado com mais de 360 nomes ofensivos encontrados entre alunos de escola na Zona Norte do Rio, professor monta jardim que mistura História e cultivo de plantas

Leonardo Vieria, O Globo

Mais de 125 anos depois da Lei Áurea, o racismo entre alunos do ensino fundamental chamou a atenção de Luiz Henrique Rosa, professor de biologia da Escola Municipal Herbert Moses, no Jardim América, Zona Norte do Rio. Assustado com a agressividade das crianças, Rosa pediu que todos colassem no papel os apelidos já ouvidos na escola. O resultado? Das mais de 400 terminologias catalogadas, cerca de 360 continham conteúdo racista, como “macaco”, “galinha de macumba” e “asfalto”.

No mesmo período dessa pesquisa, Rosa, entusiasta da história dos negros no Brasil, ficou impressionado com a falta de curiosidade pelo aniversário da Revolta de Vassouras, rebelião escrava ocorrida em 1838. Pressionado pelo racismo em sala de aula, de um lado, e o desconhecimento da cultura negra, de outro, o professor resolveu agir. Assim nasceu, no fim de 2009, o projeto “Qual é a Graça?”. (mais…)

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