Dilma demite Patriota após fuga de senador boliviano ao Brasil

pATRIOTAPresidente ficou irritada com retirada de Roger Pinto de embaixada; Luiz Alberto Figueiredo Machado assume o Ministério das Relações Exteriores

Valdo Crua, Natuza Nery e Andréia Dadi em Folha/Uol

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou o cargo nesta segunda-feira. Ele caiu após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país. Assumirá a pasta o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil na ONU (Nações Unidas).

Segundo assessores presidenciais, Dilma ficou irritada ao ser pega de surpresa com a atuação de funcionários da embaixada do Brasil na Bolívia no embarque do senador, condenado a um ano de prisão por corrupção. Ele estava abrigado na embaixada do Brasil havia 15 meses.

Patriota foi chamado para uma conversa com a presidente no início da noite desta segunda-feira no Palácio do Planalto.

A versão do Planalto e do Itamaraty é de que o governo não autorizou e nem sequer sabia da operação para retirar Molina do país vizinho. O senador não podia sair do prédio por falta de um salvo conduto do governo boliviano. (mais…)

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Perdemos uma grande lutadora de e por Santa Cruz!, por Alexandre Pessoa

É com imenso pesar que informo que nossa Dona Martha Trindade, guerreira querida de Santa Cruz, partiu!

D. Martha foi a primeira moradora a denunciar e chamar a imprensa quando começaram as chuvas de prata após a inauguração da siderúrgica TKCSA no bairro de Santa Cruz, na Baía de Sepetiba.

D. Martha, nossa trabalhadora do SUS, auxiliar de enfermagem aposentada do Souza Aguiar, militante da saúde, fato de que muito se orgulhava, não resistiu aos problemas de saúde de que já reclamava há tempos.

D. Martha nunca aceitou que chovesse material particulado da TKCSA em seu corpo, na sua casa, no seu território. Um exemplo de coragem e perseverança. Vejam a lucidez e a dignidade de uma legítima representante da classe trabalhadora, profissional da saúde pública.

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BA – Tupinambá: Últimas informações

incendio tupinambás

Da página Respeito ao Povo Indígena Tupinambá

Os carros do SESAI que fazem o atendimento médico nas comunidades Tupinambá no Sul da Bahia, foram retirados de circulação para não serem queimados por grupos que têm implantado o terror e estimulado a população não indígena a se posicionar contra as comunidades. Enquanto isso o serviço de emergência está prejudicado.

Aulas foram suspensas na Escola Indígena Tupinambá de Olivença. A orientação da Polícia Federal é que se pare tudo por não ter contingente suficiente para dar segurança.

Casas estão sendo queimadas, e parentes ameaçados de morte. O clima é de terror, repressão, preconceito e intimidação.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Índio Educa e Renata Machado.

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Em vez de combater a seca, a agroindústria barra nascente na Bahia

Rio de Contas (Foto de Gardiel Navarro)
Rio de Contas (Foto de Gardiel Navarro)

Decreto de combate aos efeitos da seca é usado pela agroindústria para privatizar nascente de rio na Bahia

Em Personal Escritor

A comunidade de Piatã, Chapada Diamantina, Bahia, organizou uma petição online contra o barramento de rio para atividades do agronegócio. De acordo com o documento, empresas usaram um decreto do governo de combate aos efeitos da seca para obter licença simplificada, pela qual iniciaram a construção de duas barragens numa das principais nascentes do rio usado para a sobrevivência da população local – que desenvolve agricultura familiar. Com isso, além da privatização das águas, já escassas, haverá a poluição pelo uso de agrotóxicos, afora o desmatamento.

Eis os termos do abaixo-assinado, dirigido ao governo da Bahia:

Estamos vivendo um momento decisivo aqui no município de Piatã, Chapada Diamantina, Bahia. As empresas BAGISA e HAYASHI, atuantes há 20 anos no distrito de Cascavel, município de Ibicoara, querem a qualquer custo transformar o Gerais de Piatã, berço das nascentes do Rio de Contas e uma das regiões mais preservadas do estado, num grande parque agroindustrial de produção de sementes de batatas, uma cultura mais intensiva que tomate em uso de pesticidas.  (mais…)

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Primeira indígena do curso de medicina da UFT conclui graduação

Wilses Tapajós é a primeira indígena a se formar no curso de medicina da UFT (Foto: Wilses Tapajós/Arquivo Pessoal)
Wilses Tapajós é a primeira indígena a se formar no curso de medicina da UFT
(Foto: Wilses Tapajós/Arquivo Pessoal)

Ela entrou na universidade pelo sistema de cotas para indígenas. Wilses de Sousa Tapajós diz que vai se inscrever no Mais Médicos.

Jesana de Jesus, do G1 TO

Wilses de Sousa Tapajós, de 44 anos, é a primeira indígena a se formar no curso de medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A colação de grau aconteceu na última sexta-feira (23). A indígena faz parte da primeira turma do curso de medicina da universidade, que iniciou no ano de 2007. Ela ingressou na universidade através do sistema de cotas para indígenas.

Nos seis anos de faculdade, Wilses conta que superou desafios, teve que conciliar estudo, trabalho e família. No dia da colação, um dia antes do seu aniversário, ela recebeu o diploma das mãos do cacique da sua aldeia, Francisco Clodovaldo Tapajós, que também é irmão dela. A família dela, que é do Pará, veio para o Tocantins para comemorar a conquista. (mais…)

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Diálogo ou negociação? Divergência entre Governo e movimento indígena marca a 8ª Reunião Extraordinária da CNPI

Por Daniel Calazans Pierri, em Centro de Trabalho Indigenista/CTI

Depois de dois anos e meio recusando-se a receber pessoalmente o movimento indígena para tratar das suas pautas urgentes e históricas, no dia 10 de julho deste ano finalmente a presidente Dilma Rousseff abriu as portas do palácio para um grupo de lideranças indígenas, pressionada que estava pelas jornadas de junho. Embora as manifestações populares que paralisaram o país tenham sido em parte impulsionadas pela ocupação indígena na Câmara, ocorrida em Abril deste ano, o movimento indígena foi um dos últimos a ser recebido pela presidenta. Não trazendo nenhuma resposta concreta às pautas indígenas, velhas conhecidas do Governo, a presidenta determinou de improviso durante a reunião, que se instaurasse uma “mesa de diálogo” entre Governo Federal e as lideranças indígenas, que deveria ser coordenada pelo Ministério da Justiça e a Secretaria Geral Da Presidência. Por outro lado, Dilma bateu o pé com os indígenas e reiterou a posição do Governo em alterar a normatização dos processos de regularização das terras indígenas, pleito que atende aos interesses e à pressão dos ruralistas.

A posição das lideranças indígenas, não obstante, foi de firmeza e inteligência. Reivindicaram que a tal “mesa de diálogo” tivesse lugar na própria Comissão Nacional De Política Indigenista (CNPI), instância criada por Decreto durante o Governo Lula justamente com esse fim, mas esvaziada pela ausência sistemática de membros do alto escalão do governo em suas reuniões, que revelam indisposição crônica para o diálogo. Desta forma, entre os dias 19 e 23 de agosto teve lugar a 8ª Reunião Extraordinária da CNPI, na qual foi instalada a “mesa de diálogo” proposta pela presidente Dilma, focada no tema “terra”, conforme acordo proposto pelas lideranças. Depois de anos de esvaziamento, finalmente estiveram presentes na Comissão o Ministro Cardozo, da Justiça, a Ministra Isabella Teixeira, do Meio Ambiente, e o Ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho. A presença física, entretanto, não se fez reverter em uma real disposição para o diálogo, que dependia de uma sinalização mínima do Governo de que não estivesse mais disposto em aceitar-se refém incondicional dos ruralistas.  (mais…)

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Chacina de Unaí: marcada data do julgamento de mais quatro réus

UNAIBANNERPINGONorberto Mânica, Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Carvalho e Humberto Ribeiro irão a júri no dia 17 de setembro

Ministério Público Federal em Minas Gerais

Nove anos após a sentença de pronúncia, finalmente sete dos nove acusados na Chacina de Unaí serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri, em Belo Horizonte (MG), nos próximos dias 27 de agosto e 17 de setembro.

No dia 27, serão julgados os acusados de serem os executores do quátruplo homicídio: Rogério Allan Rocha Rios, Erinaldo de Vasconcelos Silva e William Gomes de Miranda, que se encontram presos desde 25 de julho de 2004. No dia 17 de setembro seguinte, irão a júri os acusados de serem, respectivamente, mandante e intermediários: Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Carvalho. O acusado de ser o agenciador dos crimes, Francisco Pinheiro, faleceu em janeiro deste ano. (mais…)

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Nota de Solidariedade da Rede Manglar Internacional à Comunidade do Cumbe – Aracati

logo manglarMais de vinte sete famílias da comunidade do Cumbe, município de Aracati no Estado do Ceará, foram injustamente desalojadas do seu território por policiais militares. Autoridades governamentais do Brasil respondem aos interesses particulares de um carcinicultor, violentando os direitos humanos de toda uma comunidade.

A comunidade do Cumbe durante anos reclama seus direitos e a pose de seu território tradicional, assim comovem denunciando a existência de áreas abandonadas por fazendas produtoras de camarão desde 2004.

A comunidade do Cumbe tem realizado um esforço para fazer evidente a intenção do empresário e carcinicultor Rubens dos Santos Gomes, de reativar uma fazenda de camarão, a pesar da ilegalidade e do conflito sobre a pose da terra, com o fim de apropriar-se do território da comunidade.

Para conseguir reativar esta fazenda, o empresário recorreu inclusive à destruição de áreas de manguezal sem que as autoridades tenham atuado devidamente frente à degradação do ecossistema que se encontrava em processo de recuperação. Para evitar a destruição dos manguezais pelo empresário, moradores da comunidade ocuparam a área desde o dia 10 de março de 2013. O empresário em resposta iniciou um processo de criminalização contra vários pescadores locais, acusando-os de suposta invasão. (mais…)

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Dia 28 de agosto: Marcha Nacional de Reforma Urbana

FavelaEm Fórum Nacional de Reforma Urbana

Moradia digna, transporte público de qualidade e cidades  justas para todos. Esses são os pilares da Marcha Nacional pela Reforma Urbana, que ocorrerá no próximo dia 28 (quarta-feira), em todo o Brasil. O ato organizado pelo FNRU (Fórum Nacional de Reforma Urbana) ocorrerá nas cidades de Belém (PA), Manaus (AM), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

Na capital paulista, o ato tem início às 8h no Largo da Batata, em Pinheiros (metrô Faria Lima), na zona oeste da cidade.

De acordo com o coordenador do CMP (Central de Movimentos Populares), Luiz Gonzaga, o Gegê, a reforma é muito mais do que a construção de casas.

“Se não temos uma cidade para todas e todos é porque nos falta muito mais que as casas, nos falta água e educação, principalmente, aos que hoje vivem geograficamente nas regiões menos atendidas”, enfatizou.

Outro ponto levantado pela Reforma Urbana é o direito à moradia.  Em tempos de megaeventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, milhares de pessoas que habitam as cidades que sediarão os jogos se veem em situações de remoções forçadas. (mais…)

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Reforma agrária e garantia das terras dos povos tradicionais são fundamentais para a agroecologia

Foto: Joka Madruga
Foto: Joka Madruga

Para Denis Monteiro, secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia – ANA, não há como avançar na política de agroecologia com o quadro de concentração fundiária do Brasil.

Por Ednubia Ghisi, Terra de Direitos

O primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo em breve estará em vigor no Brasil, implementando a Política Nacional de Agroecologia, definida pelo Decreto 7.794, de 2012. Para além do período de discussões entre movimentos sociais, organizações e representantes do governo federal, que durou mais de um ano, o Plano é resultado da luta histórica de movimentos contra o modelo do agronegócio, os transgênicos e agrotóxicos.

Em entrevista concedida durante a 12ª Jornada de Agroecologia do Paraná, Denis Monteiro, secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia – ANA, aponta avanços e limites do Plano.

A garantia do acesso à terra e ao garantia dos direitos territoriais está entre os pontos fracos do Planapo: “As ações do Plano também são muito tímidas no que diz respeito à garantia dos direitos territoriais. Essa é uma questão que a gente vai reiteradamente colocar em todos os momentos de mobilização e de articulação com o governo federal”. (mais…)

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