Apyka’i: Jagunços da usina proibem acesso à água e ao cemitério e ameaçam de morte comunidade que teve suas barracas e pertences queimados

Informativo da Aty Guasu para o MPF e a Polícia Federal

crianças em apikayA comunidade Guarani e Kaiowá da Apyka’i que perderam todas as suas barracas e seus pertences pessoais recomeçam a sofrer nova ameaça de morte coletiva pelo grupo de segurança particular de Usina São Fernando.

A liderança da comunidade Guarani e Kaiowá relata que no dia 23 de agosto de 2013 por volta da 19h, um grupo de segurança particular da Usina de Álcool passou a anunciar a ameaça de morte à comunidade Guarani e Kaiowá. Diante da dor e sofrimento causados pela queimada de barracas, um grupo de segurança particular apareceu no local das barracas queimadas, chamou a liderança e anuncia a ameaça de morte.

Um do grupo de segurança armada falou-me assim: “não pode passar por de lá para pegar água, e nem pode mais visitar os cemitérios”. “Se vocês passar novamente para lá, nós vamos matar vocês todos os índios; aviso bem vocês, vocês tem ir embora daqui”, falou para mim a segurança da Usina.

Além de perderem tudo, as comunidades Guarani e Kaiowá recomeçam sofrer a ameaça de morte. As comunidades narram que ali no acampamento já foram assassinados dois indígenas pelos pistoleiros da Usina, 4 foram atropelados, são 6 indígenas assassinados no acampamento de Apyka’i.

Frente ao anúncio de ameaça de morte coletiva de segurança particular, pedimos mais uma vez às autoridades federais para investigar os criminosos e proteger essas famílias Guarani e Kaiowá do acampamento do Apyka’i.

Atenciosamente,
Tekoha Apyka’i, 24 de agosto de 2013
Aty Guasu contra genocídio

Comments (2)

  1. Corroboro com Livia Figueiredo quanto à sua sugestão. Isso é sem sombra de dúvidas GRAVÍSSIMO E REQUER A INTERVENÇÃO FEDERAL. A NAÇÃO BRASILEIRA NÃO PODE MAIS PASSAR POR VERGONHA COMO ESTA. É PRECISO HAVER LEI QUE PUNA ESSES CRIMES COM SEVERIDADE TOTAL.

  2. Sugiro que os Srs. que têm esta informação e maiores detalhes façam uma denúncia através do site do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e na OAB estadual e/ou federal. Sugiro também que divulguem os fatos, com a maior quantidade de informações comprováveis possível, em outros sites de proteção aos Direitos Humanos.

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