MA – Manifestantes interditam BR-222, no município de Buriticupu, contra repressão a crimes ambientais

Manifestantes atearam fogo em pneus na BR-222, em Buriticupu (Foto: Reprodução/Internet/Antônio Veras)
Manifestantes atearam fogo em pneus na BR-222, em Buriticupu (Foto: Reprodução/Internet/Antônio Veras)

Protesto é contra a permanência de homens do Exército e do Ibama. Operação Hileia Pátria teve início há mais de 70 dias na região. Manifestantes dizem que “a economia da cidade gira em torno da agricultura, pecuária e das madeireiras”

Do G1 MA

Manifestantes interditaram a BR-222 na manhã desta quarta-feira (21), no município de Buriticupu (a 405 km de São Luís). O protesto é motivado pela presença do Ibama e do Exército na região, onde está sendo realizada a Operação Hileia-Pátria, que visa combater crimes ambientais. A rodovia foi fechada com toras de madeira. Pneus foram incendiados. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal.

“A economia da cidade gira em torno da agricultura, pecuária e das madeireiras. A prefeitura está atrasando salários. A população está revoltada com a situação, porque a operação está resultando em multas milionárias a quem tem movelaria de pequeno porte, que só sustenta a família. Além disso, o que está deixando a população mais indignada, é o fato dos homens do Exército estarem abusando sexualmente das adolescentes da cidade” [SIC], denunciou o advogado  André Vasconcelos, morador de Buruticupu.

O juiz da comarca, Ailton Gutemberg, afirmou, no entanto, que a denúncia não foi formalizada. “Eu não tenho como tomar providências se não houver nada por escrito. Me comuniquei com a tropa do Exército e o coronel afirmou que a informação não procede. Eles, inclusive, têm a outorga de não falarem com nenhuma menina da cidade. Sobre o que está sendo ventilado de que eu teria socorrido uma menina vítima de estupro, isso não procede também. Já mantive contato com o Ministério Público, que afirmou que a promotoria está à disposição, mas até o momento não tem nada de concreto. Nem aqui, nem no Ministério Público”.

O quartel general da operação está montado no Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Cerca de 700 homens do Exército, 24 do IBAMA, 10 do Instituto Chico Mendes, além de representantes da FUNAI e Batalhão Ambiental, devem ficar na região por tempo indeterminado.

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