Manifestação promete reunir 1 milhão hoje nas ruas

Mobilização promete um milhão nas ruas nesta quinta-feira
Mobilização promete um milhão nas ruas nesta quinta-feira

Na quarta-feira, prefeituras do Rio e de São Paulo decidiram reduzir as tarifas de ônibus

Jornal do Brasil

As ondas de protesto que tomam conta do Brasil nas últimas semanas prometem ter nesta quinta-feira (20) seu dia de ápice. O movimento, mobilizado através das redes sociais, planeja colocar um milhão de pessoas nas ruas, mesmo com a decisão dos governos do Rio e de São Paulo de voltar atrás e reduzir as tarifas de ônibus.

Segundo os ativistas que se manifestam na internet, a decisão das prefeituras não tira a motivação do movimento, já que há muitas outras causas ainda em jogo.

Numa das mensagem, se lê: “Paes, nunca foi por 20 centavos! Continuamos na rua! O prefeito afirmou que a redução será paga com recursos públicos, tirados da saúde e educação! Queremos que seja paga com o lucro dos empresários!!!” (mais…)

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Direita radical tenta pegar carona nos protestos pela redução da tarifa

Enquanto alguns querem impor suas pautas em protestos, juventude que se diz “apartidária” corre o risco de desviar-se da luta central ao atacar partidos
Enquanto alguns querem impor suas pautas em protestos, juventude que se diz “apartidária” corre o risco de desviar-se da luta central ao atacar partidos

José Francisco Neto – Brasil de Fato

Durante o quinto e o sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, foi notável a heterogeneidade de reivindicações. A pauta central do Movimento Passe Livre (MPL), que pede a redução das tarifas, parece estar perdendo a centralidade. Surgem em meio às manifestações cartazes com dizeres como: “Contra a corrupção” e “Impeachment à Dilma”.

Na segunda-feira (17) e na terça-feira (18), a reportagem do Brasil de Fato constatou uma sensível diferença nos atos comparando-os com a semana anterior. Os gritos não eram os mesmos puxados pelos movimentos sociais. As bandeiras dos partidos não foram mais estiadas. Muitas, inclusive, foram impedidas de serem levantadas por um grupo de pessoas que pediam “Sem partido!”, com bandeiras do Brasil nas mãos e cantando o hino nacional. (mais…)

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Sobre a Despolitização das Atuais Manifestações

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Lucas Fier – Esperança Crítica

Em primeiro lugar eu creio que seja importante ressaltar que, seja como for, estas mobilizações que estão tomando conta do país são muito importantes e positivas: elas são a erupção de uma insatisfação generalizada e fazem parte de um aprendizado político do qual, esperamos, leve à coisas maiores e mais concretas. No entanto é preciso ter uma visão crítica com relação ao movimento e principalmente aos rumos que ele está tomando, ao invés da visão ingênua que aparentemente predomina no imaginário popular. Expresso aqui apenas uma opinião. (mais…)

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Técnicas para a fabricação de um novo engodo, quando o antigo pifa

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Por Silvia Viana*, em Prática Radical

Um bom começo para a reflexão que deve se seguir ao dia de ontem (e acompanhar aqueles que virão): observar atentamente a reconstrução do discurso da grande mídia.

Nesse momento, é possível assistir, com nitidez cristalina e ao vivo, cada etapa da linha de produção de uma nova ideologia.

E já que a mercadoria ainda não está pronta, é fundamental tomarmos nota de seus componentes para não corrermos o risco de fornecer matéria-prima.

As anotações que se seguem são relativas à audiência da cobertura do Globo News de ontem e da quinta-feira passada; do Jornal da Record e do Jornal do SBT de ontem; e do Cidade Alerta de quinta (sim, eu ainda tenho estômago):

O elemento central do discurso que ora se monta é a minimização dos fins em relação aos meios. (mais…)

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MPL: “Conquistamos a principal pauta de reivindicação”

Caio Martins, um dos líderes do Movimento Passe Livre, durante as manifestações da semana passada
Caio Martins, um dos líderes do Movimento Passe Livre, durante as manifestações da semana passada

O estudante Caio Martins diz, contudo, que o ato de amanhã em SP será mantido para “celebrar a conquista, apoiar os movimentos em outras cidades e em solidariedade aos detidos e processados”

por Rodrigo Martins – Carta Capital

O estudante de história da USP Caio Martins, integrante do Movimento Passe Livre (MPL), que chamou todos os protestos até agora na capital paulista, confirmou que as manifestações marcadas para está quinta-feira 20 estão mantidas, mesmo após o anúncio da redução das tarifas de ônibus, trem e metrô em São Paulo e da redução da tarifa de ônibus no Rio.

“O governo cedeu e conquistamos a principal pauta de reivindicação dos protestos Vamos manter o ato de amanhã em São Paulo para celebrar a conquista, em apoio aos movimentos de outras cidades e contra a repressão. Será também um ato em solidariedade a todos os manifestantes que foram detidos, presos e estão sendo processados”. O sétimo ato contra o aumento das tarifas em São Paulo está convocado para amanhã, 17h, na avenida Paulista. (mais…)

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“Decifra-me ou te devoro”: a grande mídia e as manifestações

O Liberal o pinoquio jornaleiro peqPor Gilberto Calil, em Blog Convergência

A muito custo pessoal, tenho encarado o desagradável de assistir o máximo possível as transmissões da Globo News e da Rede Globo sobre as manifestações.[1] Por mais que embrulhe o estômago, penso que é uma tarefa urgente e fundamental compreender como a grande mídia tem atuado no sentido de manipular e condicionar os movimentos. Seguem alguns pontos de uma reflexão ainda em aberto:

1. Até a quinta-feira 13/6, vimos a velha Rede Globo em seu tradicional e conhecido discurso antipopular, diabolizador dos movimentos sociais e justificador da repressão. E, mais do que isto, a tentativa de, simultaneamente, justificar e ocultar a violência policial até o momento em isto tornou-se totalmente impossível ou contraproducente. A opção inicial então era a defesa de repressão implacável, isto é, de que fosse usada a força necessária para esmagar as mobilizações. Assim, na cobertura daquela quinta-feira o termo “vândalo” era onipresente, um mantra para desqualificar sem discussões toda a manifestação.

Foram inúmeras situações ridículas, como a “confirmação oficial” de que não tinha nenhum ferido, tendo como fonte a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, e em um momento onde pelas redes sociais já se divulgava a existência de dezenas de feridos. A repressão foi efetivamente brutal, como pediu a Rede Globo, mas algo deu errado, e não foi apenas o fato de inúmeros jornalistas terem sido atingidos, desmentindo o desgastado discurso de que todos foram feridos “porque provocaram”. Sobretudo, o que deu errado foi a própria realização da manifestação, graças à firme e competente condução do bloco de forças que convocou as manifestações – liderados pelo Movimento pelo Passe Livre e com apoio de partidos de esquerda, movimentos populares e entidades estudantis. As ameaças e o efetivo uso generalizado da força não foram suficientes para impedir que muitos milhares se reunissem e reafirmassem sua disposição de luta. (mais…)

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MG – Advogados organizam representação contra o governador Anastasia

Manifestantes mostram cartazes a cinegrafistas e fotógrafos
Manifestantes mostram cartazes a cinegrafistas e fotógrafos

Thaís Mota – Hoje em Dia

Alguns advogados mineiros estão estudando a possibilidade de entrar com uma representação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador de Minas, Antonio Anastasia. Segundo o advogado Marco Aurélio Corrêa, a ação contra o Estado deverá ser por omissão. (mais…)

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Documento que pode comprovar orientação da PM para deixar vândalos livres em BH é divulgado

Hoje em Dia

Um documento que pode comprovar que a Polícia Militar de Minas Gerais foi orientada a deixar vândalos livres durante os protestos realizados na região central de Belo Horizonte na noite dessa terça-feira (18) foi divulgado na internet. A publicação foi feita nas redes sociais e, rapidamente, foi compartilhada.

O material é um registro de chamada da polícia, em que abaixo da anotação da ação dos vândalo na agência do Banco do Itaú localizada na rua Vinte e um de Abril, no Centro, há uma mensagem de que o comandante do 1º Batalhão, tenente-coronel Baião, ordenou a não intervenção na manifestação até que outra ordem fosse dada. A instituição financeira que foi citada no documento foi invadida por três homens nessa terça e o trio tentou furtar vários móveis e outros objetos do local.

Além desse banco, uma agência do Banco do Brasil da Afonso Pena e uma loja da Vivo instaladas na mesma região também foram alvo de outros nove criminosos, que quebraram vitrines, atearam fogo e ainda tentaram furtar esses locais. Outros jovens também mudaram o foco dos protestos dessa terça ao jogarem pedras e até cuspirem no prédio da Prefeitura de Belo Horizonte. Assim como, o relógio instalado na Praça da Liberdade para fazer a contagem regressiva para a Copa foi quebrado e as instalações do Museu da Vale bastante danificadas. (mais…)

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MG – Militante do movimento denuncia que está sendo vigiada pela polícia

Nesta quarta-feira (19), mais de 10 mil pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte
Nesta quarta-feira (19), mais de 10 mil pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte

Thaís Mota – Hoje em Dia

Uma militante do movimento que ocupou as ruas de Belo Horizonte nos últimos dias denunciou com exclusividade ao Hoje em Dia que está sendo monitorada e perseguida pela polícia. Segundo Gabi Santos, de 27 anos, após o ato realizado na última terça-feira (18), ela e outros integrantes do movimento foram seguidos por quatro homens quando voltavam pra casa. “Um deles conseguimos identificar, que estava presente na assembleia organizada debaixo do Viaduto Santa Tereza e, por isso, desconfiamos que há pessoas infiltradas no movimento”.  (mais…)

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Para antropólogo, governo promove a desqualificação da Funai. Entrevista com Jorge Eremites

Uma colaboração para com as dúvidas do Estadão a respeito: Terena que lutaram na Guerra do Paraguai. Acervo Comissão Rondon s/d.
Uma colaboração para com as dúvidas do Estadão a respeito: foto de dois Terena que lutaram na Guerra do Paraguai. Acervo Comissão Rondon s/d.

Coautor do laudo sobre a área que os índios terena reivindicam em MS, Jorge Eremites de Oliveira diz que atitude gera insegurança jurídica e conflitos por terra

Por Pablo Pereira – O Estado de S.Paulo

O governo federal adota uma “postura anacrônica”, desqualifica a Funai e promove insegurança jurídica na questão das terras indígenas. A afirmação é do antropólogo Jorge Eremites de Oliveira, coautor do laudo de 2003 sobre a terra que os índios terena reivindicam em Mato Grosso do Sul. “Trata-se de uma violência só conhecida para a época do regime militar”, diz Oliveira. Para ele, o governo erra ao propor a entrada da Embrapa no processo. No último dia 30, durante a desocupação da fazenda Buriti, em Sidrolândia, o índio Oziel Gabriel, de 35 anos, morreu baleado. O governo foi obrigado a enviar soldados da Força Nacional para pacificar a região. Abaixo, a entrevista concedida por e-mail pelo antropólogo ao Estado.

O governo federal quer evitar que a Funai sozinha atue na questão da terra indígena. É necessário a Embrapa?

A estratégia do governo federal, conforme observado em discursos vindos da Casa Civil, tem sido apontada como a de sistematicamente promover a desqualificação da Funai e dos estudos antropológicos para identificação e delimitação de terras indígenas. Assim o faz sob a alegação de que não há clareza nos critérios adotados pela agência indigenista para isso, como se não existissem leis que regulamentam a matéria. Dessa maneira reproduz o pensamento político e conhecidos clichês do movimento ruralista. Com esta postura anacrônica gera insegurança jurídica aos povos indígenas e estimula o aumento dos conflitos pela posse da terra em todo o País, como ocorre em Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma violência só conhecida para a época do regime militar. A Embrapa, por exemplo, não tem competência para tratar do assunto, exceto, talvez, para contribuir com a parte ambiental desses estudos. O recomendável no momento é tratar da ‘questão indígena’ com a devida atenção que merece, isto é, como prioridade nas políticas de Estado. Para tanto, é preciso fortalecer a Funai, inclusive em termos de dotação orçamentária, e não sucateá-la e desqualificá-la ainda mais. (mais…)

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