Manifestação promete reunir 1 milhão hoje nas ruas

Mobilização promete um milhão nas ruas nesta quinta-feira
Mobilização promete um milhão nas ruas nesta quinta-feira

Na quarta-feira, prefeituras do Rio e de São Paulo decidiram reduzir as tarifas de ônibus

Jornal do Brasil

As ondas de protesto que tomam conta do Brasil nas últimas semanas prometem ter nesta quinta-feira (20) seu dia de ápice. O movimento, mobilizado através das redes sociais, planeja colocar um milhão de pessoas nas ruas, mesmo com a decisão dos governos do Rio e de São Paulo de voltar atrás e reduzir as tarifas de ônibus.

Segundo os ativistas que se manifestam na internet, a decisão das prefeituras não tira a motivação do movimento, já que há muitas outras causas ainda em jogo.

Numa das mensagem, se lê: “Paes, nunca foi por 20 centavos! Continuamos na rua! O prefeito afirmou que a redução será paga com recursos públicos, tirados da saúde e educação! Queremos que seja paga com o lucro dos empresários!!!”

Em enquete no Facebook, a maioria dos ativistas diz que a luta vai continuar, desta vez, contra a aprovação da PEC 37, que propõe tirar o poder de investigação do Ministério Público. Os manifestantes vão se reunir na Candelária e planejam marchar rumo à prefeitura e ao Palácio Guanabara. Também estão previstos protestos no Maracanã, onde às 16 horas se enfrentam Espanha e Taiti, pela Copa das Confederações.

Alckmin, Haddad e Paes anunciaram revogação de aumento nas tarifas

Pressionados pelas recentes manifestações populares, Rio de Janeiro e São Paulo anunciaram a redução das tarifas de ônibus, que voltam para R$ 2,75 e R$3,00, respectivamente. O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) explicou que a redução vai implicar em cortes de gastos em outras áreas devido às restrições orçamentárias.

“Precisamos definir os cortes porque o custo dessa redução pode chegar a 500 milhões por ano. São escolhas sobre prioridade que vamos ter que definir. Tivemos um aumento de custo durante 18 meses e esses custos não serão repassados”, disse Paes.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad  anunciou a redução das passagens, junto com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O reajuste que deveria ser feito em janeiro, explicou Haddad, foi prorrogado para junho e já tinha incorporado à desoneração do PIS/Cofins. No entanto, disse o prefeito, a necessidade do aumento deu a impressão para a população de que essa desoneração não havia sido feita.

Em São Paulo, policiais observam manifestação pacífica

“Nos últimos dias evoluímos o diálogo com a população de SP, ouvimos vários segmentos e tomamos essa decisão. Vamos ter consequências com relação a esse gesto e teremos que fazer cortes”, disse Haddad.

Alckmin ressaltou na entrevista coletiva que haverá cortes de investimentos, mas disse que os transportes são prioridades do governo.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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