Ave Aécio! Depois dos elogios à Coronel Cláudia Romualdo, Tropa de Choque da PM ataca manifestantes próximo à UFMG

Foto: Estado de Minas.
Foto: Estado de Minas.

Por Emerson Campos, Valquiria Lopes, Felipe Castanheira, Fernanda Machado e Tábita Martins – EM

A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em confronto com os manifestantes que fecham, desde o início da tarde, a Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. As primeiras informações são de que os militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o grupo de cerca de 10 mil pessoas que marchava rumo ao Mineirão. A confusão começou próximo à UFMG, na Região da Pampulha, quando alguns jovens tentaram furar o bloqueio para subir a Avenida Abrahão Caram. Do local, manifestantes relatam, além das bombas, o uso de spray de pimenta e de balas de borracha pelos militares. Até o momento, não há informações sobre feridos. No Hospital de Pronto Socorro João XXIII, ainda não foi identificado nenhum paciente vítima do confronto. Depois que a ação da Polícia Militar começou, os jovens revidaram arremessando pedras e colocando fogo em alguns objetos na avenida.

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Indígenas do povo Cinta Larga fecham garimpo na Terra Indígena Parque do Aripuanã (RO/MT)

Foto: CGMT / Funai
Foto: CGMT / Funai

Funai – No dia 11 de maio, indígenas do povo Cinta Larga fecharam, com o apoio da Funai, o garimpo laje, também conhecido como “garimpo do Roosevelt”. A ação foi desenvolvida de maneira pacífica, sem confronto e sem a participação de forças policiais. Os indígenas, acompanhados pelos servidores da Funai, ocuparam o local do garimpo e determinaram que todos os garimpeiros se retirassem da Terra Indígena (TI) Parque do Aripuanã, situada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

A TI Parque do Aripuanã, de usufruto exclusivo do povo Cinta Larga, foi palco de grandes conflitos em decorrência do garimpo de diamantes, que também ocasionou inúmeros problemas às comunidades indígenas. Desativado e reativado inúmeras vezes ao longo das últimas décadas, o garimpo laje passou dois anos sem atividade, em função da implementação do Projeto Laje, mas foi reativado em 2012. Desde o início dos anos 2000, esse foi o maior período pelo qual o garimpo permaneceu paralisado. (mais…)

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Defensoria entra com ação para barrar ‘prisão por averiguação’ em protesto

Casal que estava em bar na avenida Paulista é agredido por policiais militares; eles foram obrigados a deixar o local (Eduardo Anizelli/Folhapress)
Casal que estava em bar na avenida Paulista é agredido por policiais militares; eles foram obrigados a deixar o local (Eduardo Anizelli/Folhapress)

Por Mário Cesar Carvalho, Folha de S. Paulo

A Defensoria Pública de São Paulo entrou hoje com duas ações judiciais para evitar que manifestantes sejam presos para averiguação e pede uma indenização de R$ 10 mil por danos morais para cada um que foi preso com base nessa justificativa.

Cerca de 150 pessoas foram presas com o uso dessa figura na última quinta-feira (13), segundo Mariana Toledo, do Movimento Passe Livre.

A prisão por averiguação era uma figura jurídica usada pela ditadura militar e foi extinta pela Constituição de 1988. (mais…)

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Carvalho recebe manifestantes do protesto no Mané Garrincha

Danilo Macedo, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na manhã de hoje (17) com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para discutir sobre o protesto ocorrido na capital federal no último sábado (15), contra gastos do governo com obras para a Copa do Mundo. No dia da abertura da Copa das Confederações, Carvalho conversou com manifestantes nas proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha. Segundo a assessoria do ministro, Carvalho não assistiu ao jogo no estádio e foi ao local apenas para entender o motivo dos protestos.

A Secretaria-Geral da Presidência informou que o ministro repassou à presidenta o quadro que viu no sábado. Antes, o ministro recebeu dois representantes, pai e filha, do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), que protestaram pela priorização de investimentos nas áreas de saúde, segurança pública, do transporte público e de educação. O instituto é um grupo de voluntários, profissionais da área de fiscalização, ligados a várias entidades representativas de classe. “O IFC tem por finalidade incentivar e fortalecer as ações de acompanhamento e fiscalização da gestão financeira dos recursos públicos, tanto por parte da sociedade civil, como por parte dos órgãos públicos, contemplando a valorização e o reconhecimento dos profissionais que atuam nas atividades concernentes”, diz site da entidade.

Hoje, Carvalho receberá o grupo Copa pra quem?, também presente nos protestos de sábado, e depois falará com a imprensa. (mais…)

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Nota nº7: Nota do MPL sobre reunião na Prefeitura

logo Passe LivreNa manhã de hoje, 17/06, o Movimento Passe Livre (MPL) foi convocado para uma reunião com o Secretario de Governo, João Donato, para discutir a participação do movimento no Conselho da Cidade. A militante do MPL destacada para essa função foi surpreendida pela presença, não informada previamente, do prefeito Fernando Haddad. O prefeito fez diversos apontamentos e justificou que não é possível revogar o aumento da tarifa por motivos técnicos.

Contudo, os aumentos de tarifa não se tratam de uma questão técnica, mas política, como provam os diversos lugares em que a pressão popular conseguiu os reverter. Mesmo com a presença surpresa do prefeito, essa conversa não tinha o poder de negociar a revogação do aumento. O MPL vem a público reforçar a necessidade de estabelecer um espaço de negociação sobre a pauta única das manifestações – a revogação do aumento. Sendo assim mantemos o convite para o prefeito, Fernando Haddad, se reunir com o MPL na quarta-feira, 19/06, às 10h no sindicato dos jornalistas.

MPL-SP

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“Não me curvarei”, afirma a dirigente indígena Bertha Cáceres

Em Honduras, manifestações exigem a anulação do julgamento e a liberdade definitiva da dirigente indígena da etnia lenca (Foto: Reprodução)
Em Honduras, manifestações exigem a anulação do julgamento e a liberdade definitiva da dirigente indígena da etnia lenca (Foto: Reprodução)

Giorgio Trucchi, da LINyM, no Brasil de Fato /Tradução de Felipe Canova Gonçalves

No dia 24 de maio, Bertha Cáceres, coordenadora do Conselho de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), foi detida ilegalmente por tropas do exército e da polícia local, juntamente com o comunicador social e membro da mesma organização Tomás Gómez, enquanto viajavam de carro para a região do rio Blanco, onde há mais de 70 dias comunidades indígenas da etnia lenca, com o apoio incondicional do Copinh, protestam contra o projeto hidrelétrico Agua Zarca.

Durante a abordagem policial, Cáceres e Gómez foram tratados com violência injustificada, sendo a líder indígena acusada de porte ilegal de arma, e em seguida liberada com medidas cautelares alternativas à prisão. (mais…)

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O efeito boomerang da bala de borracha

Funeral de Celso Rodrigues Guarani Kaiowá, da aldeia Paraguassú, em Paranhos (MS). Os guaranis são vistos como "bagres" que "atravancam o progresso" (Foto extraída do saite Carta Capital)
Funeral de Celso Rodrigues Guarani Kaiowá, da aldeia Paraguassú, em Paranhos (MS). Os guaranis são vistos como “bagres” que “atravancam o progresso” (Foto extraída do saite Carta Capital)

Governos treinaram na Amazônia e nas periferias a repressão e a violência que hoje se vê nas cidades. É preciso ir para as ruas recuperar a democracia representativa

Por Felipe Milanez, Carta Capital

Alguns anos atrás, a geógrafa Bertha Becker disse numa entrevista à National Geographic Brasil que a Amazônia é uma fronteira. Segundo ela, “lá é possível observar as tendências mais recentes em curso no mundo.” Tendência, uma palavra da moda, serve para indicar as transformações. Segundo Bertha, na Amazônia as grandes transformações mundiais são mais fáceis de ser percebidas do que no Rio de Janeiro e São Paulo, pois nessas cidades “a complexidade da vida social, econômica e política é tão grande, entremeada de tantas informações, que é difícil captar algum rumo novo.”

Essa ideia da “tendência” pioneira na Amazônia pode ajudar a explicar de onde vem a violência na repressão dos protestos e movimentos sociais. A bala de borracha que cega manifestantes pelo passe livre em São Paulo, o gás que asfixia quem pergunta “Copa para quem?” no Rio ou em Brasília, já eram, de certa forma, sentidos em Altamira e em Porto Velho, no Sul do Pará, espalhando-se pelo Mato Grosso do Sul, Oeste do Paraná, e o país afora. Agora, chega nos centros dessa massiva urbanização que é o país.
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“Excluídos” Ciganos: Vidas em trânsito e perseguição

O sofrimento é a marca do povo cigano, em quase todos os lugaresFoto: Cid Barbosa
O sofrimento é a marca do povo cigano, em quase todos os lugares
Foto: Cid Barbosa

Com uma trajetória marcada historicamente pelo preconceito, os ciganos conseguem despertar sentimentos dúbios

Diário do Nordeste

Diferentemente de como são apresentados na moda, em festas representadas pela exuberância das cores, sensualidade das danças e da música, os ciganos, na vida real, são bem diferentes. E foi essa realidade que pudemos constatar ao entrar no universo de um povo marcado pelo preconceito, daí a desconfiança. Mas quando percebem que o visitante tem uma outra visão sobre eles, abrem as suas tendas e falam de suas necessidades e anseios. E entre xícaras e mais xícaras de café, revelam mais sobre a sua cultura.

Para alguns, não passam de trapaceiros, espertalhões, gente perigosa; enquanto, para outros, são portadores de um saber sobrenatural, principalmente as mulheres. A maior parte delas dedica-se à quiromancia, adivinhação pelas linhas da palma das mãos. Enquanto os homens são exímios comerciantes. Mas, quem são essas pessoas? São vítimas de um preconceito “globalizado”. No mundo todo a rejeição acompanha esses povos ao longo da história.

Na Idade Média, eram queimados em fogueiras; sentiram na pele os horrores da perseguição de Hitler junto com os judeus. Em pleno século XXI, são cidadãos indesejáveis na Europa. Portadores de uma história que ninguém sabe ao certo onde começou, possuem linguagens próprias, uma cultura que mistura traços de povos de diversos países e continentes, marcada pela oralidade. (mais…)

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