Mais um adolescente Guarani é “suicidado” pela nossa sociedade. Emerson Galeano, 16 anos, da Tekoha Jevy, em Guaíra, Paraná

LutoTania Pacheco* – Combate Racismo Ambiental

As notícias ainda chegam aos poucos sobre Celso Rodrigues, assassinado por pistoleiros ontem no arredores da aldeia Paraguassú, no município de Paranhos, Mato Grosso do Sul, e outra notícia, talvez ainda mais cruel, vem se somar à sua morte, agora no Paraná.

Emerson Galeano, adolescente Guarani de 16 anos, se enforcou nesta madrugada na Tekoha Jevy, município de Guaíra. Seu pai, Teodoro, disse a pessoas próximas que estava muito preocupado com o filho, que ultimamente estava  “apático e muito quieto”. O adolescente havia reclamado de estar sendo vítima de preconceito na escola em que estudava, em Guaíra.

Emerson Galeano nasceu em 14 de agosto de 1996. Viveu até este dia 13 de junho de 2013, quando foi encontrado morto por familiares, ao amanhecer.

Coincidentemente, talvez, ontem o prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, assinou e publicou no portal do município o Decreto 242/2013, instituindo ponto facultativo para que todos os servidores públicos municipais das diversas secretarias pudessem estar liberados amanhã, a partir das 12 horas, para participar da grande festa ruralista anunciada para esta sexta-feira (14). (mais…)

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Sem reivindicações atendidas, índios Munduruku retornam ao Pará

esplanada mundurukuAlex Rodrigues, Repórter Agência Brasil

Brasília – Os 144 índios mundurukus, que passaram mais de uma semana em Brasília tentando convencer o governo a interromper todos os empreendimentos hidrelétricos em obras ou em estudo na Amazônia, estão regressando ao seu estado, o Pará.

O grupo, que ocupou a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) na segunda-feira (10) – chegando a impedir a entrada de servidores durante toda a terça-feira (11) – partiu da Base Aérea de Brasília no início da tarde de hoje (13), a bordo de dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os mundurukus estavam em Brasília desde a terça-feira (4) da semana passada, quando desocuparam o principal canteiro da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e aceitaram a proposta de se reunir com representantes do governo. (mais…)

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Copa das Confederações: manifestações denunciam violações de direitos

Por Raquel Rolnik

Movimentos e organizações da sociedade civil realizam manifestações nesta sexta-feira (14), véspera da Copa das Confederações, para chamar a atenção da sociedade às violações de direitos que estão acontecendo no processo de preparação do país para a Copa de 2014. Em São Paulo, o ato “Copa pra quem?” acontece a partir das 16h, no Masp, na Avenida Paulista.

Já no Rio de Janeiro, o Comitê Popular da Copa realiza, no próximo sábado, no Quilombo da Gamboa, na zona portuária, a Copa Popular Contra as Remoções, um campeonato que tem como objetivo integrar comunidades ameaçadas de remoção. Os jogos começam às 9h e, na ocasião, será lançado o saci, Mascote Popular da Copa. No fim da tarde, a partir das 17h, a atividade será encerrada com uma festa junina.

Equipes do Morro da Providência, Santa Marta, Salgueiro, Indiana, Muzema, Vila Autódromo e Vila Recreio II já confirmaram participação.

Veja a página do evento do Rio no Facebook.

Para mais informações sobre o ato de São Paulo, clique aqui.

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Procuradoria Geral da República é contra ações que questionam permanência de indígenas no Assentamento Nova Amazônia (RR)

Movidos pelo governo de Roraima, processos também querem impedir ampliação da terra indígena Serra da Moça

 Procuradoria Geral da República

Em pareceres enviados nesta quarta-feira, 12 de junho, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria Geral da República (PGR) defendeu a improcedência de ações que vedam a permanência de indígenas no Assentamento Nova Amazônia e a ampliação da terra indígena Serra da Moça, ambos em Roraima. O caso foi judicializado em 2010 pelo governo estadual, primeiro como ação cautelar (2.541) e depois como ação cível originária (1552), em face da União, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Comunidade Indígena Serra da Moça.

Nas ações, o estado de Roraima alegou que a área do projeto de assentamento em questão – localizada na região da antiga Fazenda Bamerindus, desapropriada e incorporada ao patrimônio da União para fins de reforma agrária –, havia sido invadida por um grupo famílias indígenas procedentes da terra indígena Serra da Moça, que reivindicariam a extensão de sua reserva. Dessa forma, o governo estadual pediu que o STF vedasse a permanência dos indígenas e proibisse a ampliação da terra indígena. A ação cautelar recebeu liminar parcialmente favorável “para garantir a manutenção dos assentamentos já realizados (…) vedando-se o acesso de novos grupos indígenas ao local” e para que “a União e a Funai se abstenham de praticar quaisquer atos no sentido de reconhecer a referida área como terra indígena”.

Tanto a União quanto a Funai contestaram a decisão: preliminarmente pela ilegitimidade ativa do estado de Roraima e pela incompetência do MPF; e, no mérito, pela improcedência do pedido. É a tal entendimento que se alinham pareceres emitidos pela PGR. (mais…)

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MPF recebe lideranças Potiguaras: Indígenas pediram apoio para resolução de problemas da comunidade

Subprocuradora-geral da República com lideranças Potiguaras (Foto: MPF)
Subprocuradora-geral da República com lideranças Potiguaras (Foto: MPF)

Procuradoria Geral da República

A subprocuradora-geral da República Maria Eliane Menezes de Farias, representando a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (populações indígenas e comunidades tradicionais), recebeu 12 líderes indígenas da etnia Potiguara, no último dia 5.

Os indígenas vieram a Brasília para solicitar ao MPF e ao Ministério da Justiça o apoio necessário para a resolução dos problemas relacionados à demarcação de suas terras, na Paraíba. Eles pedem a desintrusão de 13.500 hectares de terras que ficaram fora da demarcação realizada pelo Exército em 1983.  (mais…)

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Antropóloga defende diálogo para articular medicinas indígenas e sistema de saúde

Luciane Ouriques na Oficina de Elaboração das Cartilhas de Prevenção às DST-Aids e Hepatites Virais dos povos Indígenas do Vale do Javari, em 2011. Foto de Edson Fogaça.
Luciane Ouriques na Oficina de Elaboração das Cartilhas de Prevenção às DST-Aids e Hepatites Virais dos povos Indígenas do Vale do Javari, em 2011. Foto de Edson Fogaça.

Por Jaime Benchimol e Marina Lemle, em História, Ciências, Saúde — Manguinhos

Em seu artigo A emergência da medicina tradicional indígena no campo das políticas públicas, publicado em História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol.20, no.1, jan./mar. 2013), a antropóloga Luciane Ouriques Ferreira analisa com perspicácia as redefinições de sentido pactuadas entre representantes do Estado e de comunidades indígenas em encontros realizados no Acre, em 2006, reunindo médicos, parteiras, pajés e agentes indígenas de saúde de diferentes etnias.

Enquanto os últimos falam em nome de saberes e práticas localizados, não redutíveis aos critérios de mensurabilidade da medicina acadêmica, esta se apresenta como científica e fundamenta as políticas públicas, numa posição hegemônica, mesmo quando busca interagir com as medicinas por ela qualificadas como ‘tradicionais’.

Nesta entrevista ao blog da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos, a antropóloga explica que as medicinas tradicionais indígenas podem ajudar a ampliar a cobertura dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas em regiões de difícil acesso, bem como contribuir para a atenção diferenciada e integral, mas, para isso, os profissionais de saúde precisam comunicar-se de forma intercultural e construir, junto com as comunidades, rotinas de cuidados que articulem saberes e práticas de horizontes epistemológicos distintos. (mais…)

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Vergonha! Cardozo diz que norma para mudar demarcação de terras indígenas sairá este mês

José Eduardo Cardozo, ministro da justiça. Foto Pedro Ladeira (Folhapress)
José Eduardo Cardozo, ministro da justiça. Foto Pedro Ladeira (Folhapress)

Folha/UOL – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (13) que até o final do mês será publicada uma portaria mudando o rito de demarcação de terras indígenas.

A norma está sendo discutida pelo Ministério da Justiça e irá regulamentar um decreto já existente sobre o tema. Ele determinará a participação de outros órgãos, além da Funai, no processo. Hoje, isso já ocorre, mas a palavra final é do órgão indigenista –antes do processo ser enviado ao ministro da Justiça e, por fim, ao presidente da República.

Apesar de esse ser um pedido antigo da bancada ruralista –que acumula vitórias contra o governo Dilma Rousseff e cujo setor econômico tem crescido acima da média do país– ele afirmou que a ideia não é esvaziar a Funai (Fundação Nacional do Índio).

“Ela vai aperfeiçoar o processo de demarcação, evitando a judicialização. A Funai não vai perder o protagonismo”, afirmou. (mais…)

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País pode ganhar ‘2 Sergipes’ em área indígena

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress

Daniel Carvalho, Folha de S. Paulo

Principal motivo de desavença entre índios e produtores rurais, ainda há ao menos 196 terras indígenas a serem demarcadas pelo governo federal no país.

Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), 81 terras –que juntas equivalem a área de dois Estados de Sergipe– precisam apenas ser homologadas pela presidente Dilma Rousseff.

A homologação, uma das últimas etapas para reconhecer que uma área pertence aos índios, é atribuição exclusiva do presidente e ocorre depois que a Funai e o Ministério da Justiça demarcam e delimitam a terra.

Outras 115 áreas estão em estudo e o governo não sabe a dimensão final que terão.

Em média, Dilma concedeu aos índios menos terras do que seus antecessores. (mais…)

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MPF: Justiça determina que a empresa MGX, do empresário Eike Batista, inicie a retirada de cisterna e estacas da Marina da Glória

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr

Jornal do Brasil

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça concedeu liminar determinando que a empresa MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, do empresário Eike Batista, inicie a retirada de cisterna, do alargamento do píer (no trecho próximo a cisterna) e de estacas implantadas no espelho d’água na Marina da Glória. A empresa deve ainda liberar o acesso público ao mar, possibilitando o uso do local para treino e competições de remo.

No ano passado, o MPF moveu ação civil pública, através da procuradora da República Ana Padilha Luciano de Oliveira, devido a representação da Federação dos clubes de remo notificando a restrição do acesso público por terra e de pessoas e barcos às águas da Marina da Glória e, consequentemente, à Baía de Guanabara. Segundo a ação, a empresa MGX bloqueou os acessos para implantação de um novo projeto de expansão na referida área.

Para o MPF, o acesso ao local deve ser garantido sem nenhuma restrição e por isso houve lesão ao patrimônio histórico nacional devido ao tombamento do Parque do Flamengo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. (mais…)

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