Cristina Indio do Brasil* – Agência Brasil
Rio de Janeiro – O uso de tranquilizantes entre policiais civis do Rio de Janeiro (13,3%) é maior que entre os policiais militares (10,1%). O mesmo ocorre com o consumo de bebidas alcoólicas. Enquanto 12% dos civis fazem uso desse tipo de bebida, entre os militares o resultado foi 11%. Com relação ao uso de maconha, a ordem se inverte. Entre os policiais civis o consumo foi 0,1% e entre os militares 1,1%. A maior frequência no uso de tabaco é dos civis, com 23,3%, contra 19,1% dos militares.
Os dados foram divulgados no artigo Consumo de Substâncias Lícitas e Ilícitas por Policiais do Rio de Janeiro, das pesquisadoras Edinilza Ramos de Souza, Moriam Schenker, Patricia Constantino e Bruna Soares Chaves Correia, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na edição de março deste ano da revista Ciência & Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva .
Segundo Patrícia Constantino, o estudo concluído em 2012 é uma análise dos resultados de duas pesquisas que investigou as condições de trabalho e saúde dos policiais. A primeira, foi feita com os civis, em 2003, e a segunda, em 2008, com os militares. Um dos pontos avaliados nas pesquisas foi a questão do uso das drogas lícitas e ilícitas. “Foi feita uma amostragem nos batalhões e nas delegacias. Aplicamos um questionário com mais de 100 perguntas abordando a questão da saúde física-mental, qualidade de vida e processo de trabalho. O questionário foi respondido pelos policiais e entregue a nós”, explicou a pesquisadora. (mais…)
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