PA – Madeireiros abrem fogo contra fiscais do Ibama e indígenas

Agentes foram rendidos e ficaram perdidos em terra onde havia madeira ilegal

Neste domingo (2), madeireiros atiraram contra fiscais do Ibama, policiais militares e índios que faziam a retirada de uma carga de madeira apreendida de dentro da Terra Indígena Alto Rio Guamá em Paragominas, a 500 quilômetros da capital paraense.

A madeira foi apreendida no ano passado depois de ser extraída ilegalmente de dentro da Terra Indígena, mas só agora o Ibama pôde fazer cubagem, para posterior retirada. Os policiais e fiscais foram surpreendidos pelos madeireiros, que atiraram contra a equipe. Não há notícia de feridos, mas dois policiais militares e o índio Valdecir Tembé estão desaparecidos.

O MPF por meio do procurador da República Gustavo Henrique Oliveira, de Paragominas, pediu reforço da Polícia Federal e Militar no local. Ele acompanha o caso e enviou ofícios à Polícia Federal, ao Ibama, Funai, à Secretaria de Segurança Pública e ao Batalhão de Polícia Ambiental do Pará para conter os madeireiros.

Segundo testemunhas, ‘os agentes foram rendidos e se encontram perdidos no local. A Funai informou, ao telefone, que os madeireiros retiveram as armas dos agentes. Um indígena está perdido. Solicito, com urgência, o apoio desse Batalhão, para conter os conflitos, resguardar a integridade das pessoas envolvidas e assegurar a madeira derrubada’, diz o ofício enviado hoje ao Batalhão de Polícia Ambiental.

‘Ressalto que os fiscais do Ibama e os policiais do BPA foram rendidos no local. Houve negociação para que fossem soltos. Porém, há relatos de que dois policiais continuam na Terra Indígena, perdidos’, disse no documento enviado à PF.

http://www.orm.com.br/noticia/noticia.asp?id=620678&%7Cmadeireiros+abrem+fogo+contra+fiscais+do+ibama+e+indigenas#.ULyUxYNX3nh

Enviada por Janete Melo.

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Nilcilene Miguel de Lima e Alexandre Anderson: dois brasileiros na Maratona de Cartas da Anistia

Em Maratona de Cartas da Anistia Internacional defenderá seis casos, de 7 a 16 de dezembro. Dois são do Brasil, falamos de três das cinco pessoas e sobre a comunidade escolhidas pela Anistia Internacional para serem defendidas na Maratona de Cartas deste anos. Deixamos de lado as duas que são do Brasil: Nilcilene Miguel de Lima e Alexandre Anderson.   

Nilcilene Miguel de Lima é a presidente de uma associação que representa 800 famílias de uma comunidade de pequenos produtores e extrativistas em Lábrea, no sudeste do estado do Amazonas. Sua casa foi incendiada e ela foi ameaçada, espancada e forçada a fugir de sua terra por ter se manifestado contra a exploração ilegal de madeira. A comunidade de Nilcilene vive do cultivo de subsistência (mandioca, banana, dentre outros) e do agroextrativismo (frutas, castanhas, seringueiras).

As pequenas comunidades que vivem do extrativismo em reservas legalmente reconhecidas no sul do município de Lábrea têm estado na mira de madeireiros e grileiros. Os líderes dessas comunidades têm sido vítimas de espancamentos, ameaças, ataques incendiários e roubo de propriedade, na tentativa de forçá-los a sair de suas terras. Muitos fugiram da região temendo por suas vidas.

As ameaças contra Nilcilene tiveram início em 2009, quando ela começou a se manifestar contra a chegada de madeireiros ilegais. Segundo a comunidade, pistoleiros contratados pelos madeireiros perseguem e expulsam pequenos produtores e intimidam qualquer um que se atreva a questionar suas ações. Os que resistem enfrentam violência. Ao menos seis trabalhadores rurais foram assassinados na região desde 2007. (mais…)

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Maratona de Cartas da Anistia Internacional defenderá seis casos, de 7 a 16 de dezembro. Dois são do Brasil

Os seis casos escolhidos para a campanha deste ano são do Brasil, da Nigéria, China, Egito e Estados Unidos (este último na verdade de um prisioneiro de Guantânamo). 

A Maratona de Cartas é o maior evento de Direitos Humanos do mudo e este ano acontecerá de 7 a 16 de Dezembro. A Anistia Internacional promove maratona de cartas para pressionar governos em casos de violações de direitos humanos. Os eventos acontecerão no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba e logo estaremos informando datas e horários mais exatos. Se você não estiver nestas cidades, terá oportunidade de participar fazendo o download de material online ou assinando petições eletrônicas. Iremos colocar instruções aqui e nos nossos canais nas redes sociais.

Durante estes dias milhares de pessoas espalhadas pelo mundo terão a oportunidade de escrever cartas em defesa de indivíduos e comunidades em risco. O objetivo é chamar a atenção para estes casos, o que poderá resultar numa melhoria das condições dos indivíduos e comunidades visadas. (mais…)

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