Taxa de homicídios de negros cresce 5,6% em oito anos, enquanto a de brancos cai 24,8%

Thais Leitão – Agência Brasil*

Brasília – Enquanto a taxa de homicídios de brancos no país caiu 24,8% de 2002 a 2010, a da população negra cresceu 5,6% no mesmo período. Em 2002, morriam assassinados, proporcionalmente, 65,4% mais negros do que brancos. Oito anos depois, foram vítimas de homicídio no Brasil 132,3% mais negros do que brancos.

Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil, divulgado hoje (29), em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).

De acordo com o estudo, morreram assassinados no país 272.422 negros entre 2002 e 2010, com uma média anual de 30.269 mortes. Somente em 2010, foram 34.983 registros.

Para fazer o levantamento, foram considerados os dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.

*Edição: Juliana Andrade

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-29/taxa-de-homicidios-de-negros-cresce-56-em-oito-anos-enquanto-de-brancos-cai-248#.ULdceC5ngxI.gmail

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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MG – Convite para a inauguração do Espaço de Comercialização da Economia Solidária e o Chá com Prosa, em 30 de novembro

 Adalete Paxeco*

O Instituto Marista e parceiros realiza no dia 30 de novembro de 2012 a inauguração do Espaço de Comercialização da Economia Solidária e o Chá com Prosa, que fará um diálogo sobre a Juventude Negra no espaço urbano. O debate resgata a valorização da produção Cultural e a economia solidária e criativa como elementos de inclusão social. A programação faz parte das atividades do mês da Consciência Negra e tem participação e apoio da Secretaria Municipal de Direitos e Cidadania/Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria Municipal de Educação/CECADI. (mais…)

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7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, de 27 de novembro a 02 de dezembro, na Caixa Cultural

Apresentação

Maria do Rosário Nunes*

O objetivo principal da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é estabelecer um diálogo franco e direto com o povo brasileiro sobre seus direitos fundamentais. Mais do que assistir a filmes, trata-se de um convite ao debate, à reflexão, para construirmos juntos um país que valorize a diversidade e garanta o respeito aos Direitos Humanos. (mais…)

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“O que Israel está fazendo com os palestinos é muito pior do que o apartheid sul-africano”

Foto: Carlos Carvalho

Para Ronnie Kasrils, Israel só vai parar com o expansionismo e com a opressão de fora para dentro. “Um movimento de solidariedade internacional aos palestinos tem um papel muito importante. Foi assim que nós derrubamos o apartheid. Nós tínhamos razão. Levou tempo, mas Leclerc teve de libertar Mandela e dizer ‘vamos conversar’, que era o que nós dizíamos que tinha de ser feito. “Eu acredito que este é o aspecto mais importante da luta em solidariedade ao povo palestino. É preciso denunciar os assentamentos, mas é preciso boicotar, também. É preciso constrange-los materialmente, economicamente”, defendeu

Katarina Peixoto

Ele tem 73 anos e nasceu numa comunidade judaica de Joanesburgo, formada por fugitivos do extermínio em Vilna e em Riga, na Lituânia, no início do século XX. Aos 9 anos, numa sessão de cine-notícias entre filmes, viu as imagens que começavam a circular, no mundo, dos campos de concentração nazistas. Voltou para casa e perguntou a sua mãe, a quem diz dever a sua consciência frente à opressão e à intolerância, se o que acontecia na sua vizinhança e no seu país, com a população negra, era a mesma coisa. Se a pobreza, a humilhação e a segregação a que estavam condenados pelos brancos era a mesma coisa que, no cine-notícia que acabara de ver, chamaram de antissemitismo. “A minha mãe, que não era uma intelectual, cuja família tinha uma delicatessen, mas que frequentou a escola até os 16 anos, disse que não, que não era a mesma coisa. Mas que aquilo que eu tinha visto e que tinha acabado de acontecer com o nosso povo na Europa tinha começado dessa mesma maneira que eu descrevera, ali (na África do Sul)”. Esse é o tipo de coisa que Ronnie Kasrils começa a contar, assim que senta na mesa e pede que nos apresentemos, para uma conversa com alguns dos mais proeminentes participantes do Fórum Social Mundial Palestina Livre, que começa nesta quinta (29) e vai até domingo, em Porto Alegre.  (mais…)

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Um convite à africanidade

Zózimo Bulbul. Foto: Divulgação

Raika Julie Moisés

Nascido em 1937, como Jorge da Silva, Zózimo Bulbul – 50 anos de carreira e 75 de idade – não se cansa de mostrar a que veio. Ícone negro da década de 60 e reconhecido por interpretações intensas no cinema e na televisão, Zózimo dedica sua trajetória a preservação do que chama de africanidade através dos meios audiovisuais. Há seis anos fundou o Centro Afro Carioca de Cinema, local destinado a exibir filmes de diretores africanos e afro-brasileiros, além de ser um espaço de encontro e reflexões sobre a arte do cinema.

Além de ator, Zózimo já realizou trabalhos como diretor e roteirista. Seu mais famoso filme como diretor, Abolição, marcou o centenário da Abolição da Escravatura no Brasil, descrevendo várias situações enfrentadas pelos afrodescendentes brasileiros até hoje. Nesta entrevista ao Notícias&Análises, ele mostra que os longos anos de caminhada e militância fortaleceram os sonhos e o desejo de seguir nesta mesma estrada.

Notícias&Análises: O Centro Afro Carioca de Cinema pode ser considerado uma ferramenta de articulação política para temáticas negras, suas origens e participação efetiva (criação, produção e difusão) neste meio? Um espaço como este reafirma a resistência/existência de um cinema afro-brasileiro?

Zózimo Bulbul: Aqui nós falamos da coletividade… Eu idealizei o Encontro de Cinema Negro Brasil África e Caribe, como também, agora a Herança Africana. Pela primeira vez eu estou muito orgulhoso em falar no nome do Centro Afro Carioca de Cinema, nós conseguimos ganhar um edital público para participar do Porto Maravilha. Foi por ali que os africanos chegaram neste país, nessa cidade, para transformar o Rio de Janeiro na capital do país. E hoje é muito importante a nossa presença, no Porto Maravilha, no momento em que a Prefeitura quer revitalizar aquele espaço. Já que os africanos depois da abolição da escravatura, o único espaço de trabalho que eles tinham, era realmente carregar sacos na cabeça no cais do porto. E eu acho que a nossa interferência hoje é muito válida. Parabenizo por estar dando essa oportunidade aos afrodescendentes de botar nossa cara nesse espaço. (mais…)

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Negros que ascenderam socialmente continuam sofrendo racismo

Aumenta o racismo contra negros e pardos no Brasil. (Foto: reprodução)

Ascensão social faz aumentar casos de racismo em shoppings e universidades. Pessoas negras enfrentam discriminação e preconceito em ambientes antes frequentados apenas por brancos

Rede Brasil Atual

Nos últimos dez anos, com melhorias consistentes nos indicadores sociais no Brasil, os cidadãos mais pobres passaram a ter acesso a outros níveis de consumo, como em lojas de shopping, aeroportos, cinemas e universidades. No caso de cidadãos negros e pardos, para muitos isso significou também maior exposição à discriminação racial nos ambientes antes frequentados majoritariamente por pessoas brancas. (mais…)

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SP – Obras da Copa: Metrô detona favela e deixa 200 famílias entre lixo e escombros

200 famílias das favelas Buraco Quente e Comando, na zona sul de São Paulo, convivem com escombros de casas desapropriadas. Foto: Leandro Moraes

Moradores que ainda não entraram em acordo com o Metrô vivem em meio a escombros de casas demolidas em favela da zona sul de SP

Vírus Planetário

Cerca de 200 famílias estão vivendo há pouco mais de dois meses entre escombros de casas demolidas, entulho e lixo gerados pela derrubada de casas desapropriadas na zona sul de São Paulo pelo Metrô. As demolições estão sendo feitas na margem da avenida Jornalista Roberto Marinho, para limpar um terreno que será ocupado pela Linha 17-Ouro do Metrô, obra que faz parte do planejamento do governo paulista para a Copa do Mundo de 2014. (mais…)

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Maís Transgenico en centro de origen: Carta abierta a la FAO y a la CBD

Estimado Dr. José Graziano da Silva,

Estimado Dr. Braulio Ferreira de Souza Dias,

A través de la presente nos dirigimos a Ud. para solicitarle su atención y pronta acción  sobre un tema de gravedad y relevancia mundial: la inminente contaminación transgénica del maíz campesino en su centro de origen, México, y los impactos que esto tendría sobre la biodiversidad agrícola, las posibilidades de enfrentar el cambio climático y la soberaníaalimentaria, a nivel global.

En el mes de septiembre 2012, tres empresas trasnacionales (Monsanto, DuPont y Dow) solicitaron la liberación comercial de la siembra de maíz transgénico, por un total de casi 2,500,000 hectáreas en dos estados de México. Muchas organizaciones de campesinos, sociedad civil y también científicos, creemos que esta liberación podría ser aprobada en breve, ya que las empresas han anunciado que plantarán maíz transgénico a nivel comercial en la estación de siembra diciembre-enero 2012-2013 y el gobierno de México ha ignorado las voces críticas independientes de las empresas. La superficie solicitada en esta ocasión es de tal envergadura, que llevará sin duda a una extensa contaminación transgénica de las variedades campesinas. Sería la primer liberación masiva y a escala comercial de cultivos transgénicos que afectará directamente un cultivo alimentario global en su centro de origen y diversidad.

Estas autorizaciones serían la culminación de dos años de plantaciones experimentales por parte del gobierno mexicano, que en el 2009 decidió romper la moratoria de facto que se había establecido desde 1999 contra la siembra de maíz transgénico, pese a que las condiciones que llevaron a establecer la moratoria no han sido cambiadas. Las deficientes  condiciones de bioseguridad en las plantaciones experimentales han sido fuertemente criticadas por centenares de expertos[1], pero no ha habido de parte del gobierno atención a estas críticas. Por estarazón, junto a cientos de otras organizaciones, nos dirigimos a su predecesor en la FAO el 19 de mayo de 2009, solicitando su acción. (mais…)

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Luiza Bairros: “É extremamente rico o sentido de sustentabilidade que as comunidades quilombolas têm no trato com a natureza e as manifestações culturais que elas preservaram e recriaram ao longo do tempo”

Crédito: Agência Brasil

Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro” da última terça-feira (27), a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, falou sobre as políticas públicas destinadas aos quilombolas. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.

Comunidades quilombolas

O conhecimento da sociedade brasileira sobre os quilombos é historicamente recente, tanto é que essa questão passou a fazer parte da Constituição brasileira apenas em 1988, mas essas comunidades são um símbolo muito importante de uma parte fundamental da história do Brasil. Esses quilombos vivem exatamente como no tempo da escravidão.

Os quilombolas cultivam a sua própria terra, criam a sua existência a partir do seu próprio território. É extremamente rico o sentido de sustentabilidade que comunidades quilombolas têm no trato com a natureza e as manifestações culturais que elas preservaram e recriaram ao longo do tempo.

Territórios

O Incra tem um papel extremamente importante naquilo que se refere à regularização fundiária nessas comunidades. Cabe a ele dar início aos processos de mapeamento das comunidades, que não é apenas físico, mas também antropológico, definindo qual é a cadeia de domínio que existe naquela comunidade. A partir desse documento, que chamamos de relatório técnico de delimitação e identificação, é que se abre o processo para a titulação das comunidades. Hoje, existem 1.834 processos de regularização abertos. (mais…)

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