Indígenas da Amazônia cobram agenda com Dilma e buscam apoio no exterior

Coordenador do Conselho Indígena de Roraima recebe na Espanha o prêmio Bartolomé de las Casas pelos 40 anos de trabalho da associação e denuncia que o reconhecimento da luta dos povos autóctones do Brasil é maior em terras estrangeiras do que no país. Além disso, revela, a burocracia faz com que o financiamento de projetos seja mais fácil com ONGs internacionais do que com o governo federal.

Foto: Casa S.M. el Rey / Borja Fotógrafos

Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, de Madri

Madri – Na sexta-feira 19 de outubro, o Príncipe de Astúrias Don Felipe de Borbón, herdeiro do trono espanhol, entregou uma medalha ao coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mario Nicacio Wapichana. A distinção com o prêmio Bartolomé de las Casas foi um reconhecimento as quatro décadas de luta dessa organização criada e mantida por tribos que habitam a floresta.

Não deixa de ser curioso que o representante de uma coroa que 500 anos atrás dizimou grande parte da população indígena da América Latina – o Brasil incluído – hoje renda homenagens a uma entidade que congrega 10 povos autóctones do norte do país.

Mais surpreendente, entretanto, é a constatação do jovem líder de 29 anos: a atenção que recebem de organizações do exterior é fundamental para a segurança dessa população, já que o Estado brasileiro não faz a sua parte. (mais…)

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Solidariedade ao povo Guarani Kaiowá: veja como contribuir com a resistência deste povo

Por Comitê Internacional de Solidariedade ao Povo Guarani e Kaiowá

Você pode contribuir da seguinte forma:

Divulgar o blog do comitê, divulgar e curtir nossa página no facebook, divulgar nossos cartazes e vídeos pelo facebook, organizar palestras e atividades próximo de sua casa, na escola, na faculdade, pode realizar eventos beneficentes, como almoços, teatro, mostra de cinema, show de cantores, sarau, para arrecadação de fundos para as aldeias e pode também participar da campanha de arrecadação de alimentos e livros e ou sugerir outra forma de contribuir.

Se você mora em São Paulo, pode encaminhar os alimentos arrecadados em um dos endereços de ponto de arrecadação divulgado no blog, tem 2 na USP, Cidade Universitária e um em Perdizes, na APROPUC, ao lado da PUC-SP.

Se você mora em outra cidade, terá que nos informar a quantidade e a cidade pra tentarmos retirar. Se morar fora da Grande São Paulo, deve buscar ajuda em algum sindicato ou outra organização para enviar até Dourados, lá o ponto de arrecadação é o DCE da UFGD. Para doações em dinheiro entre em contato pelo e-mail [email protected].

http://solidariedadeguaranikaiowa.wordpress.com/

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MS – Indígenas se articulam para assumir coordenação da Funai Dourados

Dourados Agora

Indígenas estão se articulando para colocar um patrício na coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai), regional de Dourados. Responsável por atender aldeias indígenas do centro-sul do Estado, a Funai de Dourados pode ganhar um novo administrador até o início do ano que vem. A regional nunca teve um indígena na liderança.

Mobilizados, grupo de lideranças indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó de Dourados estão em contato com líderes de reservas de outros municípios. A ideia é promover uma Aty Guassu (grande reunião) até o mês que vem para chegar a um consenso e indicar um nome para a Funai em Brasília.

As lideranças, Lucas Paiva, Chatali Benites, Renato de Souza e Dores Ajala vão montar uma comissão para ir a Brasília. “Queremos a garantia da presidente da Funai [Marta Maria Azevedo] de que desta vez teremos um índio na nossa coordenação”, disse Renato de Souza. Em 2009, eles foram até a capital federal, tiveram uma espécie de garantia do antigo presidente, porém dias depois foi nomeado uma coordenadora não-indígena. Na época, houve vários protestos defronte a sede da Funai em Dourados, que ficou fechada por vários dias.

A presença de um índio na regional de Dourados é apontada pelas lideranças como uma forma democrática de administração. “Você vai lá na Funai e não vê um índio, só tem branco trabalhando. Precisamos de pessoas como a gente para nos atender. Queremos pessoas que realmente conhecem nossa realidade”, disse Lucas Paiva. (mais…)

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Segurança da posse e financeirização da produção habitacional

 por Raquel Rolnik*

Na próxima quarta-feira, dia 24, realizarei mais uma consulta pública sobre segurança da posse no Palais des Nations, em Genebra. A consulta faz parte do novo estudo temático que estou desenvolvendo como Relatora da ONU para o Direito à Moradia Adequada.

Também é possível enviar sugestões e contribuições a este estudo pela plataforma virtual de debates no site da Relatoria. Para participar, basta se cadastrar no site e entrar na página do debate.

Os links para o debate são estes: PortuguêsInglêsEspanhol. O relatório sobre segurança da posse e direito à moradia será publicado e apresentado apenas no próximo ano.

E ainda este mês sigo para Nova York, onde apresentarei à Assembleia Geral da ONU, no dia 29, meu último relatório temático, sobre financeirização da produção habitacional e direito à moradia. Antes disso, porém, na próxima sexta-feira, 26, participarei de debate sobre este tema na City University of New York (CUNY).

O evento está sendo organizado por ativistas do direito à moradia, acadêmicos e organizações da sociedade civil, e será transmitido ao vivo neste link. Para mais informações, clique aqui. (mais…)

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GO – Intimidação policial após o debate “Quando a dor vira resistência”

Do site Passa Palavra

Após a realização do debate “Quando a dor vira resistência: Encontro das lutas”, em Goiânia e no qual participaram Mães de Maio (SP), Comitê Goiano contra a Violência a Policial e Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência (RJ) [pode ver aqui], os apoiadores e debatedores se deslocaram a um bar para se alimentarem e trocarem suas impressões sobre o debate e suas vidas.

Tudo correu tranquilo até o momento da carona aos debatedores para seu alojamento. Ao pararem na esquina da Casa da Juventude (Caju), onde iriam descansar, foram abordados abruptamente por dois policiais armados. A alegação era que três pessoas em um carro na madrugada eram consideradas suspeitas, o que legitimava a abordagem.

Mesmo percebendo que os militantes não representavam perigo, os policiais prosseguiram com a ação, chamando inclusive reforço. Quando o suposto reforço chegou, a fala dos policiais mostrou o real interesse da abordagem. A primeira pergunta feita dizia respeito aos motivos daquelas pessoas estarem em Goiânia. Frente a resposta que estavam participando de um congresso sobre direitos humanos, o policial começou a expor os motivos que os levaram à abordar os militantes ao afirmar que defensores de direitos humanos não conheciam a realidade das ruas, e que jamais havia visto um defensor dos direitos humanos num funeral policial. (mais…)

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Kaiowá: fazendeiros bloqueiam e plantam soja sobre estrada que dá acesso à aldeia

Foto: Cimi/MS

Por Ruy Sposati,
de Brasília

Indígenas Kaiowá do tekoha – território sagrado – Laranjeira Nhanderu, no município de Rio Brilhante, sul do Mato Grosso do Sul, tiveram os acessos de entrada e saída da aldeia bloqueados nesta segunda-feira, 22.

Segundo a comunidade, o dono de uma terra vizinha ao território indígena seria o responsável pelo bloqueio. “Eles cercaram com arame farpado, com cercas e estacas. Não tem como passar. O ônibus escolar não pode buscar as crianças para a escola. Nem bicicleta direito passa”, diz o kaiowá Adalto Barbosa.”Isso já aconteceu muitas vezes”, relata o indígena.

“Em duas vezes, foi pior. Uma vez, fecharam o portão e a ambulância não conseguiu entrar. Quando pegaram o meu filho para levar no hospital, quando chegou lá, o corpo já chegou morto. Um filhinho de uma mulher [da aldeia] também. Com a estrada fechada, quando chegou na ponte do rio Brilhante, já chegou morto. Também uma vez colocaram fogo em tudo, queimaram as casas. Eles são culpados de tudo”, acusa. (mais…)

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Conjuntura da Semana. O ‘mensalão” e a esquerda. Uma leitura crítica a partir da esquerda

A análise da Conjuntura da Semana é uma (re)leitura das Notícias do Dia publicadas diariamente no sítio do IHU. A análise é elaborada, em fina sintonia com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, pelos colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT, parceiro estratégico do IHU, com sede em Curitiba-PR, e por Cesar Sanson, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, parceiro do IHU na elaboração das Notícias do Dia.

Sumário:

A esquerda e o ‘mensalão’

Mensalão’: O que pensa grande parte da esquerda
Condescendência com o ‘mensalão’: A melhor postura?
Desvio ideológico. Quando os fins justificam os meios
Ser de esquerda também é ser republicano
Mensalão e o ‘caráter complexo da ética’. Uma chave de leitura

O ‘mensalão’ em frases

Eis a análise. (mais…)

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Humorista acusa PMs de racismo contra seu filho

Apesar de achar que seu filho de 20 anos foi alvo de racismo em ação policial, Hélio de la Peña não pretende apresentar queixa na delegacia

Redação Bonde

Hélio de La Peña acusa policiais militares de “racismo” contra o seu filho Joaquim, de 20 anos, durante uma abordagem na última sexta-feira (19). Segundo o humorista, o filho e mais três colegas foram abordados por volta das 17h de forma grosseira e ostensiva no bairro Leblon, na zona sul.

Após revista agressiva, os meninos foram liberados com um pedido de desculpas e justificativa de que a ação teria a finalidade de evitar um assalto à uma agência bancária.

“Meu filho não é exatamente caucasiano”, reforça o humorista.

Na opinião de Hélio a situação ocorreu devido a cor de pele de seu filho.”Meu filho está meio chocado, foi a primeira fez que aconteceu isso com ele”, afirmou.  (mais…)

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Convite – Seminário Energia Eólica e Conflitos Ambientais na Zona Costeira, 25 e 26/10, em Fortaleza

Nos próximos dias 25 e 26 de outubro de 2012 o Centro de Formação Frei Humberto recebe o Seminário Energia Eólica e Conflitos Ambientais na Zona Costeira. O evento tem como objetivo promover o debate sobre energia eólica a partir dos seus impactos sociais e ambientais.

O seminário é uma realização do Instituto Terramar, Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) e Departamento de Geografia da UFC e contará com a participação de comunidades tradicionais costeiras, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e acadêmicos.

Confira a programação: (mais…)

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